Crescemos a pensar que o Amor verdadeiro nunca morre. Que vive enquanto respirarmos.
Uma força motriz que nos impele sempre para uma luta de um futuro a dois. O único que faz sentido. Juntos.
Mas os tempos são outros.
São de uma hipocrisia gritante. De um egoísmo gigantesco. De um facilitismo tal que impressiona.
Olho para o Amor de hoje e assusto-me um pouco com essa ideia de que as pessoas mudam, as circunstâncias mudam e o amor vai morrendo aos poucos quando não se sabe cuidar dele.
Assim, e porque ainda há histórias de amor que valem a pena ser contadas, contem-me as que sabem, que vos aquecem o coração, que vos fazem acreditar que é possível.
Eu penso como tu e essa ideia assusta-me, o facilitismo de hoje em dia faz com que o amor seja apenas uma palavra para muitos. E as vezes que usam a palavra sem significado?
ResponderExcluirAcho que se perdeu o romantismo e o amor... o que me deixa preocupada, acho que os nossos filhos (continuando isto assim) não vão saber o verdadeiro significado da palavra amor.
Eu agarro-me a duas histórias, uma do meu irmão e da minha cunhada, outra de uma amiga de trabalho.
Ainda não vi pessoas tão unidas como eles, e sim tem chatices como todos os casais, mas é vê-los construir aquele amor, é vê-los estucar aquele muro de pedra que eles tem sempre que algo o abala...
Muitas vezes lhes digo que gostava de ter um amor assim, com defeitos e virtudes, com alegrias e tristezas, mas sempre de mão dada.
Beijinhos :)
Os meus tios... já devem ser casados há quase 35 anos. Nunca puderam ter filhos. Ela resmunga muito, muito, com ele. Ele é muito calmo, pouco dado a demonstrações de afecto mas dedicado e sempre preocupado. São a minha inspirações. Aprenderam a amar os sobrinhos (eu incluída) como se fossem filhos. E apesar dos arrufos, nunca os vi realmente zangados.
ResponderExcluirNão acredito nem nunca acreditei em amor para sempre. E nem preciso de argumentar com muita força, basta ver que os casais cujo amor dura para sempre são a excepção e não a regra. E não me venham com a conversa de há 50 atrás isso não ser assim, que nessa altura as mulheres eram obrigadas a ficar com o homem por não terem meio de subsistência e ficarem mal vistas socialmente se o deixassem.
ResponderExcluirDito isto, tenho a acrescentar que não é por isso que as pessoas devem desleixar-se nas suas relações. Toda a gente deve dar o máximo em cada relação, mesmo que tenha 20 relações.
Vou ter de dizer os meus pais :)
ResponderExcluirConheceram-se com 16 anos. Quando a dona mãe tinha ainda 17 casaram-me porque ela ficou grávida.
Mas, apesar de talvez ter sido esse factor a impulsionar o casamento, não acredito que tenha sido a única razão.
De outra forma não estariam casados há 28 anos. São felizes de uma forma que me impressiona. Às vezes andam aos beijitos pela casa como dois adolescentes.
Raramente de chateiam. Talvez duas vezes por ano, e quando isso acontece no dia a seguir lá andam aos beijitos outra vez.
Impressionam-me, porque passados quase 30 anos conseguem ter uma relação extremamente estável e feliz, e com a emoção que por vezes se perde.
Os meus avós fizeram 50 anos de casados e vivem muito felizes. Claro que com uns dias melhores e outros piores.
ResponderExcluirDeixei de acreditar nessa possibilidade há muito tempo. As pessoas passaram a considerar as outras como "descartáveis". É a época do egoísmo, como tu mesma disseste.
ResponderExcluirConheço apenas uma pessoa que me faz (começar) a acreditar que talvez (e é um talvez muito pequenino) haja esperança. :)
Eu acredito! Acredito que vai haver sempre uma pessoa que vai estar presente no teu pensamento o resto da vida, aquela pessoa que te vai aquecer o coração, dando-te memórias dos momentos passados e criando uma vontade enorme de voltar atrás com saudades desse tempo. Acredito num amor que dure para sempre. Não acredito numa relação para sempre. Acredito que se pode amar várias pessoas, mas nunca se vai amar como 'Aquela pessoa" e isto eu digo que o amor dura para sempre.
ResponderExcluirTenho o exemplo dos meus avos que já estão juntos á 40 anos, acredito que se amem mas acredito mais ainda que o que os mantem unidos é o facto de serem a familia um do outro.
Beijinhos
Um anjo e uma orquídea.
ResponderExcluirOs meus pais. E eu, mesmo nos meus meros 21 anos, ao ver a felicidade que constroem diariamente e que ao longo de 35 anos foram construindo, acredito que, no meio de tanto desamor e amor pregado desalmadamente como se fosse "toma lá um pão com manteiga", o que eu tenho com o meu namorado é algo infinito. Mais do que "para sempre".
ResponderExcluirM'.
Concordo quando dizem que hoje há muito facilitismo tudo é descartável e não se sabe nem se quer alimentar o amor e vemos isso todos os dias mas nas gerações mais novas. Mas eu acredito no amor e que ele pode viver muuuuiiito tempo entre as mesmas pessoas, pois posso dizer que da minha geração e anteriores (tenho 44 anos)conheço imensas histórias de amor com 15, 20 e 30 anos...
ResponderExcluirHá que alimentá-lo e regá-lo certo?
Se não nos alimentarmos também morremos, certo??? :)
O Amor não existe...
ResponderExcluirAprendi tudo o que escreveste neste texto , há poucos dias atrás. Tinha uma história de sonho , tudo perfeito , e de repente "desculpa , acho que somos muito novos para nos prendermos" .
ResponderExcluirO amor verdadeiro é cada vez mais raro , e cada vez menos sentido. Amor seguro , podemos ter o dos nossos pais , que esses sim , AMAM e preocupam-se e estão sempre lá quando precisamos , sempre com os bons conselhos de pessoas sábia que são ! (Também aprendi isso agora , infelizmente .)
Vanessa percebo o que dizes, mas também não podemos deixar o medo vencer. Dessa forma nunca aproveitaremos, iremos andar a fugir dos sentimentos sempre.
ResponderExcluirPor vezes temos de nos deixar levar, mesmo quando há incertezas.
Cada vez mais acredito que as pessoas são descartáveis, de usar e deitar fora, pelo menos é isso que me tem acontecido, portanto, só me leva a pensar que para a maioria não existem histórias de amor, mas sim momentos amoroso. Assim sendo, amor é meramente uma palavra.
ResponderExcluirEste texto realmente demonstra o que se passa com a nossa sociedade, e quem fala em amor fala em amizade tambem... Esses sentimentos que deveriam ser fortes, genuinos e desinteressados ja nao o sao =/
ResponderExcluirIsto faz-me sentir medo obviamente. Medo de arrisar numa vida a dois, de me dar, e depois ver tudo a fugir por entre os dedos como areia. Mas enfim, nao podemos ser tao pessimistas e cabe a nos, que ainda prezamos o verdadeiro conceito amor, passa-lo aos nossos filhos e ensinar-lhes este sentimento tão lindo! :) sim, porque podemos ensinar a amar, amando :)
Quando tenho o exemplo dos meus avós maternos e paternos (53 e 56 anos de casamento, respectivamente), só tenho que acreditar que sim.
ResponderExcluirO que não significa que seja necessário lutar e ultrapassar inúmeros obstáculos que se colocam no caminho. Mas no fim, tudo vale a pena.
É isso que tem acontecido à CAT, e nem precisa jurar para eu acreditar.
ResponderExcluirAcontece à CAT e acontece a muita gajinha chata e mimada que pensa que os homens só sevem para satisfazerem caprichos.
Dos comentários femininos que vi, quase todos, à parte o do Dexter e a resposta da Rosinha, há uma antecipada resignação de eterna incompreensão do homem face à mulher.
Desconfiança e pré má vontade naturalmente conducente a um completo fracasso matrimonial.
Experimentem não serem tão chatas nem mimadas só porque não repararam no novo look, ou porque a gravata ou o casaco não foi correctamente pendurado no seu sítio, e vão ver se eles são tão chatos como vocês os pintam.
O amor pode não ser para sempre, talvez, mas se as meninas mudarem certas atitudes fúteis e mesquinhas, vão ver que esse "não dura para sempre" está longe, muito longe! Tão longe que há sérias probabilidades de nunca aparecer.
M.
Sinceramente acho que é mais uma questão de ser fácil virar costas.
ResponderExcluirNão acredito que as pessoas sejam efectivamente mais felizes, conheço até casos em que se arrependeram depois de não terem lutado mais.
Mas cada caso é um caso.
E uma coisa é um casamento que dura, outra é um amor que dura. Nem sempre são sinónimos.
Bom sobre ess assunto, eu não tenho o melhor exemplo, pois eu acreditava no "foram felizes para sempre" até os meus pais se divorciarem. No entanto, por causa disso e à parte de dramas, não falo de mim mas falo o que penso:
ResponderExcluirAmar não é fácil nem ninguém disse que era fácil. É uma constante luta para a cumplicidade se manter, para a chama ficar acesa, para ir acompanhando e traçar dois caminhos paralelos mas perfeitos. PAra chegar à perfeição, acredito que se erra, que se perdoa, que se dá o braço a torcer pois um dia, esses caminhos acabarão por lá no fundo, com o tempo, ser um só. E énquanto isos não acontecer, duas pessoas que se amam verdadeiramente dão as mãos. E vão juntos caminhando, passo a passo.
No dia que pensei assim acredito com todas as minhas forças que terem uma pessoa para dar a mão. E não para me satisfazer caprichos nem mimadisses, é mesmo para me amar incondicionalmente.
Beijinhos para ti,
Raquel.
Em resposta à Matilde, quero dizer-lhe que em nada me senti mencionada e comparada no seu texto. Não é uma questão de mimo ou mesquinhice. Como a Rosa Cueca disse, há um facilitismo, hoje em dia, em virar as costas quando não se sentem satisfeitos com a relação. As pessoas não lutam. Não existe um sentido de compromisso acentuado como existia à uns anos atrás e para provar isso pode reparar que a maior parte das pessoas que aqui comentaram, mencionaram histórias de amor com cerca de 30 ou 50 anos. E quando falo em facilitismo não me refiro só aos homens, refiro-me também às mulheres.
ResponderExcluirMatilde, se a sua relação é tão perfeita assim, onde não há mimo nem mesquinhice, como diz que acontece com as "gajinhas", não tem que se queixar! Relaxe, você tem tudo sob controle.
P.S: desculpa Rosinha, vir aqui à tua "casinha" responder a senhora Matilde. Um beijinho
Olha a querida Cat. Como vai?
ResponderExcluirTeve um bom Domingo?... Teve!? Que bom. Fico radiante por si.
Mas a Rosinha também disse que um casamento de 30 ou mais anos não é sinónimo de felicidade, de amor para sempre. Pode ser, mas não existe essa obrigatoriedade.
Não reparou?
A minha vida sob controlo? Olhe! Surpreendeu-me porque nem nunca tinha pensado nisso, mas sei como funciona a minha relação. Como já lhe disse noutro lado, sou muito mimada. Nasci com mimo, fui criada com mimo e continuei sempre a ser muito mimada.
Mas querida, o ser mimada é uma coisa o ser chata é outra. Que me importa que o meu Príncipe deixe a gravata ali, o casaco além, os sapatos por outro lado. Não sou escrava da casa. A casa serve para minha habitação. Se ele deixou isto por aqui ou por ali a empregada no outro dia arruma. Se não arrumar fica desarrumado. Viu?
Por sinal nem é o caso que ele até é um gajo mais ou menos arrumado, mas se não fosse era a mesma coisa. Tem outras coisas, dessas comuns a todo o gajo que se preza e não ando atrás dele a chateá-lo.
E ele não pega comigo. Quer lá ele saber se demoro a arranjar-me; por acaso nem demoro que quase nem me maquilho de tão bonita que sou. Já lhe disse, não disse? Se me esqueço disto ou daquilo, se bato com força a porta do carro, se sou uma aselha a conduzir e não sei estacionar, se estou sempre a pagar multas, etc etc...
Se isto é controlo, não sei. Acho que é mais feitio do que outra coisa. O que sei é que me ama, me diz que sou única, ajeita-me a roupa na cama, leva-me o pequeno-almoço à cama; aos fins-de semana e me desperta com beijos.
E eu correspondo-lhe na mesminha. Só não lhe levo o pequeno-almoço à cama porque na cozinha sou um desastre e fujo de lá pôr os meus delicados pézinhos. Aliás, ele é o primeiro a impedir-me que eu lá entre.
Aprendeu? Se sim fico muito feliz por ter podido ajudá-la.
Admirei-me muito foi a CAT não ter ido pôr uns versos à Rosinha nos desafios de sexta-feira. E ela que pediu com tanta simpatia. :)
Não peço desculpa à Rosinha porque está aqui um passarinho a chilrear-me que ela não se incomoda.
Eu agarro-me com todas as forças à história de amor dos meus tios, uma história à Romeu e Julieta, mas com um final feliz. Três filhos depois e muitos anos juntos, há dias que parecem um casal de adolescentes. Mas a história que mais me aquece a do coração, é a da minha mãe.A história dela é mais ao estilo "O diário da nossa paixão" (que até é o filme favorito dela). Ela casou-se com o meu pai após três meses de namoro, apostou com uma amiga que iria ficar com ele. 17 anos depois, divorciaram-se... Mas, também há finais felizes no amor. Reencontrou um ex-namorado, também divorciado, acabaram por juntar os trapinhos, vão fazer três anos de casados já:) Eles tiveram uma relação complicado, tentaram separa-los uma vez no passado, mas se estamos destinados a ficar com uma pessoa, isso irá acontecer.
ResponderExcluirAh! E ainda acredito, com todas as minhas forças em finais felizes, em casamentos para a vida, daqueles que se leva à letra mesmo "até que a morte vos separe". Eu ainda acredito no amor, em grandes amores e não é por existirem mais pessoas a divorciar-se que devemos deixar de acreditar no amor. É o bem mais precioso que temos nesta vida, o amor, seja de que maneira for. Se não resultar à primeira, tenta-se a segunda, acredito que estamos destinados a alguém. Sou uma romântica incurável e ninguém me convence do contrário!
ResponderExcluirmas até os amores para sempre morrem se não se souber cuidar deles... porque qualquer coisa viva morre quando não se cuida dela.
ResponderExcluireu gosto de pensar no amor para sempre, mas sou mais de amor enquanto dure. e nos entretantos o meu já dura há bastante tempo, ainda que seja novinha... :)