17.10.11

As "desculpas" de quem explora o trabalho infantil.

Confesso que gosto de aligeirar temas e este é um daqueles que me mexe cá por dentro de uma forma que só consigo verbalizar por repulsa a quem sujeita crianças a este tipo de coisa.
Mas para uma vertente soft, já imagino o Tio Kharim a dizer ao repórter:

"Trabalho infantil?
Nunca!
Eles são familiares dos trabalhadores! Vêm para cá brincar e divertir-se, porque, coitadinhos, não podiam ficar em casa sozinhos. Então isto é quase uma creche para eles! Se virmos bem até é algo do "primeiro mundo", os colaboradores podem trazer os filhos, sem problemas, para o trabalho. E é válido para primos, enteados, sobrinhos! Podem vir todos!
Aliás, eles adoram vir, até pedem em casa para vir todos os dias, nós é que dizemos "epá, não, fica hoje em casa"

8 comentários:

  1. O Tio Kharim é o director de castings infantis da Produções Fitícias?

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  2. Então não é divertido mamar um copo de vinho ao pequeno almoço e passar o dia na lavoura ou na vindima? Olha o quão divertido é andar ali a alombar com cestos de uvas, ou a sachar a terra todo curvado?

    Vais dizer que jogar à bola é mais giro? Pfffffff....

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  3. (personificando um/uma blogger hipersensível)

    O teu post tresanda racismo. Foste logo apelidar o homem de "Tio Kharim", fazendo alusão aos povos da Índiam, Bangladesh e coisas que tais.

    RACISTA! Vou denunciar este blog.

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  4. Revolta-me, mesmo, deixem as crianças ser crianças.

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  5. O tio Kharim no fundo é querido que quer proporcionar um ambiente de trabalho a la Google!

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  6. Revolta-me também. Mas de certo modo acaba por ser justificado (o que não é o mesmo que ser justo nem quer dizer que concorde) pelo contexto e pelas vertentes cultural e histórica.

    Mas sabes o que me revolta mais? O facto disso também acontecer nos países do "primeiro mundo". Conheço alguns casos de pessoas que gerem negócios familiares e cujos filhos/filhas tiveram que trabalhar lá desde tenra idade.

    Num caso em particular, a "lavagem cerebral" foi tão bem feita que a rapariga abandonou o curso em que estava para ir tirar outro curso, mais adequado à prossecução do trabalho da mãe.

    Quando acabou o curso, a rapariga inscreveu-se no Centro de Emprego, a mando da mãe, para que a mãe lá pudesse ir buscar o subsídio de Estágio Profissional do IEFP (subsídio esse que não foi parar às mãos da filha, claro está...). No fim desse "estágio", claro que a rapariga ficou a trabalhar com a mãe, mas escusado será dizer que trabalha que se farta, e a mãe hoje leva uma vida mais relaxada.

    E dinheiro? Digamos que não paga nada de jeito à filha. A miúda conta os trocos para poder ir sair com as amigas e contou-os bem contados para ir a Madrid ver o Papa, recentemente, nas Jornadas Mundiais da Juventude. Enquanto ela foi para Madrid, os pais tiraram vinte dias de férias... na Austrália. Porque quem pode, pode.

    Se isto não é exploração, não sei o que seja. Enforma toda a personalidade de uma pessoa. E ainda por cima, acontece aqui bem perto. Mau demais para ser verdade!

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  7. Concordo com o comentário aqui em cima mas também não concordo no facto que as pessoas têm de ser adultas para perceber quando estão a ser prejudicadas, seja ou não pelos pais... Ela provavelmente tem capacidade para trabalhar noutra empresa... por isso como mulher adulta só se sujeita porque quer... É apenas uma humilde opinião... :)
    Cheers :)
    Andy from catsmeowandhorsespaw.blogspot.com

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  8. Em relação ao tema...sou apologista de castigos mais severos e irrepreensíveis para estes PATRÕES...aliás qualquer tipo de exploração...seja infantil ou não...seja de exploração com insuficientes condições minimas de trabalho...deve ser punida árduamente...



    Já agora a menina é "natural" da Lousã...que terra girissima...que Natais infidáveis já eu passei lá...a piscina natural no cimo da serra...com o habitual mergulho de 1º dia de ano...também...bons tempos...agora passo férias perto, mas vou muito á Lousã...gosto imenso...e tenho lá familia...vai na volta conheces...

    P.S. - felicidades e saúde para a familia...e para o rebento...

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