19.7.12

Créditos só nos jogos.

Custa-me entender o acesso recorrente a créditos.
Uma coisa é recorrer a um crédito para uma casa, ou um carro, bens que representam um esforço financeiro considerável. Outra muito diferente é recorrer aos créditos "imediatos", que se vão acumulando, para ir de férias, comprar roupa, uns sapatos de marco, uma casa de férias,...
Coisas que são acessórias. Coisas que não aumentam a qualidade da vida, de respirar todos os dias.
Mas que, por um azar, podem tirar o fôlego, quando chegam as cartas com dívidas acumuladas, um salário em metade para pagar o que se deve, os bens a desaparecer.
Há dias li uma entrevista sobre um casal com três filhos que viviam numa vivenda enorme, possuíam dois carros de alta cilindrada, faziam férias fora 2 vezes ao ano...e em que bastou um dos membros do casal perder o emprego, para a mulher recorrer à prostituição para "alimentar os filhos", dado o alto nível de endividamento.
Eu ainda fui criada para dar valor ao que tenho e não viver acima das minhas capacidades.
Se adorava ir de férias para um sítio luxuoso, se gostava de trocar de carro, de ter uma casa mais nova e maior, de comprar roupa sem olhar para o preço?
Claro que sim.
Mas o facto de viver descansada, saber que não devo nada a ninguém, que tenho alguma estabilidade, um plano "b" para se algo correr menos bem...são coisas que não têm preço.

8 comentários:

  1. Não te percebo oh Rosa Cueca. Ela também tinha um plano B e meteu-o em prática :P

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  2. Infelizmente conheço muitas famílias nessa situação e agora estão com uma mão à frente e outra atrás!Eu agora poder ir de férias todos os anos mas não dá e nem me vou individuar por isso...faço as férias tipo os anúncios do LIDL, sempre em festa a baixo preço :)

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  3. rosa cueca

    mas é por situaçoes dessas e por creditos desses que o nosso pais chegou ao ponto que chegou. basta multiplicares esse caso por milhares e apliares a coisa ao nivel de quem nos governou.

    é o que dá querer ser grande, querer aparentar uma coisa e ser outra, é o que dá não se ganhar para tudo e querer ter tudo.

    no caso das pessoas é querer ter mais do que ganham, no caso do pais é querer ter e ganhar mais do que produz

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  4. Concordo contigo. Infelizmente há cada vez mais casos destes.:(

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  5. O crédito é o grande inimigo dos portugueses.
    A quantidade de pessoas que recorrem ao crédito para comprarem telemóveis e computadores é impressionante. O crédito devia ser para habitação e automóvel (e se possível, evitar este ponto).

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  6. pássaro viajeirojulho 19, 2012

    O crédito, e tirando a habitação porque normalmente quem a compra ainda não teve tempo suficiente para ganhar para ela na totalidade, não devia servir para comprar nada. Logo, não devia existir.
    E nunca! Em circunstância alguma, para adquirir o automóvel. A crédito, paga-se por um carro o valor de dois.
    Na realidade, seja ele qual for, não passa de um pouco de lata que se desvaloriza a uma velocidade impressionante desde o primeiro minuto que saia do Stand.
    Ao fim de um ano, está-se a pagar um valor de mil por algo que não vale cem. Mais coisa menos coisa.
    O crédito é a ruína de uma casa e o ocaso de um país, como aqui já alguém muito bem disse.
    Jovens casais, ou não casais, evitem sempre o comprar a crédito. No mínimo pagam sempre um bem pelo valor de dois.

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  7. É que é mesmo isso que disseste. Eu só acho aceitável pedir crédito para comprar uma casa e um carro modesto, que se pague em pouco tempo, em vez de ficar anos e anos a pagar uma grande máquina sem necessidade. Há muita coisa que gostava de ter, mas se não há dinheiro, paciência, fica para quando tiver (e se algum dia tiver). Créditos para telemóveis, consolas de jogos, ipads e outras futilidades é o que mais há para aí. Querem ostentar e depois não há dinheiro para pagar. E depois aqueles que têm tudo e mais alguma coisa de alta tecnologia em casa, são os mesmos que vão chorar para o banco alimentar e para instituições a dizer que não têm dinheiro para comer. É triste, muito triste. O consumismo é "doença" do século XXI.

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  8. O mesmo se dá comigo e penso como tu. Ando conforme as pernas alcançam. Prefiro colocar a cabeça no travesseiro em paz e saber que consigo dar conta do que consumo.

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