4.5.14

Que Dia da Mãe?

Ahhh acordar com o pequeno-almoço na cama, croissants (mal-cozidos como eu gosto) sumo de laranja, uma jarrinha com uma flor, cheiro a lavanda no ar, janela do quarto com uma doce aragem, o rebento a dizer "gosto de ti mamã", enquanto esconde ansioso um embrulho atrás das costas, ahhh a surpresa, afinal é um colar de ouro branco com um pendente em coração. Seguiríamos para uma hora de massagens, afinal a mãe merece todos os dias, mas especialmente neste que é tão especial e tudo. Almoçaríamos no sushi, onde alarvaria 25 peças no mínimo, já sonhando com um pôr-do sol no Santinni a emborcar gelado de avelã como pré-treino de toda a sangria de frutos vermelhos que iria beber ao jantar.


Mas cheira-me que vou acordar com olheiras, nesta que tem sido uma fase de lembrança de noites passadas, a acordar várias vezes à noite. Vou-me dirigir lentamente ao frigorífico e beber um sumo qualquer com antioxidantes, para mentalizar que a idade vai ser minha amiga. Vou ali ser um bocadão mãe, brincar, rir e mimar, almoçaremos no Mac - e irei estragar os treinos da semana. Bateremos perna no parque e faremos fotossíntese. Picamos o ponto pela beira-mar, onde dou mil advertências, qual mãe-chata. Regressaremos à nossa casa e onde há ninho, iremos estafar-nos mais um pouco até serem horas de dormir e pensar em mais uma semana de trabalho. Os brinquedos voltarão a descansar 5 minutos no seu cesto, após o guerreiro ir descansar e eu fecharei os olhos a este meu terceiro dia da Mãe com o sentimento de dever cumprido.
Sem dias da Mãe de capa de revista, é certo.

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