Primeiro nunca percebi como as minhas colegas apareciam lá na escola com aquelas cartinhas vindas da Venezuela e a minha casa só vinham ter aquelas cartas aleatórias com a moedinha de prata e a promessa de que se não passasse aquilo a 15 amiguinhas coisas muito más me aconteceriam. E efectivamente é verdade, porque eu, obviamente, nunca mandei nada e a minha capacidade cerebral à data de hoje é a tristeza que se vê.
Havia ali algum ressabiamento meu pelo facto de uma qualquer menina não ter tido a iniciativa de contactar comigo. Eu juro que nessa altura era uma pessoa bem mais agradável e dada ao convívio social e cheia de gracinha. Até fazia covinhas. Desculpem lá, mas se isso não é adorável, não sei o que é.
Adiante. Nunca percebi porque é que as cartas se faziam acompanhar de foto de rosto e corpo inteiro. Especialmente em momentos solenes como a primeira comunhão ou a foto tipo-passe que se tirava na escola.
Depois eram as roupas. As poupas no cabelo seguras a laca l’Oreal da tia-avó. Os sapatos brancos de verniz. Os vestidos com flores. Tudo muito mau. Tudo k’orrore.
Lindo era o meu visual alternativo na altura, que envolvia um macacão horroroso cor de burro quando foge largeirão com as alças caídas e o topzinho justo. (Sim, uma visão infernal e logo ali uma atitudezinha de rebeldia para com as minhas coleguinhas algo betas).
Voltando aos pen friends, quem eram as meninas da escola que tinham pen friends? Pooooois. Eram as coleguinhas “estranhas”. Que, curiosamente, andavam bastante sozinhas. Huuumm especialmente quando o “slogan” associado aos pen friends é “a melhor receita para a solidão”. Pooooois.
Se a troca intercultural é uma coisa gira? é.
Se fazer novos amigos independentemente de como são ou onde vivem é porreiro? é.
Mas pen friens é coisa que não anima.
Um bom substituto dos pen friends são os couchsurfers. Isso sim.
Depois não digam que não vos mostro coisas úteis:
Couch Surfing
Há lá melhor que assentar arraiais no sofá alheio? O pior que pode acontecer é perder um órgão. Nada com que não consigam viver.
(é desta que a Miss vai perceber o carácter inovador do sofá que possui)
[..e a pedido da nCoisas:
Miss Teen Anzoátegui - um dos Estados da Venezuela - e depois dizem que não aprendem nada comigo. Pffff.]
os pen friends que tu tanto falaste ... sim sim, também não tive nenhum. Mas ainda tive um mirc-friend na era mais tecnológica.
ResponderExcluirLindo era tu conseguires uma priceless foto de uma pen-friend venezuelana e su linda foto de su primeira comunhõn ... ou em miss niña benezuela 1989
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awwww cueca ... obrigado you made my day ...
ResponderExcluircá gandás argolas que a criança tem! e carradões de laca ... my god
Confesso que tivesse eu outra idade, a cena dos couchsurfers podia ser coisinha para eu experimentar... nunca sozinha pelo menos nos primeiros tempos mas... why not? Já os pen friends foi coisa que nunca percebi tb...
ResponderExcluirBeijos
Rita
Tenho 3 apontamentos a fazer quanto a esta questão:
ResponderExcluira) Uma vez, no meu 12.º ano, foram à minha turma umas professoras romenas com moradas de alunos romenos e moldavos para que fossem nossos pen friends. Cá para mim era para legalizarem pessoal (na altura a Roménia n fazia parte da UE), já que me calhou uma menina com ar de meretriz, com a qual nunca me correspondi;
b) Quanto a sofás alheios podia dizer uma ou duas coisas, mas é melhor não;
c) Cá me parece que essa menina venezuelana já deve ter mais rodagem que muita senhora casada deste nosso Portugal. É apenas um palpite.
Olha, bom tema para o meu estaminé.
ResponderExcluirCom referência aqui para o palácio, claro está.
Nunca tinha ouvido falar..estou sempre a aprender contigo
ResponderExcluirXiii... do que me foste lembrar!
ResponderExcluirTambém eu usei um macacão cor de burro com tops justos.... pensava que era uma rebelde original, lol, mas se calhar estava só a aderir à moda dos rebeldes ;)
beijocas
Pen Friend não são os amigos que podes meter numa pen e levar contigo para todo o lado???????????
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