O fenómeno do dialecto desconhecido.

Não julguem que ando ocupada a aprender uma nova língua, até então desconhecida da minha pessoa. Não.

Venho falar do problema de expressão, em que o que um diz e o outro compreende existe em duas realidades paralelas.

Penso nisto logo de manhã, para ser franca. Nomeadamente, quando peço um pão branquinho, com pouca manteiga. Invarivelmente o pão vem escuro e bem torrado, bem como a manteiga dava para barrar o Rodrigo Santoro no Slide & Splash, fazendo-o deslizar sem água nenhuma. Já sei que se distraíram a partir de "Rodrigo Santoro", mas apenas ilustro que vem com MUITA manteiga.

Podia ser de mim. Podia ser eu que falo para dentro, que falo baixo. 

Podia ser do café. O senhor podia ouvir mal. Podia estar demasiado ocupado ou ser só teimoso e achar que sabe do que eu gosto melhor do que eu.

Já tentei falar melhor e dar uso aos tempos de Teatro e já mudei de cafés.

Atentem: eu podia ir lá uma vez por semana. Mas vou todos os dias. E sim, como os velhos, todos os dias peço o mesmo.

Ora, isto é para me irritar não é?!

Porque uma hora de trânsito, depois de 10 monos, 3 buzinadelas e 2 entradas a pés juntos na 2ª circular não é coisinha suficiente para me deixar rabugenta. Não. É a manteiga.

E vocês? Também vos acontece destes "problemas de expressão?!"

Contem-me tudo!

(Sim, eu sei que hoje não é Sexta, sejam amigos e vamos todos pensar que sim senhora, já é quase fim-de-semana :'()