Aquele creme de baba de caracol.
A primeira coisa em que penso é: como é que é recolhida a baba de caracol?
É que a baba sai da boca, aquilo parece referir-se à nhanhalhoca que fica enquanto rastejam alegremente por todo o lado à velocidade de parado-paradinho.
Depois, fartei-me de apanhar caracóis quando era pequena. O meus pais não me deixavam ter animais. Pobre e triste criança. Então comecei a apanhar caracóis do caminho de casa-escola-escola-casa. Eram aos 20 e 30 por dia. Não me perguntem o que lhes acontecia, porque não faço ideia, o que sei é que a minha pele não viu melhorias nenhumas e eu "aplicava" a coisa todos os dias.
Logo, perdoem-me se fico céptica ao ver falar disto.
Quer dizer, uma pessoa gasta balúrdios durante a vida em cremes lindos, sedosos e bem-cheirosos, para depois vir esta "coisa"?!
Não confio em nada que pareça ter mais de 4 olhos.
Tenho dito.
Também apanhava caracóis, e guardava-os dentro de garrafas,e depois também os deixava-os passearem pelos meus braços..era uma criança perturbada.
ResponderExcluirE não notei melhorias na minha pele.
Parece que a baba de caracol tem mesmo algumas coisas boas, mas não é uma baba qualquer, tem de ser de uma espécie de caracol específica e, e a única baba que é "boa" é quando os bichos estão em estado de stress. Dizem. xD E surgem efeitos, realmente, mas não tão milagrosamente. xD
ResponderExcluirE ainda há quem coma disso. Blaaaaaaaaaaaarghhhhhhhhhhh!
ResponderExcluiré por estas e por outras que a onda dos "metrossexuais" me passou completamente ao lado
ResponderExcluirÉ caso para dizer, andam a vender a "banha da cobra"!
ResponderExcluirPS: Dexter, e repita! É tão bom...
cueca, eu concordava em absoluto contigo, até que um dia comecei a usar um creme que a minha avó me ofereceu para as marcas de acne sem ler o rótulo (inteligente, eu sei) e de facto aquilo resultou, e de facto descobri mais tarde que era o creme a que te referes...
ResponderExcluirMaria
Como não! Come-se e bem. Sou maluco por caracóis e não dispenso um meio quilo deles pelo menos, uma ou mais vezes por semana.
ResponderExcluirE pernas de rã. Acredita que vou de próposito a Madrid comer pernas de rã? Cá também há, mas não é nada que se pareça.
Nada como saborear os bons pitéus da vida.
Dexter,
ResponderExcluirCaracois !!! Hmmmm....delicious :P
Rosa Cueca,
Comê-los é uma coisa, pô-los na pele é outra completamente diferente. Se queres por alguma coisa na pele, mete algo com base de Aloé :P
Caracóis é um belo petisco que não dispenso na companhia de uma cerveja geladinha.
ResponderExcluirQuando era mais nova também "brincava" com os caracóis, bichos da conta, e outros mais, eheh. Outros tempos
A pergunta que eu me faço é:
ResponderExcluirSe isso é assim tão bom, não ficava mais barato deitar as pessoas numa marquesa e deixar os bichos babar à vontade pelo corpo fora?? LOOL
Deve ser feito do "ranho" do caracol... acho eu que não é do caracol em si!!
ResponderExcluirConcordo com o comentário do Dexter... Se há coisa que não conseguia comer era caracóis! Baaaah. A baba em si, acho um piadão à publicidade que passa na TV sobre ela... É que pelos vistos faz mesmo milagres!!! Menos exagero meus senhores, muito menos exagero! Lol
ResponderExcluirJá que parece haver algum interesse na parte técnica da coisa, aqui vai o pouco que sei:
ResponderExcluirA chamada "baba de caracol" que interessa para cosmética não é tanto a substância viscosa que os caracóis produzem e que se torna evidente no "rasto" que deixam e que funciona simultaneamente como cola e como lubrificante, mas sim uma outra secreção que os caracóis produzem, para efeitos de defesa, quando submetidos a condições de "stress".
A parte "relevante" da baba de caracol são, crê-se, um conjunto de glicoconjugados (moléculas nas quais a glicose forma uma ligação covalente com outras substâncias) presentes no muco segregado pelo caracol (da espécie Helix Aspersa Müller, que é o caracol vulgar, castanho, de jardim).
Ninguém sabe exactamente quais os glicoconjugados presentes na baba de caracol (sabe-se o tipo de glicoconjugados, mas não exactamente qual a sua composição - se se soubesse, produzia-se em laboratório ao invés de se ter de extrair dos caracóis, processo que é mais lento, mais falível, e potencialmente mais caro), nem quais os seus efeitos concretos na pele. Por isso a indústria cosmética usa a baba tal como o caracol a produz, estando ainda a estudar quais dos compostos produzem realmente que efeitos e em que medida (e se de todo).
A extracção da baba do caracol é simples mas trabalhosa, e passa por produzir nos caracóis situações de stress de forma a que ele produza a secreção desejada. As formas clássicas de produzir stress num caracol são 1. colocá-lo junto a muitos outros caracóis, 2. molhá-lo com água fria, e 3. abaná-lo, ou abanar o recipiente que o contém.
Produzida a baba, ela é separada dos caracóis (com uma peneira e mais água fria), filtrada, e enviada para as farmacêuticas, misturada ou não com um agente gorduroso para fixação.
E mais não sei que isto. Não faço ideia se funciona ou se faz alguma coisa. Nem tenho a mínima intenção de experimentar. Só estou é à espera do dia em que isto tudo de "produzir stress nos caracóis" seja descoberto pelos "amigos dos animais" e considerado cruel e desumano...
Ora aí está uma coisa que eu não faço ideia nenhuma de experimentar. Acho que até tinha nojo de pôr isso na pele.
ResponderExcluirE isso de ter de stressar os caracóis para extrair a baba é fantástico! Também acho que mais dia, menos dia o pessoal dos direitos dos animais se viram para aí.
Eu cheguei a usar o creme e nunca vi diferenças. E sim, também fui daquelas crianças que fazia "colónias" de carácois. Não sei bem o porquê, mas eu adorava fazer isso.
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