Não há festa que se preze que não meta para lá um bando de palhaços para entreter as crianças.
Ora, eu acho que isso é dinheiro extremamente mal gasto.
São os nossos filhos ali, ou seja, ninguém melhor que eles sabe fazer de nós palhaços, com a agravante que eles já sabem como nos dar cabo do juízo (o seu passatempo secreto favorito).
Por exemplo, e este bastou ter 3 anos para dominar:
Na festa de Natal do jardim de infância, o meu papá decidiu contribuir para o espírito natalício e fazer rir as criancinhas. Que melhor maneira do que, conjuntamente com outro pai, vestir-se de palhaço?
Na sua mente, a dupla Zezé & Jojó seria um sucesso retumbante, com direito a crianças a aplaudir de pé, histéricas. (sim a felicidade das crianças mede-se pelos decibéis dos gritos de entusiasmo delas)
Na realidade, demorou cerca de 2 minutos a cair a ficha e desmoronar toda a performance, com a sua rica filhinha, no meio do silêncio das crianças que observavam a peça de teatro cómica levada a cabo por aqueles pais esforçados, a levantar-se, apontar o dedo e dizer: AHAH AQUELE É O MEU PAI!! AQUELE É O MEU PAI! NÃO SÃO PALHAÇOS A SÉRIO!". O meu pai ainda tentou um "Minha menina, shhhh, sente-se!".
Infrutífero.
As outras crianças estavam já de pé, desta vez a rir do facto de a peça ter perdido o seu frisson e tratar-se apenas dos palhaços do costume: os nossos pais.
Espero ansiosamente pela festa de Natal deste ano, não querendo privar o meu filho dessa alegria de desmascarar socialmente a mãe, perante o olhar dos meus exigentes pares: as outras mães.
Slogan de qualquer pai devia ser: Palhaço, por opção. Ou Palhaço, por gosto. Ou Candidato às Autárquicas, porque é quase o mesmo.
os palhações são perturbadores. até o Ronald McDonald. um misto entre pedófilo in disguise e serial killer circense ("It"...).
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