13.10.10

A turn for the worst - os antigos colegas.

Lembram-se daquele Zequinhas que ninguém dava nada por ele? Ou do tipo mais giro da escola burro que nem um calhau? Certamente se devem lembrar da gaja choninhas que se arrastava pelo recreio com os seus desenhos atrás, ou mesmo do puto irritantemente inteligente de metro e meio.
Foram todos personagens que nos acompanharam nessa bela caminhada que é o ensino.

Quando era miúda nunca tive muita paciência para me aplicar em estudos alongados, essa faceta veio a despertar em mim mais tarde, quando pensei "minha menina, faz-te aos livros senão vais acabar a trabalhar com a Jandira na 5 à Sec".
Mesmo não sendo uma devota apaixonada do estudo, sempre me fui safando bem, mas afigurava-se em mim um certo sentimento de "epá podias fazer melhor, como o X ou a Y que têm sempre óptimos notões".
O X e a Y queriam ser médicos, arquitectos, juízes, e afins. A Cueca não sabia muito bem o que queria, mas sabia bem o que não queria e, ainda que tristemente se avizinha-se um futuro com uma carreira financeiramente mais modesta, lá foi fazendo pela vida.

O mesmo não posso dizer de alguns dos meus antigos colegas.
Contrariando a tendência aquando petizes, os mais inteligentes estão no desemprego, os mais limitados têm empregos de destaque à conta dos papás, os medianos foram fazendo pela vida e, claro, muitos, for all I know, podem estar em qualquer parte, dado que o contacto se foi perdendo.
Isto para dizer que a ideia que tinha de que a malta mais inteligente era a que se ia safar melhor, tem vindo a provar-se pouco linear.
Afinal, o nosso típico desenrasca ainda conta muito...

3 comentários:

  1. O desenrascanço e o factor C...

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  2. E não é que é mesmo? Tal e qual.

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  3. Mas isso infelizmente é o pão nosso de cada dia. O factor C tem vindo a crescer exponencialmente e nos moldes errados. Ao menos se lá metesse gente capaz...mas não, parece que os inúteis e os imprestáveis têm sempre as portas escancaradas para os bons trabalhos. E depois acham-se os reis da cocada.

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