Novo ano. Novos Tags.

Não era tão bom depararem-se com um post introspectivo, que claramente reflectisse uma pessoa amadurecida e disposta a tornar-se um ser humano muito melhor ao soar das doze badaladas e dos confettis a cair no estúdio da Casa dos Segredos?
Era isso mesmo, era.
Mas, infelizmente, falamos de mim, pelo que isso não me parece provável.

Devo dizer que uma coisa que me irrita é fazerem-me tags no novo ano.
Primeiro, eu não quero o meu nome associado às vossas imagens foleiras, a dizerem ano novo, vida nova, com espumante rasca a brilhar e provocar princípios de epilepsia aos demais.

Segundo, isto são pessoas que não se contentam em taggar umas 5 pessoas, é mesmo umas 50. Nem eu sei onde encontram paciência para isso, mas isto repete-se desde os primórdios do hi5 e, bem, eu não me sinto especial por estar inserida nas vossas mensagens de bom ano juntamento com o Tó do Talho e a Cátia Vanessa.

Terceiro, sinto sempre que há ali uma lacuna social qualquer, que leva a malta a passar a meia noite online. Antevejo uma contagem decrescente por 6 pessoas diferentes, com relógios diferentes e timings diferentes...isso mexe com o meu OCD e, admirem-se, o resto do mundo sabe que é um novo ano. Vocês não são os Nostradamus dos tempos modernos, são, isso sim, os Reis do Óbvio, que, à falta de termómetros do carro para fotografar, decidem partir para a violência de dizer a cada minuto que estamos mais perto de 2014. Também estamos mais perto de morrer, mas disso já não falam.

Quarto, se vir alguma hashtag #novoano #novoeu #agradeceravida #2014 #agorasimvouserfeliz, não respondo por mim.

Não tenho muitos pedidos para 2014: não tenho de deixar de fumar, de passar fome, ser mais isto ou mais aquilo. Mal ou bem, a coisa está composta.
O que eu tenho, mesmo, de fazer é uma limpeza a fundo no Facebook.

(Mas tal como outras resoluções, penso sempre: para o ano é que é).