Pessoas que acham que deviam mesmo era ser médicas, mas se calhar tinha sido porreiro terminar a escolaridade obrigatória. Pelo menos.

Não me levem a mal (adoro colocar estas coisas, como se isso fosse reduzir o sentimento de ultraje contra a minha pessoa, adiante...), mas se há coisa que me leva às lágrimas é assistir às típicas Conversas de doenças por leigos.
Se vierem acompanhadas de sotaque das Beiras ainda me fazem mais feliz. Prato cheio mesmo é quando lançam estatísticas para o ar como verdades universais. Do género "toda a gente sabe que a doença emergente do ano 2010 foi a candidíase vaginal". Ou que "50% da população é afectada por extrofia da bexiga".
Hi-larious.

Primeiro, parece que toda a gente desenvolveu uma "saudável" obsessão pela medicina desde que há Internet. O auto-diagnóstico, então, fascina-me. Acho, aliás, que, pela lógica, já devo ter tido tudo que é cancro (ler câncaro).

Não há nada que me deixe mais descansada do que poupar os 60€ de uma consulta e ir antes a um pub aconselhar-me com o Alfredo, enquanto partilhamos umas vodkas - devo dizer que ele automaticamente exclui cirroses como diagnóstico, portanto "tá-se" e siga para bingo. Ou sueca. Que estas coisas falam-se melhor com as cartas em cima da mesa.

Eu tenho de fazer um esforço para me conter (serão problemas urológicos?!) e simplesmente não começar a ter delírios (não vá ser um edema cerebral) acerca da forma como, certamente, irei definhar numa cama de hospital a beber por uma palhinha e a piscar os olhos duas vezes para "sim" e uma para "não".