Eat this, Cosmo!

Podia ser a Cosmo ou outra revista qualquer daquelas que nos dão conselhos às colheradas, fazendo-nos pensar que isto do gostar é uma coisa complicadíssima, especialmente quando não somos a mulher perfeita e fisicamente impecável dos sonhos de qualquer um.

Há um conceito que vejo pouco explorado nisto do amor: cuidar e tratar bem. Talvez porque todos, à primeira vista, pensemos que é um requisito. Não é. 

Primeiro porque por vezes o problema começa em nós: sabermos a todo o momento que merecemos ser cuidadas e bem tratadas.

Depois porque há uma tendência a desvalorizar, desculpar e perdoar quem nos fez mal, porque se gosta, porque não se quer estar sem aquela pessoa, porque se calhar também errámos ou dissemos coisas que não queríamos realmente.

Contudo, no fim do dia, depois de tudo pesado na balança, o cuidar e o tratar bem são quase como direitos inalienáveis do amor, algo de que se precisa como ar para respirar.

Os amores não acabam porque não se vestiu o cinto de ligas, se engordou 3 kilos, se esteve longe em trabalho, porque se é muito conservador e devia antes viver-se no limite, ou quaisquer outras papas que nos alimentam a cabeça de ideias sobre o que são, afinal, os ingredientes certos para manter uma relação.

Esses, digo-vos eu, valendo o que vale, são: cuidar e tratar bem. Se não puder ser sempre, que seja a norma vigente, a lei a não violar, os mantras e as preces que repetimos antes de adormcer.

Porque o maior dos amores pede o maior dos cuidados.