29.9.14

Confrontos: a Kryptonite dos homens.

Seria de pensar, de um ponto de vista meramente histórico, que os homens estivessem aptos, e de certa forma procurassem, o confronto. De outra maneira não iriam andar à porrada só porque alguém entornou a cerveja deles, ou gostariam tanto de futebol (como sabem, o desporto-rei veio substituir o escape de testosterona, tendo em conta que não há guerra para os moços irem dar uma de Braveheart).

Portanto, agora que estamos todos em sintonia e compreendemos que, ao longo do tempo, se há coisa que o homem procurou foi combater-se pelas coisas mais estúpidas possíveis (a guerra é estúpida, sim!), analisemos a total dificuldade que eles têm em confrontar-se com o sexo feminino.
Porquê? Custa assim tanto uma batalha de argumentos? Não vos vejo com problemas em passar horas a disseminar o último SCP-FCP, com verdadeiros testemunhos de meter inveja ao Evangelho segundo Jesus Cristo.

Assim, preparei uma lista de 5 razões pelas quais o confronto com o sexo oposto é sempre evitado por eles:

- Eles sabem que, a dado momento, vamos chorar.
Basicamente é como nos filmes do Jackie Chan, sabes que o punho te vai bater na cara, mas não conseguiste prever o movimento de forma a desviares-te.
Intrinsecamente, eles sabem que o que quer que digam só vai piorar a situação nos vai fazer saltar dos olhos as cataratas do Niagara.

- Eles não vêem propósito útil a discutir o que quer que seja. A menos que a questão passe pelos seus bens essenciais: Sportv, PS4, escolha da televisão. Tudo o resto são peaners.

- Eles não sabem do que vocês estão a falar. Aquilo que podemos considerar como um "problema", na sua mente é apenas um pequeno elefante gigante, mas invisível aos seus olhos. Até falarmos nisso, eles nunca tinham dado por isso, nem sequer contemplado essa hipótese.

- Eles ocupam o seu tempo de forma mais produtiva. Custa-me dar a mão à palmatória, mas é difícil ser mulher, no pressuposto que temos dificuldade em desligar a ficha. Não só fazemos muitas coisas ao mesmo tempo, como pensamos em muitas outras. Se isso pode ser bom, também tem o reverso da medalha, que consiste em procurarmos problemas onde, de facto, podem não existir.
("Estou gorda" e "não tenho nada para vestir" não são um problema.)

- As prioridades deles são diferentes das nossas. Marslow quis ser um fofo igualitário, mas tenho cá para mim que devia ter feito pirâmides consoante o género. Por exemplo, a par ali com as necessidades fisiológicas, devia ser incluído o ninguém me chatear/ter wi-fi grátis.

No fundo, em jeito de conclusão, não só eles normalmente não se apercebem sequer do que esperamos deles (sabe Deus que não é assim tanto), como não o fazem por mal e a única coisa que pedem, efectivamente, é que não choremos muito, nem demos uma de divas trágicas (que também sabe Deus, e por mais que neguemos, é uma coisa que se nos acomete de vez em quando e um direito inalienável).

7 comentários:

  1. uhm... bons motivos... mas achas que te esqueces-te do PRINCIPAL... Evitamos qualquer argumentação com o sexo oposto, principalmente porque para nós, enquanto discutimos é preciso ter lógica... e todos sabemos que as mulheres mais cedo ou mais tarde na discusão partem para argumentos sem lógica algum...!! Não podemos estar a discutir o hoje... com uma situação que se passou à 3 anos atrás..!!

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  2. Tambem existe um outro motivo.
    Eles não querem pensar na possibilidade de poderem ter contribuido para não haver sexo num futuro próximo.

    Preferem não discutir, dar-nos razão, para mais tarde... Pimba! Secalhar até se sentem vingados!

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    1. Vingados não diria, mas a voar baixinho no radar, talvez ;)

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  3. Continuo a preferir não discutir. Há ainda uma outra forma de resolver as coisas que é:

    Conversar

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    1. Discutir nem sempre implica "não ouvir o outro", não falar alto, não esgrimir argumentos do passado, etc.
      Discutir é ter pontos de vista diferentes e defender o seu, para no final alguma das partes, ou ambas, fazerem certo tipo de cedências.

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  4. Deixo-te com algo que a vida me ensinou a nunca dizer, quando, na verdade, é a forma como me apetece terminar 95% das discussões conjugais:

    "Pronto, está bem... é o que tu quiseres!"

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  5. Só precisei de ler o primeiro tópico para saber que ia concordar plenamente contigo =P

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