Pensar que pregas já não é só coisa de uma saia que possas usar.
Varizes.
Um arbusto grisalho.
A luta contra a força da gravidade.
Os programas da tv nacional, sem legendas que já não se conseguem ler.
Os amigos a irem-se.
Um armário cheio de cremes anti-idade.
Os lanches de café com leite e pão com manteiga.
Joanetes.
A solidão.
O facto de uma simples mousse desencadear respostas fisiológicas imprevisíveis.
A chegada dos pensinhos para as "fugas" diárias num riso mais pronunciado.
As idas regulares ao médico.
A falta de vigor. Não falo da manteiga.
O carro apenas na garagem.
Os fatos-de-banho grandes, de padrão.
As actividades dos centros de dia.
...e mais, afinal, o que vos preocupa quando chegarem a velhos?
Acima de tudo, duas coisas:
ResponderExcluir- a perda de faculdades;
- a solidão.
A mim nao me preocupa so o envelhecer fisicamente, mas e ate q ponto a solidao e o peso da idade se vao fazer sentir. Preocupa-me perder o meu vigor, o deixar de ter a minha independencia, o deixar o espirito morrer. Isso preocupa-me. Mas tenho colegas meus q sao mais velhos q o meu pai e tem mais energia que eu. Espero ser assim, sempre fresca e fofa de espirito e a continuar a poder fazer tudo sem pedir nada a ng :)
ResponderExcluirEu, como vou viver até aos 120 ainda não penso nisso :P
ResponderExcluirSolidão e perda da independencia ou faculdades, definitivamente.
ResponderExcluirestarem 30 graus, um calor de morte, e nós, velhinhos, com uma camisola interior de alças, uma camisola de manga curta e um casaco por cima, a acharmos que está um tempinho mesmo agradável.
ResponderExcluiresquecer-me de quem sou/fui
ResponderExcluirperda de capacidades mentais (e físicas)
solidão
e essas coisas todas que disseste também ;p
ResponderExcluirSolidão, perda de faculdades.
ResponderExcluirAcho que estamos todos de acordo.
Isto devia ser como no Benjamin Button: começávamos velhos e acabávamos crianças.
Tudo o que foi dito mas, sobretudo, perda de capacidades físicas e mentais. Esquecer-me de mim e dos outros. Terem que me mudar a fralda... Talvez seja idiota, lol, mas é mesmo uma daquelas coisas que não quero que me aconteça.
ResponderExcluirFicar presa dentro da minha própria mente. Um corpo que funciona mas uma mente que vê o passado como presente e a família como desconhecidos. Arrepia-me para lá de um sentimento de horror.
ResponderExcluirPerder. Seja o que for. Perder...por perda efectiva e por antecipação.
ResponderExcluirEstou com o Jedi Master. A idade é uma coisa que quanto mais nos ralamos com ela, mais nos atinge. Sabe-se lá o futuro! Até ser velha pode encontrar-se a pílula da juventude. A solidão é assustadora, mas há que criar condições para que não aconteça. A única coisa que me aflige no envelhecimento é modificar-me de tal maneira que não me reconheça - não uma ruga ou outra, mas transformar-me numa "matrona". Felizmente na minha família as pessoas não se modificam muito. É uma questão de cuidado e de ir actualizando o visual de acordo com a idade, sem verduras ridículas nem "pesar" muito. Hoje as pessoas mantêm-se giraças aos 40, 50, 60 e por aí fora. Não me chateia, quero é estar bem para a minha idade.
ResponderExcluirO beber 3 ou 4 minis e já estar de caixão à cova... lol
ResponderExcluirJá o disse várias vezes: tenho medo de perder as minhas memórias
ResponderExcluireu tenho medo da lucidez.....
ResponderExcluirA lucidez na velhice por vezes é a mais pura das torturas.
Tenho muito medo da solidão com lucidez....
Saber que se está só, e as razões porque se está só.
A minha mãe trabalha com idosos, não uma vez que vá à minha terrinha que não vá visitar todos aqueles "velhotes" que me viram crescer. E é triste ver aqueles que tem a consciência de que foram lá deixados.
Os mais felizes são sempre aqueles que perderam parte da lucidez que tinham. São felizes porque não sabem.
Preocupa-me a noção de "fim", the end, caputz do ser humano. Digo muitas vezes que espero que a idade me traga um sossego e uma sapiência quanto a isso, se não hei de morrer de nervos por saber que isto a que chamo vida, acaba. Sou apaixonada por viver, assusta-me a ideia de não saber o que, ou se, há algo depois. Tirando isso, a solidão e a perda das minhas capacidades físicas, mentais e etc.Perder os meus pais e etc..
ResponderExcluirNo amor não me assusta envelhecer, acho que o amor, as pessoas e noção de uma relaçao envelhecem connosco e ganham novos contornos. O sexo, que agora é uma parte activa e importante de uma relação, mais tarde será substituído por companheirismo e etc, acredito nisto =) Fazemos assim, mantem o Blogue e depois venho cá dizer como me sinto aos 60 LOL
Acho que já foi tudo dito :/ Pessoalmente, a solidão e a eventual perda de memórias.
ResponderExcluirComeçar a perder a noção das coisas... assusta-me.
ResponderExcluirHathor. Se for só esse o seu medo, não se preocupe demasiado e preocupe-se isso sim, se estiver interessada, com a perca de lucidez que isso é que eu penso ser triste.
ResponderExcluirPenso, avento, porque saber, apesar dos meus 71 anos, certezas não tenho.
Portanto e para a tranquilizar, quando for vélhinha, peça a quem confia que lhe mantenha sempre a lucidez.
Isso posso assegurar com certezas fidedignas, porque lucidez e discernimento, foi coisa de que nunca careci.
Tanta que ninguém me apanha a vaguear pelas esquinas errando como uma alma penada, tão-pouco nas mesas dos velhadas a beber cervejolas e a jogar à bisca, muito menos de camisa aberta a mostrar a pança suada e a salivar a meninas que podiam perfeitamente ser minhas netas, e por aí adiante.
Daí eu assegurar que lucidez é essencial, se não mesmo primordial para uma velhice com dignidade, isto porque, enquanto ela cá morar nunca vou esquecer o respeito que me devo a mim mesmo e às minhas filhas para quem o pai é o seu orgulho.
Agora. Particularmente acho que a velhice não devia existir e que ninguém neste mundo devia viver após os 60, 65 anos.
Voltar a usar fraldas!!
ResponderExcluirPerder as minhas capacidades físicas e mentais e com isso ter que depender de outras pessoas...
ResponderExcluirSolidão e dependência, sem dúvida.
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