Mas pegando em tradicionalismos que ainda não morreram, a verdade é que muitos homens sentem que caminham literalmente para a forca no enlace - que eles próprios quiseram.
Acho que é normal existirem dúvidas. Não no que se sente ou que no se pretende, mas dúvidas legítimas sobre se irá ou não funcionar com o passar dos anos. Para eles acredito que uma das coisas que faça mais confusão é pensarem que nunca mais irão ter sexo com outra mulher. Pelo menos se fizerem jus aos seus votos. O que na cabeça de um homem pode ser algo complicado.
Feijão com arroz e arroz com feijão todo o santo dia por uma eternidade de dias. Contudo acho que se deve levar a coisa com alguma calma e perspectiva. Afinal, aquela pessoa diz-nos algo que as restantes não dizem, faz-nos sentir algo que outros não fazem e as pessoas não mudam assim tanto ao longo da vida.
O que muda são as expectativas e, como no global das coisas, é isso que estraga gerando algumas frustações.
Outro dos medos é que com o casamento eles percam alguma da sua liberdade. Em relação ao que fazem, a quem "prestar contas", onde e com quem vão... E aí temos de falar em confiança. Uma pessoa que confia na outra, por muito insegura que possa ser, não vai pedir ao outro que abdique do que quer fazer constantemente. Aqui, como em tudo, é preciso bom senso e equilíbrio. Igualmente importante é pensar na outra pessoa e na forma como determinadas acções a possam fazer sentir. Fazer o que se quer sem olhar a meios é tão errado como tentar proibir o que quer que seja.
Por outro lado, um outro receio é que a sua parceira mude de atitude. Que a forma como era quando namoravam se altere para um "encostar-se" e "desleixar-se". Que comece a ter atitudes de prender, de controlar.
Para muitos é simplesmente medo de compromisso. Querem uma vida sem o peso da palavra casamento, podendo beneficiar de todas as coisas boas de se viver junto, enquanto se sentem mais livres para irem depenicando aqui e ali.
Uma última questão é o seu medo de falhar. Como maridos, como pais, perante a sociedade.
...e mais logo vem a outra parte. Porque é que elas têm tanto medo de casar.
Quando casámos pelo civil foi ele que insistiu...não que eu não quisesse casar...não queria era tão cedo...mas pronto, a coisa deu-se e ainda bem...mas foi sempre ele que quiz e muito! Quando casámos pelo religioso (este ano em Maio), estava a planear faze-lo para o ano no nosso 10.º aniversário...e foi também ele que disse: para quê adiar...bora lá...
ResponderExcluirEstá confirmado.Tenho uma especie rara em casa :)
Embora seja em parte verdade o que dizes acho que também é algo injusto. O que dizes em relação aos homens pode ser dito também das mulheres, exactamente o mesmo.
ResponderExcluirMas é só a minha opinião :)
Framboesa, eu posso dizer o mesmo ;).
ResponderExcluirMM, por isso é que a parte 2 vem mais logo ;)
Eu acho que isso que descreveste acontece a partir do momento em que as duas pessoas se comprometem e decidem juntar os trapinhos, independentemente de haver papéis assinados e alianças trocadas ou não!
ResponderExcluirDeve ser em parte por isso que nunca vi necessidade de duas pessoas casarem, a menos que seja pela festa!
Aliás conheço mais casos de casais que se separaram quando começaram a morar juntos, do que casais que já moravam juntos e casaram! ;)
Então eu aguardo pela 2ª parte pra fazer comentários mais longos porque acho mesmo que muuuitas elas (nós :P) estão cada vez mais a equiparar-se aos homens no que se refere a medo de casar.
ResponderExcluirRosa Cueca, Falaste em medo? lol
ResponderExcluirhttp://jedimasteratomic.blogspot.com/2011/08/o-medo.html
Faltou-te uma: a despesa. Que parece que não, mas quando são os noivos a pagar, ainda é puxadote...
ResponderExcluirAligeirando um pouco, vou ser franco: conheço poucos homens que tenham verdadeiramente esses medos. Não ter sexo com outra pessoa nunca mais é algo que só faz confusão a quem não está satisfeito com o que tem em casa. Se um homem em casa tem qualidade e, até, quantidade, para quê estar com dúvidas?
Perder a liberdade: se eu escolho casar (e ninguém me obriga), em que medida é que estou a perder a minha liberdade? Não me chateia ter que "prestar contas" sobre onde vou ou deixo de ir. Estranho seria se a minha mais-que-tudo não quisesse saber.
Mudança de atitude: nada melhor que ir morar com o/a nosso/a companheiro/a antes, para ver se isso acontece. De qualquer modo, nem hoje, nem nunca, houve um casamento que garantisse fidelidade máxima - para nenhuma das partes! -, pelo que me quer bem parecer que tudo se resume a manter a chama. E isso é independente de se viver junto ou de casar. É o que faz valer a pena.
Medo de falhar: admito que possa ser a mais comum e menos admitida. Mas ainda assim, com a "liberalização" dos divórcios, filhos de pais solteiros e afins, é algo que socialmente deverá estar para desaparecer.
Aguardo a "parte II"... :)
Muito sinceramente, acho que esse alegado medo de casar por parte dos homens hoje em dia não é mais que um mito.
ResponderExcluirEm primeiro lugar porque cada vez se vê mais casais a juntarem-se antes de casar, o que, convenhamos, vai dar ao mesmo. Não é um anel no dedo ou uns papéis assinados que vão mudar algo. Significa isto que as "obrigações" matrimoniais já deveriam ser observadas ANTES do casamento, mesmo que as pessoas não vivam juntas.
Com efeito, qual é o namoro que resiste à traição, ao desrespeito, e a essa panóplia de malandrices?
Claro que eventualmente sempre pode surgir aquele "peso moral" de estar casado. Mas no fundo, vai dar tudo ao mesmo.
"Para muitos é simplesmente medo de compromisso. Querem uma vida sem o peso da palavra casamento, podendo beneficiar de todas as coisas boas de se viver junto, enquanto se sentem mais livres para irem depenicando aqui e ali." Concordo com o post, menos com esta parte... O homem que tem medo do compromisso, simplesmente não vive com ninguém. Pode ter uma ou outra relação mais duradoura, mas cada um na sua casa. Precisamente, para estar mais livre para ir "depenicando aqui e ali". ;)
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