É neste dia, anterior ao regresso ao trabalho pós-férias, que olho para a minha gata com outros olhos.
Dou por mim a concentrar-me com muita força, tal Uri Geller, sempre mantendo o contacto visual, no cérebro da Mix. Como seria fofinho trocar de corpo com ela, penso eu.
Imagino-a com o ar perdido no vazio, focada no PC, enquanto a minha chefe me dá os bons dias.
Eu, feliz no recanto do lar, provavelmente estaria no sofá esparramada, após carregar com a minha pata no comando da tv, a mamar episódios do Masterchef.
Durante a hora de almoço talvez pudesse trocar de corpo novamente, para me alimentar com algo mais substancial que comida de gato. Claro que, por oposição, seria plausível que um qualquer colega me encontrasse em plena hora de almoço a olhar fixamente pela janela, ou a lamber os braços, mas isso são pormenores.
No turno da tarde, mais uma troca, eu a ver You're the Worst, a Mix provavelmente a dormir ao serviço.
Ao final do dia laboral trocávamos novamente, cada uma ia à sua vida, amigas à mesma.
Mas enquanto não descubro a fórmula secreta:
Vou ter mesmo de ir trabalhar amanhã, não é?!...
Pois.
E era muito chato se os teus colegas te encontrassem a fazer necessidades nos vasos da empresa :P
ResponderExcluirTambém penso nessas coisas tantas vezes... Não somos muito normais :p
ResponderExcluirOlhaaaa olhaaaa que série é essa e onde a posso ver?
ResponderExcluirO meu cão também se chama Mix!! :o
ResponderExcluirE sim também penso nessas coisas, mas depois imagino-me a comer a ração dele e a cheirar o rabo dos outros cães e subitamente o trabalho nem me parece assim tão mau... Mas invejo-lhe muito a vida sem pressões, basicamente desde que não morda ninguém, nada mais é "esperado" dele.