21.2.13

Paz e amor sim?

Muitas vezes brinquei com determinadas situações ou estereótipos.
Ontem cometi a displicência de brincar com uma classe que todos reconhecem: os betos. Mas não uns betos quaisquer, brinquei com os de Coimbra. Já tinha brincado com os do Estoril, mas desses ninguém teve pena. Vai daqui um abracinho para eles.

Tendo estudado na cidade dos estudantes, e sabendo o quanto quem por lá passou gosta da cidade, deveria ter tido o vislumbre de que os mesmos saíssem às ruas em protesto, por não compreenderem o conceito de segmentar um grupo de pessoas, assumindo a parte pelo todo.

Como a história já vai chata, e de novelas mexicanas gosto muito pouco, explico pela última vez que apenas citei alguns pontos estereotipados e, claro, exagerados, que é o normal quando se está a fazer generalizações. Não há ali nenhum ódio aos betos, como se via tantas vezes escrito nas paredes da cidade. Até porque eu tenho, pasmem-se, amigos que até são betos e de quem gosto, muito obrigada, que conseguem fazer o estímulo cognitivo de não se sentirem retratados numa parvoíce. As pessoas são mais do que um estereótipo, por isso é que vale a pena conhecê-las.

O mesmo povo que um dia sai à rua para criticar a mala Chanel que a Pêpa quer, sai depois em fúria porque se brincou com um estereótipo que retrata as pessoas que acham que a aparência no que se tem é tudo.
São dualidades a que devemos estar acostumados, mas também uma esperança de que, algures, teremos sempre um português a defender os fracos e oprimidos.

42 comentários:

  1. Ainda em relação a um comentário feito no outro post em que mencionavas os escuteiros, só posso dizer: só goza com eles quem nunca lá passou e tem um pensamento estereotipado da coisa =)

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  2. Parente, era um comic relief ;) ainda há dias perguntei ao meu pai porque não me pôs nos escuteiros, porque gostava de ter andado. Ao menos agora sabia, no mínimo, dar nós.

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  4. N entendo pq é q há tanta gente q lê o teu blog e retira arrogância e sentido de superioridade das tuas palavras. Eu vejo sempre ironia e sarcasmo! E acho q foste bem clara a descrever os tais coimbrinhas, dá para perceber perfeitamente q não estavas a generalizar toda e qualquer pessoa q vive em Coimbra, mas apenas a falar dos betos de lá. Povo idiota, senhores.

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  5. O cabelino dos betos é de ir às lágrimas...
    E as calças sempre à "ameijoa"???
    LOLOL

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  6. O que eu acho engraçado é que as pessoas vêm aqui pela 1ª vez, lêem um post, sem conhecerem qualquer histórico do blog e nem se quer se dão ao trabalho de ler mais posts para perceber o estilo de escrita do dono do blog.

    Depois metem-se a cagar sentenças e fazem figuras ridículas, quando eram escusadas.

    Esses são a pior espécie, sim, ainda piores que os Coimbrinhas ou os betos. Esses chamam-se: pessoas de baixo QI !!!

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    1. Jedi estás a dizer um pedacinho pequenino daquilo que eu tinha escrito anteriormente...é excatamente isso.

      Dei por mim sentada, como se estivesse a assistir um filme e a pensar "Lê a explicação dela, parvo(a), lê!!!! O quê, não percebeste? Oh meu Deus!! Ele(a) não percebeu!!"

      Foi penoso, devo confessar.

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    3. Lobo, tu comentas e apagas a seguir os comentários homem, :).
      De qualquer maneira, sossegainde todos os ânimos, a malta já percebeu que não se pode brincar com os betinhos, que apesar de não gostarem uns dos outros, quando atacam um, aparecem os outros dos confins da Sacoor para os defender ;)

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  7. Eu não acredito!!!!!!! Eu escrevi um comentário que ia fazer com que os diabos da tasmânia vindos de Coimbra mas que não são Coimbrinhas ("DEus me livre!Mas és uma idiota,Cueca Borrada!")se inflamassem todos, e isto apagou-se! Apagou-se!

    A internet anda tentar mandar-me uma mensagem de calma...vou entender que foi um aviso de Deus e vou respeitar.

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    1. Sai daqui um casaco encerado pela tua boa vontade ;)

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    2. Tenho pena Cueca-Borrada, sabes...eu tinha esperança de vir a aumentar exponencialmente o número de visualizações da minha fronha cor de laranja, mas fica para a próxima...

      Olha quando falares dos de Rabo de Peixe,eu aproveito.

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    3. Prefiro Cueca com selinho, pode ser? Borrada é um bocado exagerado.

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  9. Opaaaa, shuiff shuiff, agora vinha aqui mandar o meu bitaite mas tenho muito medo, porque ainda me chamam idiota, ou pessoa de baixo QI - Cueca, sinceramente, acha que devia permitir insultos nos seus comentários? Que baixaria que para aqui vai.

    Bem, eu queria comentar no outro post, mas como já não foi possível, deixo aqui a minha colherada: acho que a Cueca estava a brincar (dizendo verdades brincando), mas saiu-lhe mal. E não foi por ter sido mal compreendida - penso que as pessoas perceberam bem que era gozo -, mas porque o seu post fala dos "coimbrinhas" como se fossem pessoas adultas, que não são. São miúdos entre os 15 e os 20 anos - e nessa idade, desculpe lá, ninguém é fixe: há os nerds, os betos, os parvinhos, os skaters, os janaditos, os punks, o pessoal do lenço palestiniano ao pescoço e todas estas tribos têm as suas idiossincracias, que servem o seu propósito: ajudar os jovens a definir o seu caminho, a perceber bem o que são e o que não são, o que querem e o que não querem, o tipo de pessoa em que se desejam transformar. Cueca, tenho muitos amigos (ex-)coimbrinhas, eu própria não andei longe disso (quando adolescente, lá está) e todos os que conheço são hoje pessoas normalíssimas, na generalidade bem formadas, divertidas, humanas, cultas, profissionais de sucesso. Esclareço-lhe os motivos pelos quais os conimbricenses ex-coimbrinhas não gostaram da sua brincadeira:

    1 - Porque está incorrecta - como lhe disse a descrição que faz corresponde a adolescentes e jovens entre os 15 e os 20 anos e não a pessoas adultas;

    2 - Porque nos comparou aos betos da linha - não, não, NÃO. Não tem nada a ver. É que os betos da linha têm um potencial irritante infinitamente superior, ao nível da ostentação, da voz nasalada, do cabelo nojentinho, do rato nas costas, do parque automóvel aos 18 anos etc etc etc - além disso a betice da linha tende a perdurar toda uma vida, ao passo que a coimbrinha, como lhe disse, se dissipa com o amadurecimento. O coimbrinha mais coimbrinha de todos desmanchar-se-ia às gargalhadas ao ver uma pessoa tratar um seu filho (ou outra criança qualquer) por "você", só para lhe dar um exemplo. O nível de ridículo é muito diferente. E com isto não digo que os miúdos coimbrinhas não sejam ridículos - que o são, como quase todos -, mas que é um campeonato completamente diferente.

    3 - Porque os conimbricenses que estudam na universidade da sua cidade sofrem com esse preconceito da parte dos estudantes "de fora" - como já percebi que foi. É difícil para uma pessoa de Coimbra enquadrar-se num grupo de estudantes que não seja inteiramente nativo, porque todos já entram na UC com esse preconceito do "coimbrinha" e nem lhe dão uma hipótese. E isso é estúpido. E denota um grande complexo de inferioridade. Felizmente tive a sorte de não ser o meu caso e de ter um grupo óptimo na faculdade, com pessoas de todo o continente e ilhas e com diferentes formações, opiniões divergentes sobre quase tudo, mas com uma coisa em comum, a ligação inquebrável de amizade que só Coimbra pode formar entre os seus estudantes. E o amor à cidade - que também já percebi que conhece. E tudo isto, veja lá, sendo uma coimbrinha!

    4 - LSD?? Da fuck?!! Isso é só falso, nunca vi tal coisa.

    Acho que, no essencial, foi isto que fez despertar a ira dos comentadores do outro post. Mas já passou, vá, o coimbrinha perdoa.

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    1. SG,

      Um comentário como o teu não revela baixo QI e se fossem todos assim não havia os atritos desnecessários do post passado.

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    2. Tudo bem, só não gosto de ver escritas na internet - este universo dourado de anonimato - coisas que não se diriam às pessoas em carne e osso, numa troca de ideias normal. Acho feio. Mas apreciei a atitude :)

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  10. Rosa, apesar de não gostar de o admitir em público, uma vez ou outra, excecionalmente até gosto de um ou outro texto teu blog... :P

    Neste caso confesso que... Não curti... Mas só isso... E depois acho que te puseste um pouco a jeito para a novela... Mas pronto... Teria ficado melhor num daqueles blogs de escarnio e maldizer de tudo e de todos.

    PS: não tenho qualquer ligação a Coimbra (e sinceramente ali perto até prefiro a zona de Aveiro), e estudei numa escola de engenharia (coisa pouco beta) de Lisboa (que fez agora 100 anos), onde os professores dão aulas de calças de ganga :P

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  11. Estou com o Jedi. Haja paciência!
    E olha, eu nascida e criada em Cascais, tá a ver? Acho supé mal a menina ser uma brega da província e andar a dizer mal dos primos betos, tá?
    E eu ainda sou do tempo (adoro!) em que a Sacoor era uma lojeca ali na R. Morais Soares...

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  12. Ai, melher, não há paciência! Uma pessoa já nem tem gosto em usar umas figuras de estilo: tem logo que ir a correr rescrever em português neandertal porque ninguém percebe, vah, uma hipérbole...

    Pérolas a porcos, é o que te digo...

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  13. E só por causa das coisas, Cueca, devias organizar um jantar de bloggers em que o blogger "O olhar do lobo" deveria ser convidado. Só para passarmos o jantar a gozar com ele e ele connosco (oh lobo eu sou um bocado nerd, portanto tens aí matéria para me gozar...loool).

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  14. O teu post de ontem foi muito divertido e bem explicito quanto ao grupinho limitado a que te referias. Fiquei estupefacta com a quantidade de pessoas que se insurgiram contra o mesmo. Pessoas essas que era suposto terem um QI mais ou menos, uma open mind pois são jovens e têm acesso ao google para se informarem.
    Mesmo assim, além de teres uma mente brilhante e criativa, demonstras seres justa e bem equilibrada,assim como condescendente para com quem é menos "abonado" mentalmente e escreves este post. Admirável e portanto só posso aplaudir de pé! Keep going!

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  15. E agora, os defensores das donzelas ofendidas vêm para aqui cantar o "Grândola, vila Morena", é?
    Ainda há gente com demasiado tempo livre e mesmo assim, não sabem ler e interpretar um texto. Por mim até podias estar a escrever sobre as pessoas do Viseu profundo, onde incluo muita da minha família, que eu seria a primeira a rir-me.
    Pessoas, não se levem demasiado a sério. Não levem este blogue demasiado a sério (com todo o respeito Cueca, mas acho que percebes bem o que quero dizer ;) )

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  16. Sendo eu um potencial interessado em fortalecer os meus laços à cidade de Coimbra vejo, perante o discorrer da sua verborreia jocosa dirigida a seus habitantes (ou parte indiscriminada dos mesmos na qual, após leitura atenta, qualquer um se pode incluir). Desta forma, imagine que me deleito alegremente com a vista da ponte Pedro e Inês, tendo deixado o meu Mercedes série G no estacionamento lá atrás e, consequência da humidade nesse segmento do Mondego, sou identificado com um meritoso "Coimbrinha". E agora? Certamente não me ficarei pela conotação, pois não me reconheço dessa forma. No entanto, como V. Exa. apontou na mui contestada reflexão, o "Coimbrinha" não se reconhece nessa categoria. Ora, qualquer esforço adicional da minha parte redundará em tarefa ingrata. Pediria que se retractasse dessas acusações infundadas e desfizesse os trajeitos lamentáveis dos "Coimbrinhas".

    LAMENTÁVEL!

    Aos comentaristas Cynthia, Jedi e Kikas, um bem haja e sempre grato a Vossas Sumidades por tornarem o óbvio um pouco mais inflamável.

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    1. Se antes adorava Coimbra e seus naturais, é graças ao comentário "lesma"...perdão, "invertebrado", de V. Exa. que nunca mais irei colocar os meus pezinhos...perdão, BMW série 5, na lindissima cidade de Coimbra. Que me perdoem todos os meus amigos naturais de Coimbra e que se deliciaram com o post da Rosa Cuequinha.
      LAMENTÁVEL!

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    2. Jedi, That's the spirit! ;)

      Maria Misteriosa, "lesma" é mesmo porque falo longo e devagar... Só série 5??? Ohh o seu pai não será engenheiro, com certeza. (Deveras)LAMENTÁVEL! ahahah

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    3. Jovenzinha/o, já não tenho idade para ser o papai a dar pópós...tenho 47 anos e o papai já faleceu, infelizmente! Não, não era Engenheiro, era Psicólogo, um homem inteligente, culto e que transmitiu aos filhos que " o ser é mais importante que o ter".
      Humildade não é pobreza, é riqueza.
      Um abraço :)

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  17. Porque é que o canguru entrou para a universidade?
    Porque tinha bolsa.

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  18. eu gostava de ver a revolta no pessoal por questões bem mais estruturante como a economia e politica.

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  19. Rosinha, a menina tem é muito bom feitio. Ainda se justifica, vai ganhar um lugarzinho no céu.

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    1. Já tenho ouvido isso. Desde que o São Pedro não tenha sapato de berloque.

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  20. Só fiquei com pena de te teres esquecido dos "betos" do Porto...!

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  21. Estou cá desconfiada que a crise está a afectar um bocado o tico e o teco dos pessoais que aqui comentam. Achei totalmente óbvio o sarcasmo e que estavas a falar dos putos histéricos. Mas isto sou eu, que devo ter problemas mentais, claramente.

    Esquece lá isso, já estou como diz o outro, se fosse os babydamos até se riam todos, como é os betos, é pior que as baratas. Aparecem logo 30 para "defender" um "pseudo-esterotipo" que só dá urticária a algumas pessoas que, como eu, não têm paciêcia.

    Podia-me alongar mais, mas também não vale a pena. Se fosse revolta pela fome, a crise, a falta de dinheiro, as horas de espera para ter uma consulta num hospital ou num centro de saúde, ficava um bocadinho mais satisfeita. Mas as mesquinhices é que interessam :D

    bjnhs

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  22. ha sempre madalenas ofendidas em todo o lado. por eu ca nao me importo de brincar com tudo, com os betos, com os brancos palidos como eu, com os religiosos, com os com falta de fe. Saber brincar e saber distinguir estereotipo de ofensa pessoal revela maturidade e crescimento. portanto por mim estas a vontade para brincar com estereotipos de que tipo for :)
    acho que nos deviamos efectivamente preocupar com questoes mais serias, com isso ja nao ficamos chateados, va-se la perceber

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  24. Devo dizer que gostei do texto anterior e reconheço que a maioria do que disse corresponde à verdade.
    Dito isto passo a tentar explicar a diferença entre esses betos de Coimbra e outros.
    Tal como alguem disse a maioria das "manias" desses betos de Coimbra tendem a desaparecer com a idade (lá para os 25/30 anos).
    A maioria dessas "manias" deriva fundamentalmente de pertencerem a um extracto socio-economico bastante acima da média e terem sido habituados a um nivel elevado de vida.
    Eu diria que 99% das pessoas se tivesse vivido nesse ambiente tambem ficaria assim, independente da "genetica".
    No entanto a grande diferença é que em geral esses tais "betos de Coimbra" são filhos de pessoas ricas, mas cujo dinheiro vem de profissoes socialmente importantes, respeitaveis.
    Normalmente os pais são pessoas com um nivel intelectual e formação bastante elevado.
    Nao estou a dizer que sao melhores ou piores pessoas, estou a constatar factos.
    Normalmente esses "betos de Coimbra" são inteligentes e acabam por ter sucesso profissional e a desempenhar profissoes de igual relevancia às dos pais.
    Como tal não convem misturar a maioria "destes betos" com os filhos do "Jet-7", das "tias" e uma serie de outras personagens que apesar de terem dinheiro (e às vezes nem têm) não têm tudo o resto.

    Cumprimentos

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  25. Oh Rosa Cueca, fiquei tão triste por a tua publicação anterior não aceitar comentários que eu mesma fiz uma publicação sobre o tema.
    De referir que eu vivo em Coimbra e reconheço a existência desse espécime! E mais, eu não gosto menos da cidade por causa disso!
    De resto, nunca conheci um Coimbrinha que gostasse de ser apelidado de tal, eles próprios se detestam uns aos outros...

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