15.6.15

Too much of a good thing.

O equilíbrio é talvez das coisas mais complicadas de atingir, principalmente quando achamos que estamos a fazer tudo bem, tudo ali nos conformes, de acordo com a maioria dos filmes românticos e do que as pessoas dizem querer...mas, quando é que o bom se torna demais?

Em termos lineares, especialmente as moças, gostamos muito de dizer que queremos um homem sensível. É verdade que sim.
Só que, dentro desta sensibilidade, há umas coisinhas que...

1. Dar-nos comidinha à boca.
Esta é uma que me tira do sério. Tendo em conta que eu com 2 anos ralhava com os meus pais porque queria comer sozinha, não me parece que adulta fosse apreciar que me tentassem enfiar mais uma colherada de mousse na boca.
Perguntar "queres provar a minha sobremesa"? Sim.
Insistir e quase fazer aviãozinho num restaurante? Não!

2. Abusar dos nomes fofinhos.
É giro ter um nome entre os dois, que funciona quase como uma private joke. Daí a levar com um "honey boo-boo", "minha fofinha", "minha ursinha bebé"... Enfim, estou aqui já com refluxo gástrico.
Além disso, os nomes fofinhos têm um sítio próprio: o conforto do lar, ou melhor, longe dos ouvidos alheios. Não têm de ser sempre "Ó José Luís", mas não vamos já passar aqui para o "fofinha bilu bilu".

3. Estar sempre a perguntar "está tudo bem?"
Uma vez é carinho, duas é preocupação, três é um caso sério.
Todos gostamos que se preocupem o suficiente connosco para quererem importar-se, daí a estar de 10 em 10 minutos a fazer um check-up aos sinais emocionais, menos. Bem menos.

4. Chorar por tudo e por nada.
Sim, um homem também chora, compreendemos isso, aceitamos, achamos saudável, até. Somos pessoas e não máquinas racionais imperturbáveis. Agora, quando choram porque sim, quando fazem birras, quando se emocionam até com a porra do pôr-do-sol...epá...Não dá.
Razões onde se aceita o choro copioso: perda de um animal/familiar/amigo, término de relação, quando a Selecção perde numa final.

5. Sempre assim...em cima...em cima, em cima, em cima.
Isto, para além de o refrão de uma música má, pode ser chato.
Miminhos? Sim. Mãozinha dada? Sim. Abracinho? Sim.
Ser incapaz de dar dois passos sem estar a tocar na outra pessoa, como se fossem gémeos siameses? Não.
O único sítio onde podem andar sempre em cima é, adivinharam, também no conforto do lar.

6. Achar que não nos sabemos defender.
O síndrome do cavaleiro andante, que acha que nenhuma donzela sabe travar as suas batalhas, ou dispensar atrevidotes num bar. Uma coisa é defender-nos, dando aquele olhar atravessado a um marmanjo qualquer, outra é partir para a porrada, tipo, logo. Not cool.

Sintam-se à vontade para acrescentar itens.

11 comentários:

  1. 4 - E o Benfica?

    Estava tudo muito bem, mas falar da Selecção e ignorar algo maior?

    Foi quase um artigo perfeito para as mulheres saberem o que é ser mulher. Quase.

    Adeus.

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    1. Sabes que "esse clube" é como aquela mulher demoníaca que só dá desgosto, que nunca se sabe se vai correr bem ou mal, que um dia são os maiores e no seguinte não servem nem para pano do pó.
      O que significa também que qualquer moço adulto já devia ter aprendido que não vale chorar por isso.

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    2. ...era um artigo para os homens saberem o que é ser Homem. :)

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    3. Kikas? A própria? Gostava de fazer uma marcação. Vou arrancar agora para o Vale de Santarém.

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    4. É bom que leves flores POC.
      Uma senhora aprecia um gesto romântico. :D

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    5. Peço desculpa, caro POC, lamento desiludi-lo mas está equivocado.
      Essa é a Mãe Kikas, e eu ainda não tenho filhos do seu tamanho :)
      Vá, não chore.

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  2. - Falar "à bebé", incluindo no "conforto do lar", if you know what I mean....

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  3. Também se aceita chorar por causa duma cena específica num filme? :P

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  4. Mas também não queiras um cubo de gelo como o meu rapaz... de vez em quando dá-lhe para o romantismo, mas é raro!

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  5. Sou ana e o homem trata-me por "ani" (odeio anita temos pena)
    Uma altura fui leva-lo ao trabalho (a pé de inverno e ele entrava às 5 da manha) e uns marmanjos agarram-me a mim e outros a ele dizendo "passa a carteira ou ela é que sofre" e o homem riu-se, aliás começou a gargalhar. Ele é chefe de cozinha e levava o estojo com facas variadas.Eu levo sempre spray de pimenta na bolsa e andava em aulas de boxe na altura sendo que já tinha feito auto defesa durante anos antes. Bastou um spray num deles e um murro bem dado noutro e os restantes fugiram em debandada.

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