31.1.13

Cueca, como começas tu o dia?

À parte de esta ser uma pergunta para a qual vocês não têm interesse algum em saber a resposta, vou dizer à mesma.
 
Tomemos por exemplo o dia de hoje, que se iniciou às cinco de la matina, com pequeno G. clamando por sua mamacita. Sei que algo iminentemente mau está para acontecer quando estou feliz no reino dos sonhos e começo a ouvir ao fundo "mamã...mamãaaaa....MAMÃAAAAA!!".
Pensamento: 5 da manhã?! Nem penses que vais acordar a esta hora. Vamos ignorar a ver se acalma e volta a dormir.
Passam-se 5m e o miúdo efectivamente adormece.
Agora estou semi-irritada porque já não sei com o que estava a sonhar e já estou a pensar no dia que vou ter. Adormeço mais um bocado e às 6h está crianço no mesmo modus operandi.
 
Agora tem de ser: toca a levantar.
 
Visto-o, dou-lhe o pequeno-almoço e entretanto dirijo-me ao quarto para ver o que vou vestir.
Estranho o silêncio.
Vou à sala e deparo-me com o seguinte cenário: uma adaptação abstracta ao tapete da sala com o iogurte líquido com palhinha que lhe tinha posto na mão. Iogurte esse que ele ainda segura nas mãos, perante o riso demoníaco com que me fita e o meu ar de apoplexia.
 
Dois berros depois, estamos mudando a indumentária do menino, voltando a assegurar a sua nutrição com um reforço alimentar.
Vai para a creche, Cueca vem para o trabalho, agora no seu habitual eu mais simpático...chega ao gabinete e....uma inundação. Adoro infiltrações pela manhã. Especialmente nos dias em que até vim de vestido e saltos, à la executiva, e os meus colegas podem ter  o prazer de me gozar enquanto liberto a Laurinda que há em mim e limpo tudo com a esfregona.
 
Mal posso esperar pela hora de almoço.

30.1.13

O que os homens muitas vezes não entendem.

Uma mulher dá-se sempre com carinho. Coloca no acto de dar uma impressão do que sente.
Se por algum motivo se distancia, ou revela frieza, é apenas culpa do passado histórico que lhe foi ficando nos genes: o de, nisto dos sentimentos, não dar o braço a torcer, de não se querer colocar, a troco de nada ou de muito pouco, nas mãos de alguém, sujeita a ferir-se.
Raramente a frieza de uma mulher é calculismo ou desinteresse. Esses manifestam-se na forma do desprezo e no acto de ignorar. A frieza reservam-na para aqueles a quem os gestos foram insuficientes.
 

O problema dos desenhos animados.

Tudo para eles é dito como se toda e qualquer frase acabasse num ponto de exclamação e o mundo dependesse do volume de áudio que imprimem ao que dizem.
Se eu fosse a Super-mãe, nos desenhos animados de hoje em dia, falaria mais ou menos assim:

G.! A tua potência demoníííaca não é match para mim! Vou-teeee desafiárrrr!
Arruma JÁ os teus brinquedos! Senãaaaoooo....vou-te castigar!
 
Estão a perceber, não estão? Tudo é muito dramático, falam todos alto, todos têm sempre muitos sentimentos, que oscilam entre a raiva/choro/alegria/risos histriónicos. Basicamente, todos corridos a bipolaridade, contra as forças do mal.
 
Curiosamente, bonecada de plasticina em stopmotion, de preferência quase sem sons emitidos, já o miúdo não gosta.
 
...
 
Estou tramada.

29.1.13

Dúvida legítima.

Quem daqui não resiste a provar a massa dos bolos?
Que se lixe a salmonela!
Desde miúda que me lembro de rapar a taça e, felizmente, nunca apanhei nenhum susto.



(e sim, ainda hoje quando faço bolos e ninguém está a ver, guardo sempre um bocado para o fim.)

(se entretanto derem comigo agarrada à barriga no chão da cozinha, totalmente nauseada, se calhar, mas só se calhar, pode ser disto.)

28.1.13

Episódio: Taekwondo é o meu hobbie.

Disclaimer: vamos todos ficar atentos a mais um post em que Cueca revela que, no fundo, tem mais sex appeal que a Soraia Chaves e a Irina Shayk juntas, uma vez que vai partilhar um post em que indica que, algures no tempo, um tipo se possa ter interessado por ela. Eu sei que para vocês, anónimos fofinhos, é quase como um acidente de viação: sabem que é um desastre que ali está, mas não conseguem deixar de olhar, portanto, aguentem-se, é estilo penso rápido, tirado depressa, é quase indolor.

Há muitos anos, estando Cueca em estado civil solteiro e com demasiado tempo livre em mãos, bem como uma costela masoquista associada, falava com um tipo no MSN, que era amigo de amigo, habitualmente adicionado às conversas em grupo, que passou para a tentativa de conversa one-on-one.

Este rapaz tinha como sua frase de MSN "Diablo: Taekwondo é o meu hobbie".
Logo por aqui, deveria ter compreendido que seria um erro crasso tentar prosseguir com qualquer tipo de interacção, mas a inexperiência e um certo madre teresismo, apossou-me de mim na altura e lá ia falando com o rapaz, que, não sendo acéfalo de todo, tentava ser simpático.
Água mole em pedra dura...acedi a um café. Nem um cinema, nem um jantar, apenas um café e em modo dose dupla, já que não queria ir sozinha e acabar com menos um rim numa banheira com gelo.

Foi simplesmente o encontro mais estranho, mais sem-conversa, mais por-favor-acaba-depressa em que estive envolvida. A minha amiga olhava-me em solidariedade/censura, tentando ser simpática com o amigo que ele trouxe, possivelmente achando que dessa forma iria aumentar as chances de sucesso em duplicado.

Basicamente, foi uma hora acerca dos tecnicismos do Taekwondo, competições ganhas, sangue, suor e lágrimas, falando unicamente dele e dos seus prémios de modalidade, completamente em transe, sem dar hipótese de dizermos o que quer que seja. Acreditem, para me fazer ficar calada é preciso muito.
No final, o amigo disse para a minha amiga: então, gostaste?! Aposto que me micaste o rabinho.
Nós, em modo WTF não acredito que este gajo está a dizer isto, fugimos o mais rápido possível para casa, tentando obliterar qualquer memória do sucedido.

Ficou então conhecido como o episódio Taekwondo é o meu hobbie, competindo ferozmente com o Blair Witch Project, enquanto fenómeno paranormal das nossas vidas.

27.1.13

Post de gaja: a cena do cabelo ombre.

Meninas, cabelo ombre não é mais do que esquecerem-se/ignorarem/acharem que não é preciso/ ir retocar o cabelo, previamente pintado de um tom mais claro, ao cabeleireiro.
Basicamente, uma premiação da falta de assiduidade ao Belita's Cabeleireiros.
É deixar crescer, gente, deixar crescer...

(No entanto, se forem unha com carne com a Rita Pereira, avisem-na que aquele cabelo não tá com nada e que mais vale ela parar de inventar.)


Pronto, podem voltar a deprimir com o facto de que amanhã vão trabalhar.

24.1.13

Aquela tal de Shana.

Para quem não está familiarizado com o universo do vestuário feminino, existe uma marca que dá pelo nome de Shana. Para além da qualidade da mesma ser uma prima reles da Bershka, que em si já não é nada por aí além, tem este belo nome.


Vejo toda a gente a agir naturalmente, sem um comentar, sem um risinho, sem uma piadinha...e aqui tenho de perguntar:  SOU SÓ EU A REPARAR NISTO!?

23.1.13

O que falta a Portugal.

O que falta a Portugal é reduzir os pseudo-iluminattis. Cortar com tantos que não conseguem ter uma opinião original, um olhar verdadeiramente crítico, que lêm aqui e ali, cortam e colam no seu discurso, e se acham com o dever cumprido: eu fiz a minha parte, o meu pensamento ajudou os demais a ver a verdade do nosso país.
Poucas coisas me causam mais sorrisos amarelos, que emproadinhos com mania que são boys da política. No entanto, conseguem ser menos maus que os efectivos boys, que nada sabem dizer sem o seu ventríloquo estatal ordenar.
Há falta de pessoas que entendem verdadeiramente o que se está a passar e temo que essas tenham já fechado a voz ao mundo ou desistido de impulsionar novas linhas de pensamento. Talvez esses sejam maus à sua maneira, desaproveitando o conhecimento, em prol de desmotivação face à mudança, que nunca acontece por sua obra.
Se escalonarmos a nossa sociedade, o comum cidadão não é melhor. É como aquela mulher que sucumbe a um sedutor, se este lhe souber falar ao ouvido. Tudo o que lhe interessa são as palavras que lhe são ditas, porque as que ficam por dizer, e que serão a derrota delas, não interessa explicar.
Há ainda os cronicamente cansados. Cansados da crise, dos outros, de não ter dinheiro para ir de férias, os que "vão andando". Se for assim está bem, se for assado, queixo-me, mas está tudo bem na mesma, porque nunca serei como aquela família de 6 do 1º B que ainda ontem pedia leite à porta do supermercado.
Todos somos políticos de bolso, achamo-nos capacitados, válidos, com uma voz.
Tenho alguma relutância em aceitar essa ideia, quando sinto que nada sei sobre a verdade, se ela me é escondida diariamente, vivendo alegremente ao lado do relógio dos que tudo enfiaram nos seus infindáveis bolsos.

22.1.13

Em outra vida.

Em outra vida éramos só nós. Um punhado de terra onde colocarmos os pés, com um céu sem fim a acompanhar. Eu e tachos. Dos de alumínio. E as minhas mil receitas.
Aquele cheirinho de comida com amor a encher a casa. Modesta, pequena, acolhedora. Com cadeiras de madeira e banquinhos pequenos colocados à frente da lareira.
Um rádio com momentos roufenhos, dos que demoram a sintonizar, como se tivessem de adivinhar ainda a frequência com que o compasso do coração toca.
Tábua de madeira, com cebola acabada de cortar. Flores na mesa, sorrisos no olhar.
Um abraço por detrás, por inteiro e um cabelo que cheira nada menos que a malmequeres. 
Beijos doces de quem encontra sempre o caminho para casa e tinha há segundos ainda um pedaço de tarte de maçã acabada de fazer.
Paz, muita paz. Sem silêncios, que uma casa quer-se viva.

Hoje era feliz só assim.

A correlação supermercado - discoteca.

À primeira vista, nada têm em comum. À segunda, eu explico: a míngua.
Seja de alimentos, ou de machos viris/fêmeas sensuais, quando nos acercamos de qualquer um destes locais, a fome é nossa inimiga.
Quem é que nunca foi ao Pingo Doce, depois de um dia stressante em que nem conseguiram almoçar e só comeram uma maçãzinha ao lanche, para se irem perder nas estantes de chocolates e bolachas do supermercado, quais Gollum atrás de uma das bancas das promotoras a devorar Kit Kat? Hum?!
Pronto, talvez esteja a exagerar um bocadinho, mas perceberam a ideia.
Uma discoteca, quando se andam meses e meses perdidos no deserto do Sahara e já nem sabem muito bem quando foi a última vez que alguém assomou às vossas ladyparts, é tipo o supermercado: acabas a levar para casa merdas que não precisas para nada, fazem-te mal e têm interesse zero, para, no final, ficares a remoer no quão quietinha deverias ter ficado.
 
Conclusão: come antes uma peça de fruta, que faz melhor.

21.1.13

Os homens e o cumprimento intra-espécie.

Não será difícil de observar como os homens se cumprimentam entre si, quando existe já algum grau de afinidade entre eles.
Expressões como: Hey. meu pilas! Então, panasca?! Tá tudo, rabeta? Olá, conas! e outras de igual calibre, fazem parte daquilo que os homens classificarão como "carinho e amizade".
 
Olhando atentamente, a dita amizade caracteriza-se por remeter o amigo ao universo da homossexualidade, ou dar a entender que é frouxo.
Talvez seja uma coisa do inconsciente, de ficar por cima, olha eu sou mais macho que tu, ou algo do género.
Seja como for, continuo a achar algo dúbio...

20.1.13

Kelly Family o fenómeno.

Sinto-me revivalista neste Domingo-sem-nada-que-fazer, o que é o mesmo que dizer que o acesso à internet me deveria ser negado.
Como não foi, estamos aqui, não é?


Começa tudo pela evocação fisionómica romenó-cigana, versão Tide e o facto de não conseguir distingui-los entre si ou saber quantos são no total. 
Tenho sérias dificuldades em descortinar qual é o parentesco entre todos eles (mas são todos irmãos? não havia televisão na casa deles?!), depois, a dissonância cognitiva que se me assoma quando tento entender se alguns dos membros Kelly passados, incestuou e deu origem a esta malta toda, porque há ali pelo menos dois cuja conjugação cromossomática não engana ninguém.
Outra das minhas dificuldades, e ainda nem chegámos à música deles propriamente dita, é perceber quais são homens, ou mulheres. É uma dúvida legítima, não me venham com tretas!
Apesar de tudo, quero acreditar que os Kelly Family eram uma banda que não custava muito dinheiro à malta das Tours:  primeiro, tomam 1 banho a cada mês, tendo cuidados de higiene como catar piolhinhos uns aos outros à volta da fogueira. Depois, podiam ficar em parques de campismo, em vez de hotéis, bem como uma tenda dava para todos (embora provocasse situações constrangedoras logo de manhãzinha). 
No fundo: uma vida santa.

Passando a grandes "hits" destes moçoilos e moçoilas, duas músicas que sempre me causaram um misto de repulsa e estranheza: I can't help myself (uma icónica música acerca do incesto) e Fell in love with an alien (a tipa era estranha, apanhou-me perto de um campo de milho e a última coisa que me lembro é o som de luvas de latex...). Não sei bem qual a religião deles, mas lá que todos os anos faziam render um álbum de Natal, lá isso era certinho.

Pronto, fãs acérrimos que ainda guardam os cd's originais comprados circa 1998, podem cair-me em cima.


Os fanáticos das mensagens de bom dia.

Eu já vos avisei que ando a precisar de desabafar, por isso, tenho que fazer referência a essas pessoas que adoram começar o dia a dizer bom dia ao mundo e tentar, qual epidemia, transmitir o vírus aos demais.
Para já, claramente fazem parte do planeta acordamos-sempre-super-bem-super-felizes, o que é, no limite, irritante.
Poderiam limitar-se a abrir a janela, gritar um "Então, olá!", voltar para dentro e deglutir em 5m um pão com manteiga e um café com leite. Mas não, estas pessoas preferem insistir em habitar os nossos Facebooks ou, pior, telemóveis, e interagir connosco.

Por outro lado, existe sempre uma divisão clara entre os grinch matinais (onde ocasionalmente me insiro), os indiferentes, os porque no te callas?! e os adeptos do optimismo desde o raiar da manhã, e isto fragmenta a nossa interação, vão pelo que eu digo. O acordar é onde tudo começa.
Quando não é com um texto qualquer, em que supostamente nos deveríamos importar de que forma começa o dia daquele ser humano extraordinário, é com imagens sobre como Deus nos abençoará o nosso dia de emprego das 9h00 às 18h00, ou mostrando como em 2 horas já fizeram mais da vida do que nós, que nos demorámos nos braços de Morfeu.

Não é que isto me chateie propriamente, mas como me apetece pegar com alguma coisa, hoje pego por aqui.

17.1.13

O impacto do flagelo gay na comunidade feminina.

Não sei o que se passa, mas chegam até mim notícias preocupantes, quotidianamente, de homens giros, que, vai-se a ver, e são gay. Nada contra, Cueca simpatiza com todas as opções de vida, no entanto, sinto ter uma palavra de conforto a dar às mulheres deste mundo, principalmente as solteiras, quando, ainda por cima, são os mais interessantes/cavalheiros/charmosos a ir de vela.

É certo que os homens de jeito começam a escassear. Os que que há normalmente já estão (bem ou mal) servidos, pelo que se tornam inviáveis, quando consideramos um relacionamento. Saber que dos poucos que sobram, os mais giros terão uma tendência alta a ser gay...pode abalar o sonho de vir a encontrar um Adónis que tolere celulite e nos ame pelo que somos, mas que também faça o trabalhinho dele nos lençóis e não tenha, pelo menos, um vício de jogo.

Por outro lado, e porque não quero ver ninguém deprimido, porque não perder alguns minutos do vosso tempo, deambulando pelas imagens do mítico bar danceteria Império de Oliveira do Bairro.
Se alguma desta malta conseguiu encontrar o amor...também vocês.

P.S. Antes que me venham com coisas "ui ai Cueca, és tão má", "toda a gente tem direito ao amor" ou "acho que és misógina", esqueçam, que eu não ligo a isso e vocês também se riram que eu sei!


Coisas que eu gostava de saber, mas a minha dislexia não deixa.

Rappar.
A única coisa que rappo é frio, porque tenho a mania de deixar o casacão quente em casa e acho que qualquer raio de sol significa algum calor. Não significa.
Gostava de ser daquelas miúdas badass, que conseguem desencanar qualquer um com umas rimas, mas primeiro, sou aquela pessoa que quando quer fazer um "poema" tenta acabar cada verso em "ar", só porque é mais fácil encontrar palavras dessas, mesmo que no fundo aquilo fique sem fazer muito sentido, segundo, tenho alguma dislexia. Eu digo isto e as pessoas não acreditam, até começarem a ver-me escrever ou recitar números como se não houvesse amanhã.
Há algo de místico nessa cena do freestyle rapping (notem que uso termos como estes, mas não faço a mínima como é que as "damas" falam na vida real, dando uma ideia de que serei mais uma menina mimada de bem) e, nesse espírito, para que percebam o quão dramático poderia ser se eu incorresse em aparecer numa batalha de rap que devem organizar nas partes escuras do parque das Nações, mandem daí uma rima, que eu respondo com outra.
 
P.S. se não o fizerem, são uma cambada de preguiçosos, yeah. Peace, out.

16.1.13

Como sair da Friendzone?

Quem nunca foi directamente chutado para a zona para-mim-és-só-um-amigo, que levante a mão. *inserir barulho dos grilos*
Exacto, portanto, uma vez lá, aviso que é estilo areia movediça: quanto mais se mexem para sair, mais se enterram.
A melhor forma de sair da friendzone é arranjar um interesse romântico ou perspectiva disso.
Basicamente, apelar à competitividade, nada diz mais: olha, tenho quem me pegue, já que tu decidiste deixar na bordinha do prato.

Outro truque é o efeito-Copperfield: uns dias aparecem, para depois ficar dias e dias sem dizer nada. Não há nada que mexa mais com o Tico e o Teco de uma mulher do que o motivo pelo qual está a ser ignorada sem saber.

Deixem de ser "os fofinhos". Se acham mesmo que a pessoa é a última Coca-cola do deserto e não lhe conseguem apontar uma falha que seja, colocando-a num pedestal, o mais certo é ela em três tempos começar a olhar de cima. Uma coisa é tratar bem, outra diferente é idolatrar.

Não alimentem essa coisa de "ahh tenho medo de estragar uma amizade!". A partir do momento em que há atracção, a amizade já vai estar condicionada, portanto, não têm assim tanto a perder...ou querem ser aqueles atadinhos que ficam sempre a olhar de longe enquanto ela vai caindo sucessivamente nos braços de uns quantos idiotas? 

Devo avisar já que há um ponto muito importante: a atracção. Se conhecemos uma pessoa e não nos sentimos atraídos e a coisa não anda... a partir daí, será muito difícil que olhem para vocês com outros olhos. Portanto se acham logo piada a alguém, o truque é não esperar muito tempo para agir, ou correm o risco de depois serem os eternos "és como um irmão para mim".
 
Nada das típicas birrinhas "porque não me dás atenção?". Vamos lembrar que esta pessoa não vos deve nada, não tem obrigação de estar sempre em sintonia com vocês, muito menos dar-vos conta de todo e qualquer passo da sua vida, mesmo que sejam amicíssimos. Soa a desespero e mulheres cheiram isso a milhas.
 
Dizer não de vez em quando. Nunca admitimos isto, mas gostamos de ser contrariadas de quando em quando. Não apreciamos que digam amén a tudo o que dizemos e achamos muito mais desafiante alguém que consegue contra-argumentar, bem como deixar-nos "na mão" ocasionalmente.
 
Dar elogios mais atrevidos. Não queremos cá boçalidade, mas dar a entender que nos vêem com outros olhos pode ser o click que nos faltava para perceber que não querem ser apenas o amiguinho fixe do ombro amigo.
 
Fazê-la rir. Muito importante, como eu não me canso de frisar. Não é preciso serem palhaços totais, mas se passamos um bom bocado com alguém e nos divertimos, é mais provável que pensemos em prolongar o tempo que passamos com essa pessoa. Portanto, não se armem em queixinhas depressivos, porque isso não anima o menino Jesus, quanto mais uma mulher.
 
Assim de repente, são alguns pontos-chave para tentarem escapar a essa prisão de castidade, mas nada é garantido...infelizmente o poder da friendzone ultrapassa largamente o entendimento do comum mortal.

15.1.13

Homens: Pêlo VS Sem Pêlo.

Esta é uma questão que divide as mulheres: entre o conforto de um ursinho carinhoso e o atenção: cuidado-que-escorrega.
Uma coisa posso dizer: pêlo a mais não.
Pêlo nas costas? Grande não. O pêlo deverá oscilar entre uns apontamentos no peitoral e, quiçá, uma linha de seguimento de pensamento até partes mais aprazíveis, bem como a combinação axilas + pernas. Tudo o que for extra a isto, já é pêlo a mais.
Por exemplo, o mítico tufinho a sair da camisa. Será esta a subtil diferença entre um homem e uma carpete? Relembro que só a segunda se deve pisar.
Outra coisa que me faz confusão é o síndrome lobisomem: o homem de camisa e milhões de pêlos longos, negros e raivosos prontos a sair a qualquer momento das mangas. Meus senhores, consigo imaginar mentalmente logo um caminho de cortadores de relva a deambularem por ali.
Adiante, não é apenas a questão da existência do pêlo, é também o formato/espessura do mesmo. Que dizer daquele pêlo farto, mas longo e muito fininho? Não acho piada. Parece que tenho um animal ali, e, acreditem, não é no sentido metafórico da coisa. Assim como o pêlo encaracolado carapinhão, também não me apela, invocando sentimentos marcopaulianos no meu subconsciente.
Pior do que ter pêlo, só o seu oposto: gilette vem ao papá. O problema nem é no dia em si, é nos dois seguintes, em que tememos o pior, tal será o estado da nossa singela pele devido a condições extremas de fricção. Exige-se condições de trabalho.
Claro que se uma pessoa se apaixona por um Tony Ramos, que fazer? Amor é amor...e não se pode negar a genética. 
 
Disclaimer da Cueca: toda e qualquer opinião expressa reflecte apenas os devaneios e considerações da autora, não sugerindo qualquer tipo de discriminação perante os espécimes mais ou menos afortunados, no que à pilosidade diz respeito.

14.1.13

Como saber se ela está em TPM.

Atentem, isto é informação valiosíssima. Quantas e quantas vezes não dão por vocês sentados no sofá, com o som em mute, a tv a dar o Leixões-Portimonense lá atrás, e a vossa respectiva à vossa frente, em slowmotion, naquilo que parecem ser gritos e um zunzun qualquer de ruído, que vos indica que provavelmente a culpa é vossa?!
Pois. Arrisco a dizer: pelo menos uma vez por mês.
 
Após uns largos minutos, naquilo que parece ser uma discussão sem sentido, dão por vocês a reflectir (?!), hummm já passou um mês? Se a resposta é afirmativa, é bem provável que estejam perante um simples caso de TPM.
Como prevenir atempadamente este fenómeno que claramente vos coloca em falta no relacionamento?
Um calendário. Não é assim tão difícil, pois não?
Conseguem decorar todas as próximas jornadas da Taça da Liga, mas a porcaria de uma semana antes do "Chico's arrival", já não?! Nem me venham com a conversa de que ela não é certinha, que isso comigo já não cola.
 
Bem, adiante. Concebendo que ela efectivamente possa ter o relógio biológico confuso, outros sinais de que o dito estará para vir, antecedido do grande TPM (ou também conhecido como: Podias cair numa valeta hoje, que tanto me faz, deixa-me!): ouvem-na dizer "acho que estou mais gorda...", "não tenho nada que vestir", "só me apetece comer!!", "ando muito stressada". Tudo bem, são cenas que ouvem durante o mês todo, não é? Mas o segredo é a combinação e repetição: conforme se tornam mais frequentes, maior é a probabilidade do dia do juízo final se estar a aproximar.
Outros sinais? A cara dela de um momento para o outro parece uma pizza e não, ela não regressou aos seus treze (treuze se forem a Pépa) anos. Ouvem-na queixar-se de dor de cabeça e desta vez nem é para se descartarem das vossas investidas. Subitamente andam com insónias (e levantem as mãos em sinal de agradecimento ao Senhor se não quiserem que lhes façam companhia até às 4h da manhã a ver o Rei Leão) ou parecem um balãozinho de ar quente, de tão inchadas.
Enfim, por este dantesco cenário, seria de pensar que vocês já tivessem percebido que o problema não são elas, é o combo fantástico que a TPM cria.
 
Como sinal positivo, são só 5 ou 7 dias disto.
 

12.1.13

Girl Talk.

Rosa Cueca alegremente no chat com a BFF à conversa a uma Sexta à noite.

BFF: Olha aí esse vídeo...
Rosa Cueca: Isto é o nosso apogeu...
BFF: Porquê?
Rosa Cueca: Antigamente a esta hora estávamos a sair para ir para a noite. 
Agora estamos no gmail chat a ver vídeos de gatos.

.....

11.1.13

Preciso de agitação na minha vida.

Vamos lá compreender uma coisa: é um facto que ando cansada do papel super-mãe, super-mulher, super-profissional, super-coiso. E ao que é que esse cansaço leva? A que precise de descomprimir, no es berdad?
Neste espírito, e porque o respectivo ainda não tirou um curso de massagens, relembro a mim mesma que há muito tempo que não me chateio com os senhores da Água, da Electricidade, Finanças, Serviços de Urgência,...enfim, alguém que me coloque em contacto com a minha Deusa interior (que, ao contrário da Anastasia, não quer saltar em cima do Mr Grey).

Tenho dado umas corridas (esporádicas, muito, até demais), mas isso não tem chegado para descomprimir e destilar todo o fel. Vejamos que, se não o deitarmos cá para fora, fica a corroer a maquinaria por dentro e isso é coisa que não se quer, não é?

Já tentei puxar por um coleguinha de trabalho de embirração especial, todo ele dedicado à causa de lixar a vida de todos os colegas, mas até esse anda manso e casto, não me dando oportunidade de  mostrar qualquer superioridade intelectual (o afrodisíaco dos pobres).
 
Agora pensei, sei lá, tipo, vir para aqui dizer que em 2013 o meu maior desejo é um Porsche 911 prateado descapotável, tirar a restrição de comentários anónimos, recostar-me na cadeira e deixar pegar fogo.
 
A bem dizer, uma pessoa anda anos e anos em aprendizagem de vocabulário insultuoso, daquele em que a pessoa nem se apercebe que está a ser insultada porque até o dizemos com um sorriso, e a modos que está sem utilização. Uma pena é o que é.

Porque é que os homens só têm a ganhar em serem dedicados?

Vamos passar à frente do: sou dedicado porque a amo muito, sou dedicado porque lhe quero saltar em cima, ou o sou dedicado porque ainda estamos no início e convém deixar a coisa apalavrada.

Passemos para o pragmático. Em que é que ficam a ganhar ao serem dedicados?

1. uma mulher feliz. E uma mulher feliz dispersa-se menos, não dá atenção a eventuais gabirus e anda satisfeita por causar-vos o frisson. Outra coisa que vos causa frisson são os dois atributos da Kate Upton, mas isso não é para aqui chamado.

2. publicidade grátis. Uma mulher cujo homem é dedicado adora mostrar às outras mulheres o quão o seu macho é melhor que os restantes. É um "vê, eu sou tão boa que ele é sempre assim comigo, já viste!?", mesmo que inconscientemente.

3. comunicar ao mercado que aquilo tem dono. Quanto mais públicas forem as demonstrações, mais sinais mandam aos distraídos que aquilo está reservado e não é para andar a mandar barro à parede.

4. princípio da retribuição. Ficou contentinha? Vai querer retribuir, pois claro está. Ficam sempre a ganhar.

Depois disto, acho que é de sair porta fora, completamente motivados, não é?

(Meninas, não precisam agradecer!)

10.1.13

Coisas que não se "admite" a uma mulher hoje em dia.

Para não dizerem que estou sempre a cascar nos homens, vamos passar aos no-can-do femininos.

1 - Higiene é um pressuposto básico, uma coisa natural, como respirar. Se não for, estamos muito mal. Neste ponto, não se admite que hoje em dia uma mulher não tenha os cuidados mínimos em relação à depilação. Ninguém quer ver o Krusty the Clown quando assomam às vossas ladyparts.

2 - Esperarem que eles tenham iniciativa para tudo. São eles que têm de se esforçar, de ter a iniciativa, de escolher restaurante, de se lembrarem das etiquetas todas, de um fim-de-semana em qualquer lado, dos melhores presentes, das melhores surpresas...enfim, só de pensar, até me canso. Já ouviram falar em 50-50? Pratiquem a regra.

3 - Esperar que sejam sempre eles a puxar da carteira. Esta dá-me urticária só de pensar. Detesto oportunismos e ver se sacam alguma coisa, extra à companhia que têm. Mais uma vez: 50/50.

4 - Ser excessivamente chata. Sempre a cobrar, sempre a falar, sempre a atazanar...que eles são simplistas demais, já sabemos, bem como muitas vezes desatentos ou desinteressados na realidade que por vezes tem de lhes ser apontada, mas entre isso e fazer da vida de alguém um constante muro de lamentações, não dá.

5 - Que precisem de um homem para tudo. Mudar uma lâmpada, trocar um pneu, ligar para o seguro, tratar de documentos, seja lá o que for. Na minha cabeça não há coisas para homens e para mulheres fazerem, cada um tem de se saber desenrascar sem o outro se for preciso. Alguém que esteja à espera que façamos sempre tudo, é um turn-off total.

6 - Achar que um saco de batatas serve como indumentária. Um mínimo de cuidado...não têm de ser estrelas, mas nenhum homem gosta de ter ao lado uma mulher completamente descuidada. Se eles fazem o esforço de se apresentarem decentezinhos, fica mal não mostrar pelo menos uma boa vontade nesse sentido.

7 - Ser-se muito burrinha. Esta não é consensual..há homens para tudo (e cujo pára-choques frontal tudo supera), mas vamos contemplar para uma relação alguém que não está ao nosso nível intelectualmente? Não me parece.

8 - Tipas doidas. Que fazem cenas, partem coisas, fazem uma novela mexicana parecer uma brincadeira de crianças e controlam todo o peido que possam sequer pensar em dar.

9 - Mulheres-múmia. Ninguém quer uma mulher má na cama. A menos que tenha uma qualquer disfuncionalidade eréctil. Se é mázinha, pelo menos que tenha espírito de iniciativa e procure melhorar - algo em que, obviamente, devem ajudar.

10 - Bicicletas da aldeia. Homem nenhum quer uma mulher com muita rodagem. Até os que dizem ser muito pró-experiência e pró-liberdade e pró-sexualidade...yeah right, quero ver-vos a pensar na hora h quanta kilometragem aquilo já leva. Pode parecer machismo meu, mas o melhor é serem o tipo de mulher em que ele nem sequer pensa o que é que por ali já passou.

Coisas que não se "admite" a um homem hoje em dia.

E por admite, insinuo que são claramente grandes turn-off's e provavelmente a explicação para terem 40 anos e ainda viverem na cave de casa dos pais, a comer chocapic para o jantar e sem perspectivas de sair de lá.

1 - que não saibam/queiram/gostem/ de conduzir.
Querem uma mulher ou uma chauffer? Não digo que tenham de ser sempre eles a chegar-se à frente e levar o carro, não aprecio machismos desses, mas um tipo a quem temos de dar boleia para todo o lado, torna-se chato e faz-vos parecer pouco desenrascados. E se são pouco desenrascados nisto...

2 - que não saibam desapertar um soutien.
Isto é algo que vocês deveriam ter treinado nos vossos tenros anos. Estilo bicicleta: quando se aprende, nunca mais se esquece. Não têm de o saber fazer de olhos vendados e só com uma mão, num ângulo esquisito, mas é o mínimo. Se não conseguem ter destreza para isso....

3 - que não gostem/queiram/obriguem-se a trabalhar.
A menos que vos tenha calhado na rifa uma daquelas meninas que anda com desocupados para irritar o papá, esqueçam.
Não tem de ser um viciado no trabalho, ou um entusiasta, mas tem de ter os objectivos de vida mínimos, ou parecerá que está à espera que os sustentemos. Se não querem sequer ter uma ocupação, é problemático...

4 - que não consiga ter uma conversa séria.
Adoramos um tipo que nos faça rir, para mim é requisito fundamental, mas um tipo com quem só podemos estar na palhaçada e nunca conseguir ter uma conversa mais séria ou profunda, está condenado ao fracasso.

5 - que seja descuidado.
Não precisa armar-se em choninhas dos cremes, mas banho e higiene pessoal não é nenhum requisito por aí além. Estamos em crise, mas o sabão azul ainda é barato.

6 - que não saiba desligar o GPS do seu membro reprodutor.
Não é preciso castidade, mas pelo menos manter os índices de respeito mínimo. Se estivessem com uma rapariga e ela constantemente prestasse mais atenção a todo o tipo que passa, do que a vocês, não iam achar piada, certo?

7 - ser um control-freak.
Vocês apreciam uma boa gaja doida? Eu sei que só leram até à parte "boa", mas enfim, alguém que não jogue com o baralho todo? Não, não é? Pois, nós detestamos aqueles tipos com a mania da perseguição, sempre inseguros, sempre a cuscar as nossas coisas, sem que possamos dar um passo sem eles saberem. Mau, mas mau.

8 - beijar mal.
Isto não se admite. É um deal-breaker total...a menos que sejam mulheres extremamente pacientes para estarem ali em modo professora.

9 - serem excessivamente tímidos.
Um pouco discretos até podemos apreciar, agora, sem qualquer tipo de iniciativa e congelados pelo medo da rejeição? Nope. É interiorizar o "o não é o pior que pode acontecer" e bola para a frente.

...bem, assim de repente não me estou a lembrar de mais coisas. Mas há, que eu cá conheço muito menino como deve ser que não arranja namorada sabe-se lá porquê.

8.1.13

Porque é que insistem?

Refiro-me às lentes de contacto de cor.
A sério, ponham isso de lado. Eu sei que é tentador ser aquela morena de olhos verdes com que sempre sonharam, ou aquele loiro de olho azul que faz as meninas suspirar, mas se há coisa em que não se mexe é nisto!
Por muito que sintam que está um look super natural...não está. Nota-se a milhas.
Depois, faz-me sempre ter um lamiré do que será aquela pessoa com cataratas. As lentes nunca acertam bem na dimensão da íris e, quando se dá por ela, estão com os olhos azuis ao centro e o resto na vossa cor natural..muito esquisito.
Felizmente é uma moda em desuso, praticamente abraçada apenas ainda pela Alexandra Lencastre, mas nunca é demais reforçar estas coisas.
Lentes coloridas? Big no-no.

7.1.13

De desconfiar.

Quando um tipo, naquela fase da conversinha, em que vocês até falam um pouco sobre o passado, vem com aquela treta do "ahhh eu nunca te trataria assim", "dava-te o que mereces!", ou o "nunca te faria isso".
Meninas, isso é apenas treta.
Um tipo que verdadeiramente gosta de vocês, não precisa de advogar o quão melhor pessoa é, ou no que é melhor que outros, ou gritar aos sete ventos "eu sou diferente dos outros tipos armados em cabrõezinhos que por aí andam".
Eu cá desconfio sempre quando se armam muito em sonsos.

5.1.13

O que raios tem acontecido aos homens?!

Algo vai muito mal no mundo, quando passamos disto:



Para isto:



Faz-me alguma espécie que os homens tenham alguma dificuldade cognitiva em assimilar que um homem interessante reside no charme que tem, como trata uma mulher e num je ne sais quoi de cavalheiro mal-comportado, com uma tendência para quebrar regras.
Músculos a mais só servem para desviar a atenção da falta de conteúdo...e roupa a menos?  
Does nothing for me.


3.1.13

Mr. Perfect...or Mr, Perfect Right Now?


O Amor tem desígnios que a maioria dificilmente compreende sem experienciar. 
Há amores que duram uma vida, amores que duram dias, semanas ou meses...acredito que o limite temporal é apenas um condicionalismo ao sentimento que se pode vivenciar. Nem tudo é só paixão, faíscas, fogo-de-artifício em potência ou hormonas. Há pessoas que passam pela vida e que irão marcar-nos indelevelmente.
No fundo, andamos todos à procura do mesmo: quando não o sentimos, queremos sentir, quando o sentimos, queremos mantê-lo, quando o mantemos, temos medo de o perder e quando o perdemos...queremos senti-lo novamente, como se a vida não nos tivesse metido na sua gigante máquina de lavar roupa e andado connosco aos trambolhões.
O perigo de querermos gostar é querermos ver um Amor onde não existe. Em vez da pessoa perfeita, procurar a pessoa disponível no momento. Querer saltar etapas ou ver o futuro de uma vivenda e um casal de filhos após os primeiros encontros.
Temo que o Amor se manifeste de forma diferente. Que não opere sobre as regras da lógica, que não funcione sobre pedido ou possamos telefonar-lhe a pedir uma marcação para as 10h00.
É por isso que tantas vezes batemos com a testa na porta, que corremos atrás do prejuízo ou nos mantemos a sonhar acordados com o que foi, o que é ou poderá ser.
O Amor é capaz do melhor e do pior: dos sorrisos mais perfeitos e das lágrimas mais fortes, dos batimentos cardíacos intensos e das dificuldades em respirar no momento em que se percebe que o Amor se finou.
É também a principal esperança que temos: a de que, por aí, está alguém que se vai apaixonar por nós... pela forma como as nossas pestanas ficam com a água do banho, a simples curvatura dos ombros nus ou o humor matinal peculiar. O timbre de voz, como tocam ou atingem a quase-perfeição quando se mostram vulneráveis. Que alguém vai desejar com todas as forças e sonhar que será sempre assim: um universo a dois, eterno.
Assim, não importa se é um dia, uma semana, um mês, um ano ou uma vida. 
O Amor vale por valer, quando tem de ser.