29.6.11
Essa coisa das relações abertas.
Digo desde já que isso não é para mim.
Posso ter uma mente aberta a vários níveis, mas, neste ponto, e nesta fase da minha vida, não consigo sequer conceber uma relação assim.
Percebo que em relações longas e de alguma forma desgastadas pela rotina, problemas e o dia-a-dia, possa resultar. Contudo, da mesma forma que o swing, considero que para este tipo de relacionamento há que ter uma certa maneira de ser. E eu sou incapaz de partilhar a pessoa com quem estou.
Chamem-me ser possessiva ou qualquer outra coisa, mas a própria ideia disso deixa-me doente.
No fundo, o que se trata aqui é de uma traição consentida e, embora reconheça que seja difícil manter a fidelidade ad eternum, é a essa ideia que me agarro, mais do que a ideia de que ao longo do tempo uma pessoa poderá sentir-se atraída por outras e acabar por trair com consentimento.
No entanto, e em defesa deste tipo de relação, se uma pessoa sente que a fidelidade será uma coisa complicada a longo termo, ou por questões como a distância física, mais vale ser verdadeiro e pôr as cartas na mesa.
Não há necessidade de se andar com rodeios e fazer os outros perder tempo numa relação que, ou acaba porque a outra parte não se revê nesse estilo, ou porque no plano teórico a coisa funciona bem, mas no prático dá para o torto, ou porque se vive numa constante mentira se não se admite a própria natureza.
Não conheço ninguém que se encontre numa relação aberta e, tacanhamente, associo sempre esse estilo de relacionamento a falta de gostar. Há quem diga o oposto, que será preciso gostar ainda mais para manter uma relação assim e que, ao menos, sempre é baseada na verdade - o que, convenhamos, é mais do que muitas.
E vocês, conhecem alguém que tenha uma relação aberta..e funcione?
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Conheci uma pessoa que esteve numa relação aberta, mas a certa altura deixei de ter contacto com ela, portanto não sei o quanto durou, mas no minimo foram 3 anos que foi o que eu conheci.
ResponderExcluirPara uma relação qualquer, seja aberta ou não, poder funcionar, as 2 pessoas têm que estar no mesmo "comprimento de onda" e ter os mesmos objectivos.
Ja tive e mais cedo ou mais tarde acaba...e tu? Porque puxaste o assunto? Tens tiveste ou vais ter?
ResponderExcluirNa minha opinião, é apenas sexo,por vezes casais desgastados numa relação mas que não deixam de gostar um do outro, precisam de algo diferente para continuar.
ResponderExcluirè um tema polémico, no entanto mais vale uma traição consentida, que sermos apanhados desprevenidos.
São formas de estar e de pensar, se pensarmos bem já no tempo dos reis isso acontecia, era escondido mas toda a gente sabia.
O facto de muitas vezes nos sentirmos atraidos por outra pessoa, de pensarmos nela, quem sabe até sonharmos, por si só é uma facadinha nas promessas iniciais.
Digam-me quem pode atirar a primeira pedra.
Manu
Eu subescrevo e revejo-me na totalidade do que escreveste. Essa necessidade de estar com outras pessoas só pode revelar uma insatisfação (de qualquer espécie) com a pessoa com quem se está. Então, não se pode verdadeiramente amar...
ResponderExcluirJá conheci quem estivesse nesse tipo de relação, mas não durou muito...
ResponderExcluirSinceramente, se duas pessoas realmente se gostam, fazem tudo o que estiver ao seu alcance para que a relação funcione, e quando se esgotam as tentativas o melhor é por um ponto final e cada um seguir a sua vida! Fugir dos problemas e ir relacionar-se intimamente com outras pessoas não é solução, mesmo que seja consentido.
Traições consentidas não me cabem na cabeça...
Não conheço ninguém e sinceramente, neste momento da minha vida, também não concebo a ideia. Seja por possessão, ciúme, ou mesmo por se gostar demasiado da pessoa com quem estamos (e aqui é que as teorias entram em conflito), não me imagino a partilhar aquilo que considero meu!
ResponderExcluirNão conheço ninguem com uma relaçao aberta dessas, e sinceremanete era-me completamente impossivel ter uma.
ResponderExcluirSim querida Rosa :)
ResponderExcluirVárias pessoas, e várias histórias de Amor bonitas.
Um abraço,
The Love Coach
As tuas palavras podiam ser minhas
ResponderExcluirJá estive numa relação assim. Eu e ele conheciamo-nos há 10 anos, éramos melhores amigos, e ainda hoje o somos. Tinhamos namorado com 15 anos, mas não foi nada de especial. Mais tarde, já com 17, decidimos entrar numa relação aberta, vá, "amigos coloridos" para nos explorarmos sexualmente. Nunca aconteceu nada, felizmente, porque éramos muito tímidos, mas eu acabei por me apaixonar por ele, mas ele sempre insistiu que não eramos mais que amigos... Acabei por sofrer e não foi pouco. Ainda hoje mantemos uma fantástica relação, como já disse, de melhores amigos, mas não volto a consentir que passe disso.
ResponderExcluirSe alguém souber de alguma relação de algum tipo, que funcione, eu tb gostava de saber. Apostaram comigo que havia.
ResponderExcluirNão existem traições consentidas, se a pessoa concorda com o q se está a passar, não estás a traí-la, a trair o q concordaram e a sua confiança. É perfeitamente possível estar numa relação aberta e amar, uma coisa não anula a outra. Uma relação aberta, ao contrário do que muitas pessoas acham, não advém da insatisfação com a pessoa com quem se está. São escolhas, formas diferentes de ver as coisas, não falta de amor. As pessoas que escolhem estar só com uma pessoa não têm o direito de julgar e afirmar q não há amor nessas relações, tal como as pessoas q vivem relações abertas não têm qualquer direito de chamar tacanhos aos q optam por não ter mais do q uma pessoa.
ResponderExcluirJá agora, eu sou das q, qd numa relação séria, não partilha tbm. Mas respeito bastante e consigo compreender escolhas diferentes.
Beijinho
No way!
ResponderExcluirEu não partilho a pessoa que está comigo, e espero o mesmo por parte dessa pessoa!
Parece-me nojento andar por aí a mexericar em corpos e fluidos humanos como se fossem um porco a javardar numa gamela!
Dessas gamelas nao como e dessas porcas eu nao quero!
Eu costumo dizer que "com os outros posso eu bem". E é verdade: por mim, tanto se me dá como se me deu que tenham uma relação aberta, que andem a comer por fora, que andem a trocar de mulher com os outros, que façam trinta por uma linha.
ResponderExcluirJá comigo, as coisas são bem diferentes. Como dizia o outro "pão pão, queijo queijo". Não há cá misturas, ou o caldo está entornado.
If you love somebody, set them free...
ResponderExcluirdesde já, enerva-me profundamente este tipo de relação :s tenho uma amiga que anda sempre nisso, cada vez que estabelece uma relação com alguém e depois dá sempre tudo para o torto. contudo, volta sempre a repetir as asneiras. enfim... é que eu nem sequer me imagino no lugar dela :/
ResponderExcluirMisterCharmoso, nunca tive e não tenho. Custa-me pensar que possa ter pelo que disse: acho que conhecendo-me como conheço e se nada de significativo se alterar na minha vida, não é coisa que queira ter.
ResponderExcluirShort, liberdade pode e deve existir numa relação, em tudo. Mas se nos sentimos presos a alguém e só outra pessoa nos vai fazer sentir livres, acho que algo vai muito mal.
boas, começo por referir a música do outro: "ninguém é de ninguém, mesmo quando se ama alguem..." e termino com uma frase dum outro: "tudo o que amo, deixo livre..se voltar é porque o conquistei, senao é porque jamais o possuí..."
ResponderExcluirja estive num relacionamento aberto, gostava e ainda gosto muito dessa pessoa, terminou porque ele nao queria que houvesse sentimentos à mistura, mas sinceramente, ele é do tipo convencional e ainda anda à procura da sua "relaçao séria", e eu nao era essa...porque para mim, apesar de gostar muito dele, era a situaçao ideal..cada um tinha a sua vidinha, eramos amigos, confidentes, amantes, cumplices...depois simplesmente cada um seguiu a sua vida..
o que importa no fundo é que cada um seja feliz à sua maneira...eu sou feliz com "relaçoes abertas", "amizades coloridas".. gosto demasiado de liberdade, mas isso tambem nao impede que goste de uma pessoa, mas estar "sempre" com essa mesma pessoa é cansativo...tambem gosto muito dos meus amigos, mas ha momentos que preciso estar sozinha, noutros preciso mais de um, noutros momentos preciso doutra...faz parte de mim..nao faz de mim nem melhor nem pior que ninguem, só nao gosto de monotonia.. :)
desculpa a extensao..mas tinha de dar a minha opiniao!
daniela
Já pensei como tu mas agora tenho uma opinião diferente.
ResponderExcluirEu acho que uma coisa é relações abertas outra coisa é swing.
Não era capaz de ter uma relação aberta em que a outra pessoa ou eu estivéssemos constantemente com outros. Esse tipo de relações tende a dar problemas porque é muito difícil ambos estarem na mesma onda.
No entanto, swing, praticado por casais com um nível de confiança e cumplicidade enorme, e em que ambos pretende explorar outros campos da vida sexual com pessoas por quem não nutrem sentimentos, penso que é bastante diferente e algo que não nego à partida.
Estou em acordo com o comentário da Cynthia e do anónimo que assinou Daniela.
ResponderExcluirMas há um ponto comum aos comentários de muitos que me intriga e com o qual não concordo: um casal não tem de estar forçosamente em crise para optar por uma relação aberta. Se a crise é anterior, a liberdade acordada entre os dois não vai ser a solução.
Este tipo de relação pressupõe um conhecimento profundo de ambos, maturidade na relação e uma visão clara e realista do amor e do sexo.
Se a decisão foi tomada pelos dois, de uma forma altruísta, com confiança e verdade, então, embora permitido, o sexo com terceiros passará para segundo plano e o mais importante será sempre preservar o que se tem com a pessoa de quem se gosta.
Lia
Sinto-me tão feliz retrogrado, tacanho, antiquado, conservador, ...
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