2.1.12

Coisas que mexem com o íntimo do meu ser.

Aquele creme de baba de caracol.
A primeira coisa em que penso é: como é que é recolhida a baba de caracol?
É que a baba sai da boca, aquilo parece referir-se à nhanhalhoca que fica enquanto rastejam alegremente por todo o lado à velocidade de parado-paradinho.
Depois, fartei-me de apanhar caracóis quando era pequena. O meus pais não me deixavam ter animais. Pobre e triste criança. Então comecei a apanhar caracóis do caminho de casa-escola-escola-casa. Eram aos 20 e 30 por dia. Não me perguntem o que lhes acontecia, porque não faço ideia, o que sei é que a minha pele não viu melhorias nenhumas e eu "aplicava" a coisa todos os dias.
Logo, perdoem-me se fico céptica ao ver falar disto.
Quer dizer, uma pessoa gasta balúrdios durante a vida em cremes lindos, sedosos e bem-cheirosos, para depois vir esta "coisa"?!
Não confio em nada que pareça ter mais de 4 olhos.
Tenho dito.

15 comentários:

  1. Também apanhava caracóis, e guardava-os dentro de garrafas,e depois também os deixava-os passearem pelos meus braços..era uma criança perturbada.
    E não notei melhorias na minha pele.

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  2. Parece que a baba de caracol tem mesmo algumas coisas boas, mas não é uma baba qualquer, tem de ser de uma espécie de caracol específica e, e a única baba que é "boa" é quando os bichos estão em estado de stress. Dizem. xD E surgem efeitos, realmente, mas não tão milagrosamente. xD

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  3. E ainda há quem coma disso. Blaaaaaaaaaaaarghhhhhhhhhhh!

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  4. é por estas e por outras que a onda dos "metrossexuais" me passou completamente ao lado

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  5. É caso para dizer, andam a vender a "banha da cobra"!

    PS: Dexter, e repita! É tão bom...

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  6. cueca, eu concordava em absoluto contigo, até que um dia comecei a usar um creme que a minha avó me ofereceu para as marcas de acne sem ler o rótulo (inteligente, eu sei) e de facto aquilo resultou, e de facto descobri mais tarde que era o creme a que te referes...


    Maria

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  7. Pássaro Viajeirojaneiro 03, 2012

    Como não! Come-se e bem. Sou maluco por caracóis e não dispenso um meio quilo deles pelo menos, uma ou mais vezes por semana.
    E pernas de rã. Acredita que vou de próposito a Madrid comer pernas de rã? Cá também há, mas não é nada que se pareça.
    Nada como saborear os bons pitéus da vida.

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  8. Dexter,

    Caracois !!! Hmmmm....delicious :P


    Rosa Cueca,

    Comê-los é uma coisa, pô-los na pele é outra completamente diferente. Se queres por alguma coisa na pele, mete algo com base de Aloé :P

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  9. Caracóis é um belo petisco que não dispenso na companhia de uma cerveja geladinha.
    Quando era mais nova também "brincava" com os caracóis, bichos da conta, e outros mais, eheh. Outros tempos

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  10. A pergunta que eu me faço é:
    Se isso é assim tão bom, não ficava mais barato deitar as pessoas numa marquesa e deixar os bichos babar à vontade pelo corpo fora?? LOOL

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  11. Deve ser feito do "ranho" do caracol... acho eu que não é do caracol em si!!

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  12. Concordo com o comentário do Dexter... Se há coisa que não conseguia comer era caracóis! Baaaah. A baba em si, acho um piadão à publicidade que passa na TV sobre ela... É que pelos vistos faz mesmo milagres!!! Menos exagero meus senhores, muito menos exagero! Lol

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  13. Já que parece haver algum interesse na parte técnica da coisa, aqui vai o pouco que sei:

    A chamada "baba de caracol" que interessa para cosmética não é tanto a substância viscosa que os caracóis produzem e que se torna evidente no "rasto" que deixam e que funciona simultaneamente como cola e como lubrificante, mas sim uma outra secreção que os caracóis produzem, para efeitos de defesa, quando submetidos a condições de "stress".

    A parte "relevante" da baba de caracol são, crê-se, um conjunto de glicoconjugados (moléculas nas quais a glicose forma uma ligação covalente com outras substâncias) presentes no muco segregado pelo caracol (da espécie Helix Aspersa Müller, que é o caracol vulgar, castanho, de jardim).

    Ninguém sabe exactamente quais os glicoconjugados presentes na baba de caracol (sabe-se o tipo de glicoconjugados, mas não exactamente qual a sua composição - se se soubesse, produzia-se em laboratório ao invés de se ter de extrair dos caracóis, processo que é mais lento, mais falível, e potencialmente mais caro), nem quais os seus efeitos concretos na pele. Por isso a indústria cosmética usa a baba tal como o caracol a produz, estando ainda a estudar quais dos compostos produzem realmente que efeitos e em que medida (e se de todo).

    A extracção da baba do caracol é simples mas trabalhosa, e passa por produzir nos caracóis situações de stress de forma a que ele produza a secreção desejada. As formas clássicas de produzir stress num caracol são 1. colocá-lo junto a muitos outros caracóis, 2. molhá-lo com água fria, e 3. abaná-lo, ou abanar o recipiente que o contém.

    Produzida a baba, ela é separada dos caracóis (com uma peneira e mais água fria), filtrada, e enviada para as farmacêuticas, misturada ou não com um agente gorduroso para fixação.

    E mais não sei que isto. Não faço ideia se funciona ou se faz alguma coisa. Nem tenho a mínima intenção de experimentar. Só estou é à espera do dia em que isto tudo de "produzir stress nos caracóis" seja descoberto pelos "amigos dos animais" e considerado cruel e desumano...

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  14. Ora aí está uma coisa que eu não faço ideia nenhuma de experimentar. Acho que até tinha nojo de pôr isso na pele.
    E isso de ter de stressar os caracóis para extrair a baba é fantástico! Também acho que mais dia, menos dia o pessoal dos direitos dos animais se viram para aí.

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  15. Eu cheguei a usar o creme e nunca vi diferenças. E sim, também fui daquelas crianças que fazia "colónias" de carácois. Não sei bem o porquê, mas eu adorava fazer isso.

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