Irão vocês dizer: Cueca, mas isso são discussões político-económicas importantes? religiosas? princípios morais e demais questões fracturantes que dividem aquele casal e são mesmo, mesmo, importantes falar?
Não.
São mesmo coisas como detesto a maneira como espirras (espilrras para muitos) ou não acredito que chegas atrasado a todo o lado.
São as nhoquices. E o que acontece quando são apanhados no fogo-cruzado? Estão lixados.
Depois de toda a discussão mal fundamentada e ainda pior argumentada, porque, bem, é difícil falar de cenas estúpidas de maneira eloquente, os olhares viram-se para vocês.
O silêncio, a expectativa, o aguardar da tomada de posição, a espera pelas vossas palavras de sabedoria, os olhares cravados em vocês, o suor frio, as mãos a procurar a palhinha para dar mais um gole ganha-tempo na Coca-cola...tudo isto para dizerem:
Vou só ali à casinha-de-banho.
E é assim, meus caros e minhas caras, que uma pessoa lida com estas situações.
Mostra sensibilidade e disponibilidade emocional da minha parte? Não. Mas poupa-vos segundos preciosos.
Assim que regressarem da casa-de-banho, lindas, frescas e a cheirar a brise Toque&fresh, o ambiente estará tão pesado que só restará pagarem a conta e irem para casa jogar Playstation.
(ou outra actividade que apreciem, pode ser regabofe nos braços do vosso vizinho ganês, eu não julgo.)
Acho que fazer parte integrante e activa da sociedade implica, obrigatoriamente, ter um casal amigo que insiste em ter discussões da treta à nossa frente. A experiência diz-me que nem sempre é sábio não tomar partido... porque pode acontecer um dos elementos estar a abusar na estupidez e, como amigos que somos, fica-nos mal não ter a sinceridade (e coragem e paciência para aguentar o que daí pode advir) de dizer que um deles tem (mais) razão que o outro.
ResponderExcluirA coisa pode correr bem... embaraçados por uma intervenção externa, os membros do casal podem aguentar cerca de meia hora sem tocar no assunto!
Oh, mais vale ignorá-los.
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