Sobre essas coisas românticas de virar mundo atrás de alguém que se viu por um par de horas.

Eu sou uma pessoa assumidamente romântica (embora possa não parecer?).

Ainda assim, faz-me confusão conceber todo um desenlace amoroso em que uma das partes não dá margem para ser encontrada. Quando algo tão raro como essa química instantânea acontece, não a deixamos fugir entre os dedos. Vamos atrás dela e não deixamos um adeus, sem uma promessa de reencontro, sem uma forma de o fazer.

E nós ficamos do lado dele, achamos que o "conhecemos", torcemos para que a história tenha um final feliz, vivemos a emoção dele e, claro, simpatizamos.

Não sei se a "Diana" é apenas um publicity stunt, ou uma miúda mimada que quer que alguém se dê ao mais alto dos trabalhos para a encontrar, sabendo que vai embora.

Não sei o que é melhor: um esquema publicitário, ou uma pessoa que prefere pôr um capricho à frente de algo que se sentiu, que acha mais divertido um jogo, do que viver a realidade e aproveitá-la no pouco espaço de tempo disponível.

Ambas as hipóteses são más: uma mostra até que ponto as marcas podem querer ludibriar-nos e a facilidade com que o conseguem fazer; a outra mostra que no meio de tantos filmes românticos visualizados e fantasiados, o mais essencial não ficou: o respeito pelos sentimentos dos outros.

Porque quer tenha sentido algo também, ou, pelo contrário, isso não aconteceu, não teve em consideração a forma como ele se iria sentir.

Isto leva-me a uma frase que vi há dias: bitches seek attention, women seek respect.