7.2.14

Socorro, sinto-me presa num livro manhoso de auto-ajuda.

Existe uma pressão para a felicidade. Toda a gente tem mantras e frases motivacionais e inspiracionais, falam dos sonhos, anseios e projectos, do positivismo e de agradecer cada dia e...
Isto tudo cansa.
Claro que todos queremos ser felizes, óbvio. A questão está em nenhum de nós normalmente fazer puto de ideia do que isso quer dizer. Como é que sabes que és feliz? Tu nunca és feliz. És sempre relativamente feliz.
Não há nada de mal nisso. É a realidade a bater à porta e a dizer-te: não sejas tão dura contigo, moça, que a maior parte das pessoas não sabe o que anda a fazer, nem sabe sempre o que quer, nem tem um caminho mesmo traçado rumo à estrada da felicidade, lalala.
Os dias não têm de ser preenchidos sempre com coisas boas, animais felpudos, bagas goji e abdominais de sonho. Os dias às vezes são uma merda, pura e simples, na sua mais escatológica metáfora de ser.

7 comentários:

  1. Eu diria que sabes se és feliz, se tiveres um teto e comida para ti e para a tua familia.

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  2. um heroinomano é feliz quando injeta heroína na veia ou a snifa.
    todos temos algo que nos faz feliz, e nos melhor que ninguém para o sabermos.

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  3. Isso sim, devia vir num livro de auto ajuda =P

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  4. tens toda a razão!

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  5. não estás presa num, mas cheira-me que podias escrever um (menos manhoso, vá). :)

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  6. Exactamente. A felicidade é relativa. E os dias de merda por vezes acabam por ser bons. Às vezes (só às vezes) até sabe bem uma pessoa deixar-se fraquejar, mandar vir com o mundo, mandar vir com as pessoas do mundo, partir loiça (nem que seja loiça mental) e chorar um bocado porque a vida, no fundo é uma m*rda. Mas entretanto... o mundo dá mais uma volta sobre si mesmo e haja felicidade!

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  7. (preciso de te ler mais vezes... suspiro...)
    ps- adoro o novo header :)

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