1. Não te sentes a pessoa mais sortuda à face da terra por ter encontrado aquela pessoa no meio de milhares.
Euromilhões para quê?!
2. É preciso todo um ritual de etiqueta e sítios fashion para se sentirem bem na companhia um do outro.
Casal para a vida é feliz a comer um big mac no parque já frio e com as batatas moles ou dormir num hostel onde-pessoas-já-morreram-de-certeza, desde que nos braços um do outro.
3. Não dão por vocês a pensar naquela pessoa, com quem querem partilhar tudo.
Até as coisas mais corriqueiras como o que almoçaram ou a descasca que levaram no trabalho nesse dia.
4. Não traz ao de cima o vosso melhor.
Somos todos cheios de falhas, a verdade é essa, mas pela pessoa certa tentamos sempre dar a melhor versão de nós.
5. Tudo é motivo para implicar.
Depois daqueles dois meses de ouro, repentinamente, tudo parece entrar nos sistemas das pessoas, arranjando as mínimas merdas para dar na cabeça ao outro. Dão por vocês a discutir o sexo dos anjos, ou quem deixou um rasto de presença no WC, ignorando a função primordial do piaçaba.
6. Não partilham os mesmos ideais, objectivos e valores.
Sim, mesmo que isso seja considerar jantar gelado uma refeição perfeitamente sagrada ou educar os futuros filhos sob a ideologia d'A Força.
7. Não têm aquele sentimento visceral de que aquela pessoa é realmente alguém que mudou a vossa vida.
Não é que tenham de ter feito skydiving juntos ou ponderarem ir casar a Vegas, basta aquela sensação reconfortante de que a vida é imensamente melhor só por aquela pessoa estar nela.
8. Não consegues ser tu mesmo/a ao pé dele/a.
Dás por ti a dizer "perdoa-me, vou ter de me ausentar um pouco para ir ao WC" em vez de "chiça, o indiano deu-me cabo dos interiores! vou esvair!!! É melhor nem entrares na casa-de-banho nas próximas horas!".
9. Os vossos amigos e familiares não são os maiores fãs da "vossa" nova pessoa.
É verdade que nós é que temos de gostar, mas também é verdade que os amigos e a família gostam de nós e querem ver-nos com alguém à altura, por isso não é descartar quando há uma opinião comum de que estão a namorar um/a otário/a.
10. Só encontram motivos racionais para explicar que aquela pessoa é a certa.
Até as pedras da calçada conseguem ter mais emoção. É bom sermos lógicos no amor, mas se não há algo de inexplicável, uma força maior, um "tinha de ser com ele/a", é de desconfiar.
O post é certo e fofinho, mas aquela do indiano matou-me xD
ResponderExcluirHum...não sei se alguma relação preenche todos esses requisitos, por muito tempo pelo menos. Das duas uma, ou preciso de conhecer mais casais, ou a cena das almas gémeas como tu descreves é uma sorte mais improvável do que a do euromilhões.
ResponderExcluirHá duas questões:
ExcluirAté em relação aos "escolhidos" é provável que não se apliquem todos os itens a toda a hora. É importante é que pelo menos de tempos a tempos eles se verifiquem, para uma relação fazer sentido e que no fundo as pessoas continuem a admirar o outro.
Depois há a questão de que há quem viva muitas relações sabendo perfeitamente que não são minimamente completas (e não é por isso que terminam).
O/A The one é um bocado o ideal a alcançar, terá sempre o seu quê de irrealidade, mas existir, existe, as pessoas é que podem também não lhe dar o valor merecido.