Acredito que, como em muitas coisas na vida, seja um processo.
Muitas vezes imperceptível no seu início, mas irreversível quando se chega a uma fase em que já se coloca tudo em questão, em que o perdoar custa, em que o outro não nos causa admiração e em que o respeito e paciência vão sendo cada vez menos.
Não acredito que deixemos de gostar propositamente. Não. No fundo queremos todos ser um caso de sucesso. Chegamos a uma altura em que não queremos fazer parte das estatísticas.
Mas se a paixão se constrói na idealização da outra pessoa, este desamor pauta-se pelo inverso.
Não há uma fórmula mágica para isto. Acho mesmo que é algo que não se pede, que acontece fruto de muitas condicionantes. Portanto penso que as habituais receitas "rápidas" para "curar males de relações" são muito pouco profícuas.
O fim-de-semana fora, a lingerie, os bilhetes, o tempo a dois, as massagens, os jantares, as saídas,...tudo isso não resolve, na medida em que quando se cai neste estado, nada do que se faça vai ajudar.
Esse estado é uma constante revolta interior por mais uma perda de tempo, por mais uma conversa sem proveito, mais uma intimidade sem calor. No fundo, mais uma lembrança da dura realidade: que é uma perda de tempo.
Ninguém deixa de gostar porque quer. Mas quando a ínfima faísca já há muito se perdeu, o resultado será inevitavelmente o mesmo= o final. Menos feliz que o previsto.
Quando se entra num beco sem saída, insistir contra a parede revela falta de maturidade e desfasamento da realidade. Quando assim é, só há uma forma de sair: por onde se entrou e retomar o caminho da Vida.
ResponderExcluirConcordo plenamente com o post. Gostei :)
oie yes ;D
ResponderExcluirEu concordo em absoluto contigo e gostei muito do teu post!
ResponderExcluirTambém concordo que ninguém deixa de gostar porque quer, simplesmente as coisas deixam de dar, de fazer sentido e pronto, começa-se a perder a paciência e a colocar tudo em questão. Acho que quando isso acontece e se insiste na relação as coisas ainda acabam por ficar mais desgastadas..., acaba por se querer tapar o sol com a peneira e muitas vezes refugiamo-nos em algo que já não nos faz feliz, só porque é mais fácil... mas até quando aguentar? concordo que o ideal será optar pelo tal final, que falas, o menos feliz...
Primeira sessão é gratuita, já vi.
ResponderExcluirAs restantes, aceitas Paypal?
É muito difícil fazer perdurar uma relação, muito mesmo. E concordo contigo, não tem receita.
ResponderExcluirDiante destas dificuldades foi que na Alemanha, e não sei se em algum outro país também, o contrato de casamento é por tempo determinado, casa-se por cinco anos e depois pode continuar casado ou não.
Eu penso que a vida a dois tem seu tempo, e pensar que hoje em dia poderá se ter um casamento igual ao da vovó... como é possível? O tempo não é igual ao da vovó, os valores não são os mesmo, muito menos as relações. Uma mulher hoje em dia não vai se comportar que nem a sua vovó, nem o homem se comportarão como os homens antigos. Então se o comportamento mudou como se irá produzir uma relação duradoura? É possível? É, mas devido a outras facilidades que se têm hoje em dia, às vezes me parece mais difícil. Um desafio, sem dúvida
Não gosto de pensar nessa possibilidade. Como pode o coração deixar simplesmente de amar? :/
ResponderExcluirEscreves tão bem, Cueca. I've been there! Há quem não acredite que isso pode acontecer mas acontece mesmo. Eu não soube porque aconteceu, não queria que tivesse acontecido.
ResponderExcluirPorra, descreveste o processo com uma pinta desgraçada. É pena que tenhas tanta razão no que dizes. Tivesses menos razão, e muita gente seria mais feliz! :)
ResponderExcluirComo me revi no post...
ResponderExcluirMuito bem escrito! :)
Cat, gostei da tua frase: "Eu não soube porque aconteceu, não queria que tivesse acontecido..."
Tudo acontece muitas vezes sem nos apercebermos. Acaba-se o amor, e tenta-se que tudo volte ao normal, esforçar-nos em vão, não percebendo que procurar que o amor aconteça novamente não é uma formula de felicidade. Mas acho que fazer-se coisas diferentes para não cair-mos na rotina, ajuda muito a manter esse amor.
ResponderExcluirEstou exactamente nesse ponto. Deixei de gostar. Não tenho muita paciência para ele, questiono muitas coisas. O que mais me mói é saber o quanto gostei dele e o quanto quis que as coisas dessem certo. Agora, tudo morreu. Mas continuamos sem conseguir dar "o" passo, como se estivessemos a ignorar o óbvio: a relação acabou faz tempo... :(
ResponderExcluirOlha...escreve um post sobre as margaridas em flor ou sobre o sol no alto das montanhas...e sai da minha cabeça :P
ResponderExcluirAdorei este teu texto!
ResponderExcluirDeixa-me apenas acrescentar que acredito que por vezes possam ser fases e que as mesmas até possam ser longas mas se já existiu um amor verdadeiro e não houve desrespeito de nenhum dos lados, há que lutar e não desistir logo e abrir mão da relação. As vezes só o tempo nos ajuda a ver as coisas como elas efectivamente são e se abrirmos mão sem primeiro ter essa certeza, depois pode ser tarde demais... Mas como sempre, cada caso é um caso...
E nao é nada facil perceber que se deixa de gostar...
ResponderExcluirO problema é admitir para nós próprios que não gostamos mais. É daqueles desafios a puxar para o complicados.
ResponderExcluirConcordo plenamente, às vezes não sabemos explicar porquê, mas acontece. No entanto, acho que ceder à primeira 'overdose' raramente é o mais acertado... ;)
ResponderExcluirNão conhecia o blog, parabéns. ;)
adorei mesmo o que escreves-te, e é tão verdade. ninguém deixa de gostar porque quer... bah :\ vou seguir!
ResponderExcluirDesamor é uma dor sem tamanho, seja sentida por nós ou pelos outros... Mesmo que em simultaneo... doi... sinto.
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