Testes de personalidade.

A minha opinião sobre os testes de personalidade resume-se na seguinte frase:

é falta de personalidade fazer testes de personalidade.

Caraças, o que vos interessa "que cor és!?".

Muda a tua vida? As pessoas vão passar a olhar para ti como "ahh, vê-se logo que esta é um Azul"? Não. Podes gostar de azul, usar azul, mas a única altura em que vais estar perto de ser azul é quando começares a acusar o rigor mortis.

O mesmo para "que cidade és tu?".

Uau, és Paris? Parabéns. O que quer isso dizer? Tens ar de baguette? És emproadinho/a?

Irrita-me igualmente que escolham sempre Roma, Paris, NYC, Japão...o que é feito de Cambodja? Não é cool o suficiente?

Que dizer do "que bebida és?"

A única coisa que me importa na bebida é, tcharã, bebê-la.

Se perguntarem com muita força que bebida seria, diria Martini Rosso, com gelo e limão, mas porque o consumo ao longo dos anos certamente já faz, mesmo, parte de mim.

Outro problema é que as pessoas não se sentem envergonhadas o suficiente com estarem a perder tempo a fazer um teste de personalidade. Não. Elas TÊM de partilhar os resultados com o mundo.

Atentem que existem ainda pessoas que, infelizmente, não ficam satisfeitas com os resultados obtidos, muito embora até tivessem tentado viciar as respostas para dar uma treta qualquer que secretamente queriam, então repetem o teste até dar a resposta certa. O Santo Graal das personalidades, o último segredo de Fátima, sim senhor, agora é que ninguém as vai parar.

Curioso como nunca vi ninguém partilhar o "Que patologia clínica tens tu?!". Na certa os resultados seriam bem mais esclarecedores e úteis.