Zombies, relações e Carlos Paião

Com um título como este, é bom que fiquem a ler até ao fim.

 

Não são fáceis as relações.

Lembrem-se que as únicas pessoas com as quais fomos forçados a viver foram os nossos pais e, bem, durante a maior parte desses anos dependíamos deles. Primeiro para comer, depois para ir estoirar dinheiro ao Urban.

Numa relação, não só é suposto que ambos consigam ser independentes, como o que é forçado dá asneira.

 

Se tudo começou assim:

 

 

Como é que as pessoas chegam a isto?

 

 

Bem, talvez tudo comece, pelas palavras de Rui Veloso, quando não se ouve a mesma canção.

O que, convenhamos, não é difícil, se ele curtir à brava Carlos Paião e vocês forem pessoas de A Perfect Circle. Não é que não dê para conviver, mas tendo em conta que irão passar bastante tempo a andar de carro, especialmente naquelas viagens de ir a casa dos sogrinhos, convém que não seja mais um factor de irritação a acrescer aos 1700 pormenores que, entretanto, descobriram ser irritantes.

 

Sabem quando começam a ficar ticosos com a comida e a implicar com tudo?

Bem, isso é porque não andam com fome, que é o que se passa quando têm ali alguém sempre à mão de semear. De repente, aquele bife da vazia já tem nervos e em menos de nada parece reunir em si todos os defeitos culinários do mundo. Ora, lembrem-se que a carne sapatona de um, é o manjar de outro.

 

Não é raro que o desgaste se faça sentir e dizer que temos de nos focar nas coisas boas é fácil, mas a verdade é que colocamos muita pressão e expectativas numa só pessoa, esquecendo-nos de olhar para dentro e pensar que também não somos aquele camarão tigre a 20€/kilo de Moçambique.

 

Todos temos falhas, momentos menos bons, pressões e frustações. O outro não está lá para resolver a vossa vida por vocês e a outra pessoa, ainda que tenha dias que vos possa parecer um zombie já meio carcomido, faz o melhor que pode e sabe.

 

Quando há amor, não há apocalipse que derrube.

Se não há, chamem o Daryl, que ele resolve.