25.9.13

Das borlas, das online tiendas e dos blogues.

O mundo dos blogues hoje é um pouco como aqueles tachos simpáticos num cargo público há uns anos: quem está de fora, critica, acha um horror, um despropósito, como é que uma pessoa é capaz, a moral, ah a moral!, quem está dentro não diz que não, que isto da vida custar a ganhar é uma treta e se uma pessoa pode ganhar mais uns trocos sem grande esforço, então vamos lá a isso e vocês se estivessem no meu lugar fariam o mesmo, smile and wave, smile and wave.

É deveras divertido e consegue ser melhor que lá aquela coisa do Belmonte e do Sol de Inverno.

4 comentários:

  1. a questão n é cada um ganhar a vida como melhor lhe aprouver, é a publicidade encapotada, que não só é ilegal, como moral e eticamente desonesta. faz, mas avisa q é publicidade. a lei da dita é clara, a net é que é uma terra sem lei e esse pessoal aproveita-se disso, desconsiderando quem os fez chegarem onde chegaram, os leitores. é simples assim...

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    1. Como em tudo, há quem saiba fazer e há quem não saiba.
      Os segundos geralmente acham que estão a ser muito "naturais", "genuínos", "que as pessoas nem vão perceber", felizmente os leitores não são tão crédulos (burros) como os autores pensam e percebem quando estão a ser encapotados no manto mágico das borlas e lojas e afins.
      Nunca a expressão não há almoços grátis fez tanto sentido e a boa e genuína publicidade, a da recomensação gratuita e porque sim, foi tão vítima da história do Pedro e do Lobo.

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    2. não é uma questão de saber ou não fazer, é a lei da publicidade que diz: toda a publicidade deve ser assinalada como tal... é simples assim.

      A publicidade não identificada é ilegal*
      1 - A publicidade tem de ser inequivocamente identificada como tal, qualquer que seja o meio de difusão utilizado.
      1 - É vedado o uso de imagens subliminares ou outros meios dissimuladores que explorem a possibilidade de transmitir publicidade sem que os destinatários se apercebam da natureza publicitária da mensagem.
      *Saiba como viver, honestamente, de publicidade, aqui: http://www.lardocelar.com/info/leis/Decreto-Lei_n_330_90_de_23_de_Outubro.pdf

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    3. Creio que já falei disto algures na net, mas o grande problema é a confusão entre duas categorias: publicidade e relações públicas, aplicadas em relação aos blogs claro está.

      Tanto marcas, como bloggers que a isso são expostos ainda se movem em várias zonas cinzentas, até porque não existe assim tanta experiência nesta matéria (pelo menos em termos de boas práticas), tirando possivelmente no registo passatempos.

      Sempre que és pago (em bens, serviços ou €€€) estás ao serviço da marca. Não és isento, porque se a coisa foi bem feita (que nem sempre deve ser), devias ter um briefing e devias também ser claro ao comunicar isso. Só que, muitas vezes, as ofertas de serviços são uma zona cinzenta, do género "Ah, ninguém me pagou, só me convidaram para X ou para Y". Isso leva à questão seguinte: "Tens a obrigatoriedade de dizer bem?" - Diria que por cá ainda não vi uma situação em que a notória oferta de algo tenha gerado uma crítica negativa.

      Lá fora existem blogs de testers, por exemplo de ténis de corrida, em que o tipo recebe os ténis das marcas, experimenta e faz uma avaliação (sempre inteligente e ponderada, seja positiva ou negativa) e depois devolve. E refere isso várias vezes, para que as pessoas saibam que ele não é representante da marca.

      Eu não tenho nada contra um post tipo publireportagem desde que a mesma seja assumida e directa.
      O resto é fruto de consciência inquietas e inexperiência, quer de gestores de marca, quer de bloggers que não têm obviamente de ser copywriters para desenvolver conteúdos pagos ou críticos encartados para poderem opinar sobre marcas/serviços mas, quando são pagos, deveriam fazer melhor os trabalhos de casa.

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