5.9.12

O que se passa no panorama musical português? Não, a sério, passa-se alguma coisa grave.

Arriscaria dizer que não me lembro de termos tanta boa música (em quantidade) em Portugal, mas podia ser de estar continuamente a gramar com as K7 dos Spandau Ballet do meu pai e ficar completamente alheada do tipo de discografia feito nos anos 80 e 90.
A bem dizer, agora é bandas e mais bandas, parecem cogumelos e, confesso, tenho alguma (bastante) dificuldade em fixar quem são uns e outros, dado que as vozes e registos são semelhantes.
Assim, aquilo que para mim faz mesmo diferença é o nome de uma banda.
E aqui sim, começa o descalabro.
O nome de uma banda define-a, dá-lhe um sentido, uma identificação, dá-nos o sentimento de pertença aquele vasto (ahaha) grupo de fãs.
E então não compreendo que tipo de estupefacientes origina nomes como:

Vitorino Voador
Vitorino? Voador...certo....A sério?! Acham mesmo que isso é um bom nome? O homem para além de ter aquele ar de comuna que gosta de criancinhas, é assustador, continuamente com aquela boina...pelo que não consigo pensar em muitas coisas mais ridículas que imaginá-lo vestido de Super-homem a atravessar a vôo a 2ª circular.

Penicos de Prata
Sim, ocorre-me o som de xixi no penico e um duende a tocar ferrinhos lá no fundo.

A Ruína
Ora, uma banda que pressupõe que já vai arruinar algo...epá...

Ivason
Soa-me a bando de emigras a querer tomar Portugal.

The Brunch
É para ir comer ou é para ir ouvir alguma coisa? Parece-me aqueles tipos que ouvem uma palavra estrangeira nova, não fazem ideia do que significa, mas ouviram que era cool e portanto foram nessa.

Food Tang Clan
Vocês não sei, a mim cheira-me a banda de covers da Laura Pausinni para restaurantes chineses.

Iniciadores
Mais que uma banda, um grupo satânico de desvirginizadores.

Isto são apenas alguns exemplos, estou certa que conhecerão outros tantos.
Depois disto, I rest my case...

13 comentários:

  1. "Os azeitonas" que sempre me levou a pensar se estariam algures numa tasca a comer as ditas num pires ao lado da mini.

    "Os pontos negros" que me leva a pensar.... bem, que estavam bebedos quando escolheram o nome.

    "Per7ume" well.... eu sei que se lê "perfume" mas eu leio sempre perseteume.

    "João só e abandonados" this one is just depressing. xD
    curiosamente gosto de metade dos que falei aqui.

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  2. Bem, há uma que adoro mas que é praticamente impronunciável: Melech Mechaya (tendo em conta que tocam música Klezmer, é necessário dar um toque judaíco ao pronunciar)

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  3. Lol... Nunca pensei na questão dos nomes, afinal o que importa é a música. É normal hoje em dia haver mais bandas. Convém recordar que há uns anos havia 2 canais de TV e 4 rádios. Gravar um disco era uma epopeia. Hoje em dia é tudo muito mais fácil: com algumas poucas massas alugas uns dias de estúdio, gravas umas músicas, arranjas uma câmara manhosa e fazes um video, metes na net, e se tiveres sorte aquilo torna-se viral e nessa noite apareces nas noticias ou num qualquer canal de música daqueles perdidos nos milhentos do cabo, e finalmente, no dia seguinte estás a passar numa qualquer rádio nem que seja na secção dos cromos...

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  4. Por acaso isso seria um bom nome para uma banda: "I rest my case" !!! :P

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  5. O que raios é música Klezmer?
    Sinto-me info-excluída, não pode ser!

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  6. Fantástico! Até ler este post desconhecia completamente a existência dessas bandas! lool
    Essa gente anda a ter altas noitadas de alucinogénios ou quê??

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  7. obrigado por me fazeres sorrir logo pela manhã!

    homem sem blogue
    homemsemblogue.blogspot.pt

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  8. Epa desde que não sejam os Azeitonas por mim venham todos
    Olha recomendo Julie and the Carjackers
    Gosto muito do teu espaço.
    Passa e visita o meu e tenta adivinhar que praia é aquela onde fui.
    Beijos charmosos

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  9. O que faço por norma (sei que é errado) vejo o nome da banda e coloco de lado, por não achar piada alguma e que, por acaso, foi o caso dos "Azeitonas".
    Não sabia que existiam tantos nomes horríveis!

    P.S. Ouve uma banda portuguesa,
    Pitt Broken - For a Change. Penso que vais gostar. :)

    Aqui: http://www.youtube.com/watch?v=XfkmHDcK35w

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  10. Ora bem, música Klezmer é aquela que é tocada nos guetos judaicos (Polônia, Romênia, Bulgária, Hungria etc). Tem forte influência cigana e era usada em festas judaicas - casamentos e outras celebrações - O repertório é basicamente feito para danças em grupo ou entre casais.
    Dixit.

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  11. Acho que depende da atitude com se pronuncia o nome e o mediatizas. Pessoalmente, achei que estiveste em grande com os Iniciadores lol Não que os vá ouvir, mas o nome está aqui... melhor só terem-se chamado desvirginizadores: "troca-se a língua uma ou duas vezes, mas chega-se lá!"

    Esta geração está a afastar-se das manias pseudo-intelectuais de nomes que assombraram os últimos anos da música tuga tipo Mesa, Amor Electro ou Toranja. Agora é simplesmente ridículo, para além destes belos exemplos temos: Os Azeitonas (a sério?! e porque não os Acepipes? sempre é mais generalista e vulgar, condiz...); os Deolinda (conheci uma velhota que dava por esse nome, felizmente para mim, sempre o precedi dos prefixos "Senhora ou Dona". A cortesia passou ao lado dos músicos e eles insistem em fazer-se ouvir sem nada para servir de almofada); e mais outro só para acabar, os Virgem Suta (eu até sei que era para rimar com puta e fazer um paradoxo... falhou. Suta é um instrumento com que se medem ângulos, ou seja, nada a ver. A banda que quis chamar a atenção sem querer chamar nomes feios. Podiam ter sido os Virgem Zonas. Parvo por parvo sempre rima com "conas").

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  12. Depois dos "Mamonas Assassinas" podiam ter fechado os nomes de bandas, que não iam conseguir fazer melhor...

    Mas estes nomes que aqui puseste, sinceramente, conseguem. Nunca ouvi falar em nenhum deles, mas o Food Tang Clan é reminiscente do Wu Tang Clan (colectivo de hip-hop chunga da cena "gangsta" da Nova Iorque dos 90s), e quer Vitorino Voador como Penicos de Prata parecem-me nomes a gozar, como os míticos e inexistentes Bate n'Avó, que apareciam num programa de humor da Marina Mota.

    E concordo com o Luís, deixaram-se de intelectualices, passaram para o ridículo.

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