Tal como eu, devem ter sido bafejadas desde cedo com o "uiiii, isto mulheres...são muito complicadas! Vá-se lá saber o que elas querem!! Um dia é uma coisa, outro dia é outra coisa".
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Está para nascer a mulher que aprecie ouvir isto, mas adiante.
Geralmente nós sabemos muito bem o que queremos e quando e eles dizem que gostam de mulheres directas, sem rodeios e joguinhos e que digam ali na cara o que querem.
Pois, isso pode ser tudo muito certo, mas parece-me que se esqueceram de indicar quando pretendem isso.
O homem é prático, não quer ter sempre de decidir onde vão, sugerir coisas, especialmente, quando, por ele, se calhar naquele dia ficava na boa a jogar a tarde toda, sem uma vozinha doce a dizer "amor, bora ver o mundo, aqui não se passa nada, estou aborrecida de morte!".
Ele vive bem com os pequenos je ne sais quois do dia-a-dia, cedendo às idas ao novo spot da moda, ou a tão mítica peregrinação semanal à Zara. O macho sente que está a contribuir para a realização e felicidade do casal, quando espera mais 10 minutos sentado à frente da loja a jogar Candy Crush.
Contudo, quando falamos de decisões sérias, quando chegamos e dizemos "baby, está na hora de crescer", ou o tão mítico "ou sim ou sopas, ou decides assentar, ou vai cada um à sua vida", nos temas fracturantes como viver juntos, casar, ter bebés dignos de caixa de papa Cérelac, esse gosto em "serem directas" retrai, qual pilinha em água do mar de Esposende.
Aí, surge em força o Peter Panzismo, que nem força demoníaca do oculto, sugando as energias vitais do sujeito, vulgarmente traduzindo-se em sintomas como "não sei o que quero da minha vida", "ainda gostava de ver o mundo de mochila às costas", "não sei o que gosto de fazer, um dia queria ser portageiro, no outro, biólogo marinho a nadar com os golfinhos do Zoomarine, que me parecem criaturas tão dóceis".
Por isso, meus caros, cuidado com o que desejam, porque se sempre sonharam com essa menina porreira e bestial, que vos diz logo o que quer e não quer, atentem que ela pode, de facto, ser uma pessoa coerente e manter de forma transversal essa atitude vida fora.
Ups! Sou gajo....é que sempre que me começam com a conversa do vamos viver juntos e fazer de nós um casal lindo de morrer, começo a engendrar cenas dignas do Dexter. Sim, adoro dormir de conchinha, de ir às compras à Mango, Massimo Dutti (em saldos), jantaradas e coisinhas fofas como passar meio dia em manicure, pédicure e depilação. Sou gajo: fico cheia de nervos, dá-me vontade de largar tudo e ir para casa da mãe, esconder-me. E se sou uma mulher porreira! Mas com gene de gajo....M.Lopes
ResponderExcluirDevo ser um gajo diferente. Sempre fui o dinamizador do casal, fosse uma namorada a "sério" fosse uma "gaja" de "passatempo". E tenho vários amigos que também "sofrem" com o mesmo, o de saberem o que querem mas terem que travar a fundo porque ou não querem parecer desesperados porque o namoro não é sério ou porque ela ainda não cresceu e acha que ter um filho a vai fazer gorda.
ResponderExcluirClaro que também tenho amigos do tipo engatatão mas normalmente esses costumam avisar ao que vão. As mulheres é que depois se apaixonam porque "ele era tão inatingível (mete as costas da mão na cabeça enquanto suspiras ao dizer isto)".
Resumindo acho que um gajo (falando de mim e de alguns amigos chegados) é normalmente infantil nas atitudes, faz parvoíces, parece permanentemente um cão com cio, tem ciumes de criança coisas assim que o fazem parecer imaturo mas depois nas coisas sérias da vida se calhar são mais directos e só não o são porque se calhar acham que ela não é "the one" ou porque ele pensa que não é "the one" dela.
Logo para começar, homem que é homem joga Boom Beach ou Fallout Shelter. Candy Crush?! :)
ResponderExcluirO bom da vida? Ver o mundo com a mochila às costas, acompanhado da miúda de que gostamos. Quanto mais cedo o homem perceber isto, mais depressa vai crescer. E não é preciso deixar de ter os momentos de criancice.
Um sinal de crescimento é quando jogar playstation ou smartphone deixar de servir para acharmos que ainda somos putos. Não importa se se tem 25,30 ou 40 anos. Assim que o homem perceber que o que não entendemos numa mulher é mesmo aquilo que mais nos fascina nela, deixará essas "cenas" de medo de crescer.
Será sempre uma seca ter que ver a H&M de cima a baixo ou ter quer percorrer todos os departamentos do El Corte Ingles. Mas não há também paciência do outro lado quando estamos a jogar Assassin's Creed no LCD da sala? Quando convidamos 5 ou 6 amigos para um torneio de PES? Quando o GTA está a ecoar pela casa?
Paciência...!! (Já não filosofarei mais nos próximos tempos!)
Balelas. Nós queremos que vocês sejam diretas, sempre. Mas não é no meio do restaurante, aos gritos :P
ResponderExcluirEm relação ao "cuidado com o que desejam" já vi o novo filme que estreou e recomendo: http://cinecartaz.publico.pt/Filme/351534_absolutely-anything-uma-comedia-intergalactica