6ªs são dias de desafios: simplificar & destralhar

Todos temos aquele local onde acumulamos coisas. Seja o armário, a garagem ou o nosso coração, quando já não deveriam ocupar esse espaço, coisas que no dia-a-dia não necessitamos.

 

A verdade é que há uma ligação emocional às coisas, seja porque nos evocam tempos passados, porque são objectos que fazem parte da memória que temos de alguém ou simplesmente porque não sabemos simplificar e encarnamos um esquilo autêntico que leva tudo o que encontra para a toca.

 

Tendencialmente sou um esquilo: não gosto de deitar coisas fora, prefiro guardá-las sob a desculpa que um dia possam fazer falta. Volta e meia desce em mim a Nossa Senhora do Destralhanço, pego em tudo, viro e reviro, dou e deito fora, olhando, triunfante, para o resultado final da minha simplificação: resta muito menos, mas resta o essencial.

A minha paz passa por estes momentos espaçados no tempo em que me permito cingir ao que é importante e necessário, seja ao nível das coisas que guardo, como as pessoas que permito na minha vida.

 

Assim, o que é que está mesmo, mesmo, a precisar de ir para o lixo/dar/reutilizar?!

 

Aquele vosso namorado controlador?

Os manuais escolares do 7º ano?

As calças 34 que sobrevivem no canto mais escuro do armário, muito embora dificilmente voltem a caber nelas?

A papelada acumulada fruto dos milhentos recibos que precisaram para o IRS de 1995?

 

Contem-me tudo!