Ahhh e tal, a Rota das Tapas é muito in.

In?
In?!

In é passar naqueles botequins obscuros, nunca antes penetrados por entidades da ASAE, pedindo uma cerveja (nunca uma mini, isso é frouxo), ponderando se se vai optar pelas moelas ou pelos percebes, pelos couratos, ou pela orelha de porco.
In é sentar o rabinho numa cadeira de madeira, carcomida pelo caruncho e com pelo menos uma perna a balançar, provando que o efeito do álcool só auxilia o ouvido interno a trabalhar bem, para não acabar a noite a beijar o chão de azulejo gasto, que não vê esfregona há uma semana e podem, quase, jurar, vislumbrar uma batata frita da época passada no contorno do balcão.
In é saber que os únicos sons que se vai ouvir são o barulho de fundo das conversas e a mosca a fritar nos neons electrizantes do tecto, ou o Sr Zé a tirar imperiais à pressão, enquanto grita para a cozinha: é mais uma de moelinhas!
In é pagar 5€ por tudo e ainda assistir a um espectáculo de pancadaria de meia-noite à porta, sob o olhar atento das Alziras, turistas perdidos e homens de barba rija, bem-dispostos.

Agora, Rota das Tapas...pfff...é mais, Rôta das Tapas.