Como identificar os maluquinhos dos animais.

Eu sou doida por animais, para mim, tudo o que é bicho amoroso e com pêlo fofinho, marcha.
É ver-me logo a identificá-los em segundos e, basicamente, a correr até eles, pronta para dar amor.
(Sim, eu sou essa pessoa que quando vai a vossa casa, a primeira coisa que faz é ver se há animais e ir socializar com eles)
Adiante, há, portanto, os amantes de animais, mas há também, infelizmente, os fanáticos dos animais.
E como o fanatismo nunca foi bom em nada, vamos cá a umas dicas preciosas:

• Assim que podem, vêm com aquela conversa do "quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos animais".
• Mais do que fazer festas ao vosso animal, procuram saber por onde implicar: "que ração come? Não é X? Ao meu só dou essa, é a melhor!" - seguindo-se um rol interventivo em como, basicamente, mais valia andarmos a alimentar os bichos a cocó industrializado, porque as rações boas são as de 60€ para cima e olhar, com atenção, para os rótulos e perceber que muitas dessas rações estão carregadinhas de sal e cinzas, isso não, que isso dá trabalho.
• Fazem parte de Associações. O trabalho das mesmas é necessário e extremamente válido, mas hão-de reparar que, no meio das pessoas normais, há sempre os fanáticozinhos, prontos a mostrar ao mundo que ninguém ama mais os animais que eles.
• Eles e só eles sabem sempre como tratar melhor de um animal.
• Têm sempre 10 bichos lá por casa. Entre os deles, os que foram ficando, os que estão para adopção e, possivelmente, os da prima que foi de férias. Tanta conversa acerca do bem-estar dos animais, mas partilhar uma varanda com 7 gatos que não se conhecem de lado nenhum deve fazer maravilhas físicas e psicológicas, realmente.
• Há sempre um leve odor a chichi nelas. Não me lixem, é verdade.
• O importante é sempre salvar o animal. Não interessa se vai sofrer para o resto da vida toda, o importante é que viva. As condições em que vai viver, ou sequer se sobreviverá, é de somenos importância.
• Têm dificuldades em socializar e acham sempre que os animais são os seus melhores amigos. Até são, mas não deveriam ser os únicos.
• À primeira oportunidade estão prontos a descrever histórias - com fotos - de animais em estado terrível de sofrimento. Há histórias que acabam bem, felizmente, mas é desnecessário tentar andar a chocar meio mundo com imagens extremas e impingir as mesmas.
• São o pesadelo dos vizinhos.

 Sim, os animais são uma causa extremamente válida e com muitas pessoas boas, que realmente valorizam o bem-estar deles, a trabalhar nela. Mas entre os que querem o melhor para eles e os que os coleccionam, sob o pretexto moral de salvamento, vai uma diferença abismal.