Com o recente episódio da foto da Jéssica Athayde na Moda Lisboa e a sua "alegada" barriguinha e curvas, toca-se um pouco por todo o lado na ferida: as mulheres são as primeiras a sucumbir à pressão irrealista da estética e praticam vulgarmente a incoerência de um dia advogarem as "mulheres reais" e no seguinte serem as primeiras a criticar qualquer pormenor estético.
Vejamos:
1. Há de facto muitas mulheres que são especialmente cabras umas para as outras. O que as pessoas podem por vezes esquecer é que antes de serem cabras para as outras, possivelmente andam a ser cabras com elas mesmas. Eu acredito que uma pessoa que sinta tanta necessidade de criticar as outras, tenta olhar muito pouco para ela mesma e sofrerá com isso. O que nos leva ao segundo ponto.
2. A auto-estima é um pouco como a confiança, quando se quebra, é difícil recuperá-la e a forma como nos vemos funciona de forma semelhante. Quem tem baixa auto-estima irá sempre desvalorizar-se o que, em algumas pessoas, lhes causa rancor em relação a ideais que nunca irão atingir e a projectar as suas próprias frustações, alimentando a falsa ideia da perfeição que só reside fora de si.
3. Dizer que temos de amar o nosso corpo é fácil quando somos um avião com poucas ou nenhumas falhas estéticas. Chega a ser irónico ler algo assim vindo de modelos ou actrizes super produzidas que alimentam o imaginário feminino e masculino. Há pessoas que por mais arranjadas ou em forma que estejam não irão encaixar nos parâmetros normais de beleza e que, sim, irão sofrer com isso, o que não significa que se tornem numas haters profissionais.
Acima de tudo o que me parece é que esta vontade imensa de falar mal, de criticar porque sim, de "desgostar" de alguém que nem se conhece ou sentir necessidade de deitar abaixo, significa apenas o quão pouco se gosta de si mesmo - é só a subnutrição do ego a falar mais alto.
Toda a gente tem defeitos. Uns mais visíveis que outros. A questão é que muitas vezes as pessoas focam-se nos de fora, mais que nos de dentro.
Quem inventou a frase "o que conta é o interior" se calhar não o fez para que alguém se sentisse menos mal por ser feio fisicamente, ou para dar um alento paternalista, mas talvez para que percebamos que a única pessoa que irá sempre conviver connosco somos nós mesmos.
Talvez seja altura de nos tratarmos melhor.
nem mais...
ResponderExcluirRecomendado e a propósito:
ResponderExcluirhttp://adobradogrito.blogspot.pt/2013/06/desejos-perversos-de-um-invejoso.html
Invejar, no sentido de querer algo que outro tem, não me choca, na medida em que todos o sentimos em algum momento.
ExcluirViver em função disso e procurar ser mesquinho a cada oportunidade, isso já não acho natural.
Vou escrever exatamente o que escrevi noutro blog:
ResponderExcluirNão me importava nada de ter uma mulher assim tão "gorda" como ela :P
Imagino que não, mas mais kilo, menos kilo...sabes como é, alargar o horizonte :P
ExcluirDizem que a beleza está no interior, mas eu também conheço muita gente bonita a viver no litoral. ;)
ResponderExcluirTalvez seja altura de rirmos mais de nós próprios, e de caminho, tratar melhor os outros.
Ser gentil não custa e não conheço ninguém que morra disso...já excessos de suco biliar...não ponho a mão no fogo.
ExcluirBonito.
ResponderExcluirComo a música do Tozé Brito?
ExcluirNão. Como o barulho que eles fazem a bater no sítio certo.
ExcluirO Tozé Brito não me diz muito.
-.-'
ExcluirNão percebo anda destes tracinhos e pontinhos com significados associados. Sou báscio e só conheço o "sorriso" e a "cara triste"
ExcluirEu queria ser gorda com ela :)
ResponderExcluirPodes crer, ;)
ExcluirEu não me encaixo propriamente no estereotipo de beleza comum, pelo menos não no estereotipo das revistas! No entanto uma coisa que não tenho é falta de confiança, nunca tive. Se tenho as minhas inseguranças? Claro que sim. Mas o facto de ser muito confiante ajuda nas inseguranças, às vezes tbm assusta principalmente os homens, que não estão à espera que haja mulheres confiantes...
ResponderExcluirConcordo ;)
ExcluirAlém de que...não desfazendo na confiança física geral, confiança na personalidade, no saber o que se quer e no não ficar calada, também assusta muito bom homem. Infelizmente.
Infelizmente assusta, mas nada a fazer! Há-de vir um que não se assuste!
ExcluirP.S: Eu cá gostava de ser tão gorda como a Jéssica Athayde!
O pior e quando essas pessoas trabalham contigo ou estao no seu convivio diario, nao ha santo que aguente o negativismo que a infeliz espalha.
ResponderExcluirAcho que quase todos os ambientes de trabalho sofrem desse mal e quando esse negativismo vem embrulhado num lindo pacote de hipocrisia e cinismo...ui.
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