20.2.15

6ªs são dias de desafio: a vida é feita de escolhas, sim?

Sim.
Podemos achar que andando à deriva, sem fazer qualquer tipo de escolha e esperando que os outros ou a ironia da vida as faça por nós, resulte, mas é verdade que, mesmo quando achamos que não estamos a decidir nada, estamos, pelo menos, a decidir não escolher.

Assim:

Que escolhas periclitantes andam por essas cabecinhas?
O que é que vos anda a tirar o sono?
As opiniões dos amigos ajudam ou atrapalham?
Quem tem vontade de dar um berro existencial ao mundo com um "porquê eu!?!?"?
 
Contem-me tudo! ;)

14 comentários:

  1. Entre o melhor sexo da tua vida e a paz que a tua alma necessita. Foder ou não foder, eis a questão.

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    1. Dependerá sempre da fase da vida em que se está e aquilo que se valoriza mais.
      Sabemos que normalmente o que não devemos, ganha mais vezes que a paz interior.
      A questão estará em perceber aquilo que é só sexo e aquilo que o sexo representa e acarreta, directa ou indirectamente, para nós.

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  2. Berros desses acho que dou todos os dias.... aiiiii nossa !

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    1. Eu dou. Para dentro. Em silêncio.
      Mas acho que se nota nos meus olhos de *possibilidade de matar* quando me entram no gabinete ahahah

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  3. Neste momento estou a tirar um mestrado e a escolha prende-se com a possibilidade de desistir para trabalhar ou continuar nele às custas do meu marido. Ele não quer que eu desista e eu não me sinto bem assim.
    O problema? No ano que passou tinha parado para trabalhar e passei 1 ano em casa desempregada sem conseguir nada, nem sequer para lavar escadas. Ou melhor dizendo, nada remunerado porque estágios não-remunerados (aka trabalho escravo) não falta. Ou seja, a troca pode ser entre continuar sem mestrado que me é essencial para a minha profissão estando a ser mantida pelo dito cujo, ou estar desempregada a ser mantida pelo dito cujo. E no ano que passou eu ia dando em maluca em casa.

    Isto tira-me o sono.

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    1. Pergunta:
      Se fosse ao contrário e o marido estivesse na sua situação, ajudava de bom grado e sem encarar como um "sustentar", mas mais um "investimento no futuro da vida a dois"?

      Também sou orgulhosa e não me agrada minimamente sentir-me dependente financeiramente de alguém. Mas o mestrado é um ano...e quando se aceita uma vida a dois nunca sabemos o dia de amanhã.
      Hoje precisamos, amanhã pode precisar o outro.

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    2. Eu não me importava nada de o ajudar, aliás já ajudei no passado. Só que esse passado já vai distante e é frustrante não contribuir. A única coisa que me mantém é mesmo a ideia de ser um investimento para a vida a dois e que pode melhorar a nossa qualidade de vida.

      Há dias que me apetece fazer as malas e fugir de Portugal. É frustrante quando não nos aceitam para nada (ou melhor, até nos querem para áreas paralelas à nossa e dizem que temos o perfil ideal e depois a proposta são estágios não remunerados a 30 ou 50km de casa). E no ano passado cheguei a um ponto em que até a licenciatura omiti, nunca omiti foi o facto de ter um filho e isso, parecendo que não faz toda a diferença para ser logo preterida.

      Se fosse ele eu também não me importava nada de o ajudar para melhorar a nossa vida. A questão é que eu não sei até que ponto o meu curso me vai ajudar a construir esse futuro melhor ou não.

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    3. Nunca temos certezas. Nos dias de hoje podermos ter alguém com quem contar, e estarmos dispostos a fazer o mesmo por essas pessoas, vale muito.
      Acho que o que mais assusta hoje é nunca sabermos ao que nos agarrar, vivermos ao máximo a contar só connosco e, ainda que mais seguro, é duro.

      Espero mesmo que as coisas melhorem por aí e que possas encontrar, já não digo a realização, mas algum conforto em veres as tuas capacidades reconhecidas. Com ou sem mestrado.

      (Um aparte: quando acabei o curso ainda tive 3 estágios não remunerados, seguido de um emprego de ordenado mínimo, onde me ficaram a dever salários. Todos os dias enviava CV's, ia a entrevistas, estava realmente a desanimar por ninguém me chamar...a ver colegas meus com notas piores e competências mais duvidosas - lamento se ofendo alguém, mas é mesmo assim - a safarem-se com cunhas e eu a ver navios. Até ao dia em que recebo uma chamada, de um CV enviado um ano antes, onde acabei por estagiar profissionalmente e trabalhei até obter 2 renovações de contrato. Saí, por minha opção, e no mesmo dia em que assinei os papéis para me ir embora, tinha um novo emprego.
      Resumindo: nunca sabemos quando a nossa vida muda. Não podemos é desistir, ok? Pode demorar até acreditarem em nós, mas um dia acreditam. É um cliché de todo o tamanho, mas eu sei em parte o que é tentar e tentar e não conseguir. O quão desmotivante é sabermos que somos capazes e outros não conseguirem ver isso, ou haver sempre "alguém mais adequado para aquele trabalho". Até lá, não páres. Se não puder ser com o mestrado, tens a veia auto-didacta, cursos online gratuitos...às vezes passa até por dar um jeitinho ao CV (sabe Deus que ando sempre a mudar o meu e não mudo de emprego há quase 5 anos)).

      Força e lembra-te que nos dias em que até tu não acreditas em ti, tens alguém do teu lado que o faz.

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  4. Qual o trabalho/emprego que devo aceitar? Aquele que me dá segurança, ordenado e em que sou boa a fazê-lo, em que quanto mais o fizer melhor vou ficar (dar aulas) ou aquele que me confere mais riscos, mais precariedade, mas mais realização pessoal?
    E agora diz a cuequinha: os dois!! Pois, é o que tenho tentado fazer, mas estou constantemente a passar pelas situações de 2 espectáculos/ensaios/reuniões no mesmo dia. -.-' E ando nesta alegria :P

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    1. Ahhh Cuequinha é mais racional do que pensas :)

      Há uma altura na vida em que temos mesmo de definir prioridades. A minha, mas também porque tenho quem dependa de mim, é garantir a minha ocupação profissional e tentar fazê-lo sempre o melhor que conseguir.
      Infelizmente, não me deixa muito tempo para a realização pessoal - e sim, é também muito importante.
      Tem é de ser como tudo na vida: equilibrado. Se vemos que a qualquer altura não conseguimos gerir, temos de nos capacitar que pode ser preciso "um breaki, neh?"

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    2. Sim, boa resposta ;)

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  5. Boas.
    Neste momento a escolha e uma vida!!!
    Imgina que te oferecem uma viagem de sonho para um local de sonho! O drama é que a viagem é a dois...
    Vives com alguem e ao mesmo tempo não vives!!! Para ajudar o teu coração vive noutra morada...
    Quem levavas nessa viagem?

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    1. Respondo com outra pergunta:
      Preferias estar na Caparica numa casa velhinha e azulejos de dar dó, mas simples e com a pessoa em quem realmente pensas ou nas Maldivas com alguém que te quer proporcionar o melhor, mas sabes que não é a pessoa para ti?

      Quando sabemos o que queremos a resposta é fácil.
      Quando medimos todas as condicionantes e prismas e os prós & contras...é porque no fundo não temos assim tanta certeza de que valha a pena. Seja pelo que sentimos, seja pelas consequências disso.

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  6. 😏
    Obrigado pela ajuda dr. Cueca.

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