Aqueles grandes chavões que culminam sempre no "seja feliz" aborrecem-me um bocado.
Quer dizer, não há nada nesses livros que nos ensine a ser feliz. Ou a ter muito dinheiro (que para muita malta vai culminar no mesmo).
É muito fácil falar e dizer ohhh seja positiva, seja assertiva, cultive o bom humor, seja assim e seja assado.
Ora, lamento, mas isso não nos torna automaticamente felizes.
Aliás, está para nascer o livro de auto-ajuda que diga:
se este livro não mudou radicalmente a sua vida para melhor, devolvemos o seu dinheiro.
Basicamente a minha "felicidade" está a pagar as férias nas Caraíbas desses tonhós que fazem copy&paste das frases mais batidas de sempre, feitas para endrominar mentes fragilizadas.
O exemplo máximo disto é o "Segredo".
Começa logo pelo título, segredo, algo que mais ninguém sabe, que alguém escolhe confiar a nós. Ora, quando não sei quantos milhares de pessoas sabem o mesmo Segredo já o pressuposto se anula a si mesmo.
Depois, essa treta de que somos responsáveis por tudo o que nos acontece. Se eu tiver um qualquer desiquilíbrio que me faz querer correr nua às 6h00 todos os dias pela beira-mar, sou responsável?
Outro fundamento do livro é que temos de agradecer o que temos. Tudo muito bem, mas as pessoas não compram o livro pelo que lhes falta? Se tivessem mesmo satisfeitas com o que têm não perdiam o seu tempo atrás do que não têm e ainda por cima infelizes com isso.
Parece-me mais proveitoso simplesmente aprender a ganhar dinheiro com livros de auto-ajuda do que propriamente comprá-los. Se não os podes vencer, junta-te a eles!
Já estou a treinar:
1. Comecei por pensar em algo que a ciência não possa comprovar. O meu "segredo" tem de ser algo abstracto e que não seja passível de ser objecto de estudo.
2. Arranjar citações de tipos famosos que apoiem as minhas teorias.
3. Dar exemplos generalistas e tratá-los como verdades universais.
4. Apelar ao misticismo e esoterismo.
5. Prometer resultados rapidamente comprovados! E sem esforço, claro.
Daqui a uns meses quando estiver a beber mojitos de palhinha à conta do dinheiro dos outros aviso!
Muhahahaahah (inserir riso maléfico)
Adorei o texto, e nao poderia estar mais de acordo... querem que alguem escute os problemas e vos diga para encararem a vida de forma mais positiva? procurem um psicologo ou um amigo mais paciente! estes gajos, autores dos livros em questao, sao nada mais nada menos do que mentes retorcidas... Pelo menos penso assim, o que infelizmente acontece é que para além de comprarem estes livros, as pessoas pagam para ouvir estes senhores a falar!! =/ E conheço casos desses... é triste que estas pessoas se aproveitem da fragilidade dos outros para ganhar na dinheiro, (sem fazerem absolutamente nada!).
ResponderExcluirEsses gajos andam a extorquir dinheiro ao pessoal que anda depressivo. Isso no meu dicionário é crime!
ResponderExcluirÉ claro que qualquer pessoa que esteja em baixo papa qualquer coisa que sequer se assemelhe a "auto ajuda". Que formação tem essa gente? São psicólogos? Até os gajos do esquadrão G escreveram coisas dessas...
Eu acredito muito em que nós geramos grande parte daquilo que temos. É só veres o exemplo das pessoas que passam a vida a queixar-se....parece que atraem tudo o que é negativo e que todas as desgraças lhes acontecem.
ResponderExcluirE aquelas pessoas que têm tanto medo que lhes aconteça certa coisa, que isso acaba quase sempre por acontecer....e não é por acaso.
Se tu te predispuseres mentalmente num determinado estado, digamos por exemplo, de felicidade, então mais facilmente atrais pessoas felizes para o pé de ti. Isto dava um grande texto e não me apetece alongar...lol
Ficas rica num instante! E se escreveres um livro que muita gente leia, ainda tens a sorte de as tuas frases aparecerem citadas na Internet como sendo de Fernando Pessoa, como acontece com o célebre "Pedras no caminho", que afinal é do Sr. Augusto Cury!
ResponderExcluirBem o livro "o segredo", foi dos livros mais idiotas que li... aliás tentei ler porque não consegui chegar a meio com tanta baboseira.
ResponderExcluirUm verdadeiro atentado a inteligencia das pessoas.
Não gosto muito de livros de auto-ajuda, gosto mais de gente bem-disposta e pré-disposta a preencher os dias com bons momentos.
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