O mercado, em baixa.

Atentem bem, estamos perante uma crise gravíssima de homens de jeito. Esta é toda a verdade.
Os tipos cada vez são menos (embora eu tenha já feito a minha parte, dando à luz um puto lindo, inteligente e com graça, cujos frutos poderão começar a colher daqui a uns, vá, 16 anos, sendo uma mãe muito optimista), cada vez estão mais parvos, charme é uma palavra desconhecida e valores é coisa de alienígenas.
Isto, minhas caras, é a força motriz de toda uma indústria e consumo, criada no único pressuposto de vocês parecerem melhor à lupa de uns tipos, que muitas vezes não passam de otários.
Gastam rios de dinheiro, tempo e esforço em parecerem a última Coca-cola do deserto, quando, apesar de todo esse esforço, há sempre uma gaja melhor e, normalmente, esse tipo a quem estão a tentar impressionar, se estiver mesmo interessado, até de pijama vos vai querer.
Outra treta que inventaram de seguida, é isso de as mulheres se arranjarem para as outras mulheres. Errado. Estamos novamente perante a questíuncula: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Ou seja, arranjamo-nos primeiro para as outras, ou por causa dos outros?
Eu acredito que arranjamos pela natureza competitiva que temos, que até é saudável, desde que não uma obsessão.
Cueca apoia uma vida feliz, com mantas, panquecas e filmes, com tempo para vocês, sem chatices de passar camisas, sexo ocasional, e outros quejandos, para combater o estigma da solidão que vos leva a cair na conversa do primeiro desenxabido que vos aparece a acenar com um cartaz a dizer "Relação".
Mantenham-se firmes!
Esperem por alguém que valha a pena e não ignorem os sinais: se vos parece desde o início que o tipo tem algo de esquisito, acreditem, isso é apenas a ponta do iceberg.