Aquela mítica figura do Dj.

Sabemos que o Dj é uma figura quase endeusada das festas nocturnas, pelo menos durante duas fases da vida: quando atingimos há pouco a maioridade ou quando houve divórcio recente.

 

Os DJs são aquela malta bacana que mete o corpo a vibrar, que sentes que tá alto ambiente, mesmo que seja só o teu Safari Cola a chocalhar demasiado no estômago, mas 'tá a ser brutal.

O meu problema nem é com Djs bons, é com aqueles gajos que passam Avicii e dizem que fazem arte do djing (gosto muito quando eles dizem dijaiing como se fosse uma cena super profissional e artística). No fundo é a oportunidade de tipos enfezados sacarem umas pitas em 3 frases, porque estão no negócio 'da night.

 

O que acontece com estes wannabes é que passar música não é trazer aquela playlist que ele acha brutal e meter a tocar, com duas ou três más  transições pelo meio e um revival do Call on me, seguido do Lepo Lepo, que basicamente faz tanto sentido quanto me espetarem garfos nos olhos e eu pedir mais, por favor.

 

Outra coisa que me aborrece é que quando estão lá na cena deles, muito embora a pista esteja às moscas, nunca fazem a porra de um disquinho pedido. Convenhamos, a coisa já está má, quão má pode ficar por aceder a um pedido de um cliente, que está a pagar para ali estar? Claramente deve ser algo escrito na deontologia do DJ, que proíba acederem a um pedido simpático, porque a sua selecção de músicas não permite.

 

Para finalizar, o que se passa com o seguimento musical da noite? É impressão minha ou cai-se sempre no retumbante:

house porreirinho > kizombada > house mau > brasileirada > kizombada > música 80's > Xutos e Pontapés para acabar a noite.

Isto deixa-me sempre com vontade de ir embora ao segundo Martini, o que não só é um flagelo, como me faz repensar os sítios onde possa ir sair.

Por outro lado, poupo dinheiro e horas de sono.