O mítico: hoje dormes na sala.

Nunca compreendi o fenómeno do "hoje dormes na sala". Confesso que a idade e a experiência não me têm ajudado a compreender esta importante dinâmica num casal.

 

O problema posso ser eu, mas a minha incompreensão surge com base em duas premissas:

 

A primeira é que, na verdade, castigos eram os meus pais que mos davam. Não espero que um homem me vá castigar, da mesma maneira que, em estando já crescidotes, não serei certamente eu que vá educar alguém.

Logo, o dormir na sala como castigo, parece-me contrapruducente, uma vez que, apesar de adultos, continuamos a detestar que nos digam o que fazer.

 

A segunda é que, difícil, meus amigos? Difícil é dormir junto!

Sabem aquela conchinha mágica? Aquela posição ideal, em que ambos estão em alinhamento cósmico e kármico, numa estrada verdejante até aos braços de Morfeu ainda que isto me soe estranhamente a um menáge indesejado? Tudo mentira!

Na verdade passamos a noite a acordar, possivelmente porque o outro nos acertou com um braço na cara, ou estamos a comer cabelo, ou temos muito calor, ou temos frio porque nos roubaram o lençol, ou é altura da décima mijinha da noite...os exemplos nunca acabam!

 

Assim, resta-me tentar chegar à conclusão de que o dormir no sofá surgiu como uma ideia peregrina, tendencialmente do homem, que consiste em atingir o objectivo de ter uma noite de sono descansada, após uma joguinha de Playstation e meia horinha de SporTv, dormitando ao som do Dani a comentar um jogo qualquer.