As revistas cor-de-rosa e as suas fórmulas mágicas para manter casamentos.

Portanto, é inserir um pouco de humor, juntar 3 ou 4 clichés no meio, desancar um bocadinho nos homens, falar simpaticamente das neuroses femininas, explicar como é necessário o tempo a dois, terminando tudo com muita assertividade e umas sugestões de aulas de hipismo a dois, durante uma segunda lua-de-mel na Nazaré e a coisa está feita.

Nada contra os cavalinhos, mas é isto que salva casamentos?

É o tal fim-de-semana fora?
 

É que, a meu ver, quando as coisas estão mal, a última coisa que ambos desejam é ter ainda mais tempo que o normal juntos, para compreender a dimensão de aborrecimento que causam mutuamente.

Não há fórmulas, nem sequer uma combinação de factores que seja verdadeiramente um sucesso.

O que há é uma maior probabilidade de as coisas darem certo, se ambas as partes se esforçarem nesse sentido. Agora, se para uns é uma ida a Fátima a pé, ou a aprender a fazer queijo fresco a 4 mãos, com Pan Pipes a tocar no fundo, isso já cabe a nós descobrir.
E é talvez nesse processo de descoberta que os casais aprendem uma lição fundamental: o amor só tem piada enquanto conseguem divertir-se juntos.