Eu e a impressora: Guerra Fria.

Anda um mau clima instalado neste gabinete.
Sendo só eu e ela, a coisa não tem estado fácil, sem um terceiro elemento que ajude a mediar os confrontos diários, ou a nossa hipocrisia uma com a outra.
Bem lhe passo a mão em gesto de paz, sou fofinha, não lhe falo alto, não bato com as bandejas quando ela se recusa a fazer o que lhe peço, não reclamo quando me apita sem motivo, não implico com o encravamento de papel, aliás, sossego-a que o mal é da humidade e que ela não tem culpa.

Isto tudo para quê?! Para, quando mais preciso dela, me falhar à grande.

Uma pessoa acorda, esperançada neste novo dia de labuta, imaginando as páginas que se vai imprimir, os documentos que se vai digitalizar, a ramboiada que vai ser de diversão a duas e a tipinha decide que simplesmente não quer estar instalada no meu PC.
Assim, desvaneceu, escafedeu-se, quero mandar qualquer sinal de fumo do meu computador para ela e ela nem me aparece nas opções. Está ali, sonsa, a piscar, e eu com tanto para lhe dar que fazer.
Aposto que a gaja veio dos confins sindicalistas, que em Dezembro já se sabe que ninguém quer fazer nenhum e a malta que se amanhe.

Minha amiga, não esperes um relatório favorável.
No que a mim diz respeito, um dos meus desejos para 2014, é que não estejas cá.