Em outra vida éramos só nós. Um punhado de terra onde colocarmos os pés, com um céu sem fim a acompanhar. Eu e tachos. Dos de alumínio. E as minhas mil receitas.
Aquele cheirinho de comida com amor a encher a casa. Modesta, pequena, acolhedora. Com cadeiras de madeira e banquinhos pequenos colocados à frente da lareira.
Um rádio com momentos roufenhos, dos que demoram a sintonizar, como se tivessem de adivinhar ainda a frequência com que o compasso do coração toca.
Tábua de madeira, com cebola acabada de cortar. Flores na mesa, sorrisos no olhar.
Um abraço por detrás, por inteiro e um cabelo que cheira nada menos que a malmequeres.
Beijos doces de quem encontra sempre o caminho para casa e tinha há segundos ainda um pedaço de tarte de maçã acabada de fazer.
Paz, muita paz. Sem silêncios, que uma casa quer-se viva.
Hoje era feliz só assim.
nas tuas veias corre o sangue de uma escritora, este post não está ao alcance de qualquer um...
ResponderExcluirCoisas simples e que enchem o coração.
ResponderExcluirSounds perfect :)
ResponderExcluirA felicidade é simples, nós é que percorremos caminhos mais longos e mais difíceis para a alcançar...
ResponderExcluirEstá fantástico! :)
ResponderExcluir(Mas lamento dizer-te que estás a reduzir a mulher a um papel de mera dona de casa, e isso não pode ser. Atenção à misoginia, ao sexismo, e toca de queimar um ou dois soutiens durante o dia de hoje, só para repor os níveis de aceitação social.)
JP para isso basta fazer um post estilo "nunca mais vou confiar num homem, são todos iguais!!!".
ResponderExcluirNão é para cortar o romantismo, mas cozinha, cheirinho a comida, cebola não combinam com cabelos a cheirar a malmequeres.
ResponderExcluirE não era tão bom?...:)
ResponderExcluir