17.4.15

6ªs são dias de desafios: casas-de-banho.

É verdade que quem passa por Coimbra enquanto estudante não a esquece.
Digam o que disserem há uma mística, uma aura...e não, não é o cheiro a cerveja e tabaco rasco nas capas do traje que nunca viram máquina de lavar.
No fundo, isto é como quando vem algum estranja falar mal de Portugal: damos cabo dele, porque só nós podemos criticar o que é nosso. Adiante.

Acontece que também é verdade que há coisas que não me trazem saudade nenhuma.
Especificamente: ir xixizar no recinto da Queima.

Intróito:
Todo o conceito de casa-de-banho portátil me aflige. Sim, sou daquelas ticosonas que reveste a papel tudo o que puder, como se isso adiantasse de muito. #aamazóniachora
Adicionem ao nojo regular a equação exponencial do nojo-Queima.
Alguma vez se perguntaram porque há tanto álcool por lá?
Dica: é para esquecer a câmara de horrores daquelas casas-de-banho.

Ora, nunca esqueço a vez em que entrei dentro de uma casinha-mobile, e juro que conseguia identificar, no meio dos destroços, uns bocados de grelhada mista.
Escusado será dizer que toda eu necessitei de karma e preparação para gerir todo o cenário, tendo demorado um pouco na dita. #trajadaedecollantsnãohámilagres
Como devem imaginar, as casas-de-banho não são muitas e o combo cerveja+litrosas resulta em idas sucessivas ao templo d'Ureia, pelas suas mais ternas discípulas.

Quando finalmente me senti preparada para ir gastar o resto das fichas no Licor Beirão, tinha uma fila de hooligans trajadas a querer oferecer-me estaladona da boa.
Felizmente, o estado de coordenação das minhas pernas encontrava-se um pouco mais lúcido que o delas, tendo escapado por pouco.

Assim, no espírito de desafio, contem-me as piores experiências de casa-de-banho que tiveram:

Foi aquela vez em que um casalinho achou por bem testar a resistência da sanita numa cópula espontânea, mesmo ali ao vosso lado?
Aquela vez em que sentiram as lágrimas nos olhos numa cólica fulminante e nem papel havia?
O dia em que encontraram o nome do vosso namorado rodeado de um coração amoroso escrito na porta da casa-de-banho?
A tipa cocaínada que tentou discutir com vocês na casa-de-banho do BBC?

Contem-me tudo!

6 comentários:

  1. Concordo contigo, as minhas piores experiências foram mesmo na Queima. E quando aquilo abanava com o vento, ou por acção de alguns engraçadinhos que eram adeptos de emprestar emoção à mijinha dos outros? Cheguei a temer ir parar ao Mondego, presa dentro daquilo... meeeedo

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  2. Para o teu #trajadaedecollantsnãohámilagres arranjei uma solução boa, especialmente para trajar em dias de Verão, meias de liga, daquelas sem necessidade de cinto, com silicone!

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    1. Era o que eu fazia, mas a meio da noite tinha a meia liga pelos tornozelos -.-' e vontade de dizer "fuck this shit"...portanto passei a trocar pelos collants finos. (que também chegavam destruídos a casa, mas isso são outros quinhentos)

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    2. Nunca, mas nunquinha mesmo tive um par de collants que me durasse mais do que uma noite trajada. Sempre destruídas no fim ahahah

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  3. Nunca usei dessas WCs, com exceção duma no Algarve há uns anos, mas foi pacifico.
    Faço por nunca usar disso, porque é de facto nojento.

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  4. Já entrei numa dessas casas de banho, na Queima aqui em Coimbra, a pensar que ia fazer um chichi mas saí com lágrimas nos olhos da agressividade do cheiro. É que nem dei tempo à porta de fechar, rodopiei e saí. O que me vale é a bexiga hiper-mega-gigante, só preciso de ir uma ou duas vezes. E basta para traumatizar.

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