17.3.11

O violino a tocar lá ao fundo, o ar de bambi enclausurado num fato barato, a aliança escondida no bolso do casaco e lábia. Muita.

Confesso que não percebo como é que as mulheres (essencialmente) vão caindo na velha canção do "o meu casamento vai mal...", "há muito que a nossa vida não é o que era", "estou preso pelos meus filhos", "não fazemos amor há meses", "estou prestes a divorciar-me" e por aí fora.

Não é mais fácil ser-se claro? "Isto é o que é, não vou pôr em causa o meu casamento".
Ou o "preciso de outras coisas na minha vida e não me sinto satisfeito totalmente", "estou à procura de outras experiências" ou coisa que o valha?

Há uma míriade de razões para se ser infiel e tenho para mim que a conversa do "coitadinho-negligenciado-por-uma-mulher-frigida-que-não-o-satisfaz" é muito mais vezes uma desculpa para descargo de consciência e leveza moral do que aquilo que se passa efectivamente entre 4 paredes.

Depois admiram-se que a "outra", de orgulho ferido, não fique calada. É que não há pior que uma mulher enganada que sinta que andou a ser um jogo nas mãos de alguém. E tudo na vida tem consequências.
Já não há pachorra para o número artístico do coitadinho. Já não basta o turn-off de ser casado, ainda levam com o ar de cachorrinhos abandonados sofredores?
Decididamente não é vida para mim.

5 comentários:

  1. Orguilho-me. Sempre, mas sempre que não via futuro numa relação para além da atracção física (vulgo tesão) a miúda em causa sabia-o atempadamente. Mas é que orgulho-me mesmo!

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  2. Também já conheci algumas mulheres com essa conversa.
    Mas a coisa que nunca vamos deixar são os filhos esses vão ser sempre nossos filhos independentemente da nossa vontade.

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  3. mas isso, 90% dos casos, não é fita. Há desgraçados desses aos milhões.

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  4. Conheço um outro caso desse género. E vê lá que até já se propagou à blogosfera!

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  5. É preciso ter filhos para perceber...

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