Parece uma treta new age, mas a verdade é que, claramente, não agradecemos o suficiente as coisas boas que temos na vida.
Não digo para cumprimentarmos o sol como no yoga, até porque há melhores formas de começar o dia de rabo para o ar, mas digo-vos que tudo é relativo.
Sim, a auto-comiseração é aquele demónio de voz delicodoce que teima em dizer-nos com um toque de sadismo tudo o que corre mal, que não vai ao encontro do que desejamos e, essencialmente, que toda a gente à tua nossa volta tem uma vida melhor. E sim, a juntar à vossa vida escatológica, acordaram com uma borbulha na testa.
Ora bem, sabemos racionalmente que isso não é verdade. Não a borbulha, essa está mesmo lá, mas o resto.
Contudo, as pequenas coisas do dia-a-dia têm mesmo mais magia se estivermos numa boa fase, ao invés de nos sentirmos uma pequena ratazana triste de esgoto. E não me refiro ao Mestre Splinter, que, para quem comia pizza dia sim/dia sim estava muito bem de corpinho. Uma pessoa em modo auto-comiseração a esta altura estará a dizer que até a ratazana está mais fit que ela.
MAS!! Adivinhem quem adora auto-comiseração? Ninguém. A sério.
A grande novidade é que, por mais que as pessoas gostem de nós, estão algo fartos de xoninhas depressivos, que acham que têm uma vida muito má e fazem questão de publicitar isso mesmo a todo o dia e a toda a hora.
Assim, quem é que já não podem ouvir?
Quem são os sem-noção da vossa vida que só sabem choramingar?
Eu que sou a pessoa mais pacata à face da Terra (empatado com o Mike Tyson), descobri uma palavra nova, recentemente: parricídio. *respirando fundo*
ResponderExcluir(...)
PS: Ok, entenda-se. Gosto muito dele, obviamente. Mas o dilúvio proveniente das choramingadelas deixa poças enormes em casa. Ainda que sejam metafóricas, chateiam.
A minha colega de casa!
ResponderExcluirChegou ao ponto de eu ouvir a chave a entrar na porta e eu fazer contagem decrescente mental... *em 3,2,1*: "Estou morta, quero desaparecer........". And so on, and so on...