A escatologia faz-nos sempre sorrir. Bem, nem sempre.
Há momentos em que a flatulência não nos dá vontade de rir, como por exemplo, no início da relação. A paixão é linda, querida e, essencialmente, hormonal. Coisa que não se coaduna com aguentar ar dentro de nós, cuja missão de vida é sair a todo o custo.
O pum é um aliviador de tensão, literal e metafórico, e há sempre um certo cavalheirismo nisto. Ou seja: depois de ela mandar um, praticamente imperceptível e inofensivo, posso repetir o fenómeno Nagasaki.
Vamos imaginar o seguinte cenário:
É a terceira vez que ele vai lá a casa. Já foram para a cama algumas vezes, é tudo uma novidade, um encanto, um ai-jesus. Ela cozinha para ele, decide surpreender com umas tapas y bocadillos regados a uma vinhaça tinta.
Água vem, água vai, estão na cama, enrolados, a coisa dá-se, vêem-se foguetes, ela aninha-se no peito dele, ele sorri, sentindo-se um macho viril, quando, subitamente, algo se revolve dentro dele.
Ela fala do quão feliz se sente, ele sustém a respiração. Ele experiencia os primeiros suores frios, ela sorri delicadamente. Se houve algum momento em que pensou que poderia abrigar um ser extra-terrestre dentro dele, aquele era o momento.
O que fazer?
Quebrar o momento e ir à casa-de-banho?
E indo, como minorar o barulho, sem quebrar a magia da ilusão feminina?
E se ficar com vontade do nº 2 e demorar muito? Ela vai perceber!
E se...simplesmente largar a bomba? Podia ser que não se apercebesse...(ahahah a utopia...)
Antes que, injustamente, acusem os homens de não pensarem demais no início da relação, aqui fica uma das provas em como eles também podem pensar demasiado.
"Oh fofinho, estou tão feliz contigo aqui"
ResponderExcluirTrrrrrrack...
..."Eu também, linda. Vê lá se gostas de tudo o que tenha para te oferecer" lol
O pum é, no fundo, uma barreira que deve ser quebrada entre o casal. Mas parece-me que, com mais ou menos habituação, os homens acabam sempre por pensar um bocado nisso. Não é só no início.
ResponderExcluirUma barreira? Só se for barreira do som :P
ExcluirEu sabia que alguém havia de fazer a piada. Não me desiludiste, Jedi! :)
ExcluirAhahahaha!!!!!!!
ResponderExcluirEpá, é preciso haver muito à-vontade... Mas se arrotam, também se devem peidar, haja coerência.
ResponderExcluir(diálogo real)
ResponderExcluir- Dormiste bem?
- Não.
- Porquê?
- Porque estava sempre semi consciente, tinha medo de me soltar.
Resumo: não só pensam, como perdem o sono.
Existem maneiras de fazê-lo de modo silencioso, à sniper com silenciador. É uma arte que exige alguma prática, mas lá que existe, existe.
ResponderExcluirO cheiro é que não dá para disfarçar, mas não se pode ter tudo...
E quando é ela? E quando o dito cujo sai sem sequer pré avisar a sua intenção? É terrível, é terrível...
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